quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cada dia é uma pequena vida...

:: Rosana Braga ::





Nos últimos 18 meses, especialmente, tenho buscado uma compreensão ainda mais profunda de mim mesma e, consequentemente, de cada alma que de mim, de alguma forma, se aproxima...

Nesta jornada, tenho descoberto e confirmado, cada vez com maior lucidez, uma verdade que pode ser ótima (ou não) dependendo da forma como lidamos com ela: cada dia é uma pequena vida!

Cada situação é uma encruzilhada. Cada passo é uma escolha que pode mudar tudo. Talvez seja exatamente por isso que é tão difícil nos mantermos fiéis aos sentimentos que mais desejamos experimentar: alegria, auto-estima, gentileza, amor...

Um passo vacilante... e tudo se modifica. O que era amor pode se transformar em ciúme, egoísmo, raiva, medo. O que era alegria pode se transformar em dúvida, desesperança, tristeza. O que era auto-estima pode se transformar em insegurança, agressividade, dor. O que era gentileza pode se transformar em intolerância, desistência, arrogância.

Uma atitude, uma escolha... e tudo pode mudar! E isso me faz lembrar da máxima Orai e vigiai. Quando a gente ora, pede o que deseja, entra em estado de humildade, receptividade, esperança... Mas um minuto depois, é preciso que entremos em vigília constante.

Somos passionais, motivados por reações. Ainda não aprendemos a ponderar. Reagimos automaticamente a partir de crenças limitantes, de preconceitos e defesas internas. Reagimos: este é o problema.

Precisamos começar a agir. Sempre agir. Cada passo precisa ser uma ação consciente, atenta, lúcida. E para que isso se torne possível, só há uma maneira: treino, prática, repetição... dia após dia até que se torne hábito.

Só podemos destruir um velho hábito que já não nos interessa se no lugar dele construirmos um novo, que revele uma nova direção, um novo caminho. Os sentimentos difíceis continuarão dentro da gente, mas em vez de reagirmos a eles, podemos decidir por uma nova ação.

Em último caso, tenho feito assim: quando ainda não sei qual a nova ação que posso ter diante de um sentimento difícil, opto pelo silêncio. Respiro fundo, entro em contato com o que estou sentindo, reconheço que estou me deixando atingir pelo que está acontecendo e simplesmente espero, em silêncio, até que consiga encontrar, dentro de mim, uma nova maneira de agir diante de velhos sentimentos.

E assim, de vida em vida, um dia de cada vez, pretendo acordar amanhã mais positiva do que fui hoje...


- Posted using BlogPress from my iPad

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Por que é tão difícil discordar?

::Patricia Gebrim::





Ah... quanta confusão pouparíamos a nós mesmos se tivéssemos a coragem de
ser quem realmente somos. Se nos propuséssemos a arriscar mais, a seguir aquela voz interna que pede transformações, que nos diz para ir para lá ou para cá. Se não déssemos tanta importância à opinião dos outros. Se nos permitíssemos discordar dos outros sem transformar isso em um campo de batalha, sem precisar convencê-los de que estamos certos, sem nos recusarmos a ouvi-los, sem precisar atacar.
- É incrível a facilidade com a qual traímos a nós mesmos, você já percebeu isso?
Para entender melhor essa questão, pense na forma como somos criados e educados em nossa sociedade. As crianças são tratadas como se nada soubessem, como se precisassem aprender com os adultos tudo o que é importante sobre a vida. Com raríssimas exceções, é assim que acontece.
Assim fui educada, e possivelmente você também. É muito raro que um adulto olhe para uma criança reconhecendo a sua sabedoria, reconhecendo a beleza em sua capacidade para sorrir, para brincar, para amar. Reconhecendo que ela talvez saiba bastante sobre muitas coisas. Mais do que um adulto possa imaginar.
Aprendemos desde cedo que as nossas opiniões não valem lá grande coisa. Sem perceber, nos tornamos adultos, mas continuamos como crianças, duvidando de nós mesmos.
Pensamos por horas em seguir por um caminho, e justo quando estávamos para dar o primeiro passo, alguém nos diz que esse não é um bom caminho. E assim ficamos, com o passo em suspenso, o pé incomodamente pendurado no ar.
- E se eu seguir e errar? - pensamos, tomados pelo medo e pela incerteza.
- Por que entregamos o nosso poder com tanta facilidade? Você já pensou nisso?
Agora vou me permitir contar-lhe algo que aconteceu comigo há alguns anos.
Em um dia cheio de sol, eu decidi que iria a um concerto de piano. O evento aconteceria durante a tarde, e como estava bastante quente, escolhi um vestido turquesa, que tinha flores cor de rosa. Pink, para ser mais exata! O vestido era leve e brincalhão. Mais do que tudo, era alegre, e refletia a forma como eu estava me sentindo naquele dia. Saí de casa, estava me sentindo radiante. Cheguei ao local, comprei meu ingresso e entrei, toda feliz, aberta para celebrar a minha alegria em companhia do som do piano.
Mas ao entrar na sala de concerto, um lugar quieto, quase austero, percebi que o público daquele lugar era bem diferente de mim. Todas as pessoas eram bem mais velhas do que eu, e estavam vestidas de forma clássica e neutra. A medida em que eu ia caminhando pelo corredor, com meu vestido turquesa e pink, fui sentindo minha alegria se esvair na mesma proporção em que os olhares se voltavam para mim. Continuei caminhando, como se nada estivesse acontecendo, até que ouvi um comentário, um cochicho absolutamente audível, de que o meu vestido parecia uma fantasia.
Se divido isso com vocês é para que não pensem que eu sou algum ser superior, imune às dificuldades sobre as quais escrevo... confesso que naquele momento toda a alegria que eu sentia tornou-se um peso oprimindo meu peito, as flores do meu vestido murcharam e se esconderam na cadeira numerada, da qual só me levantei depois que todos os cinzas, pretos e beges tinham ido embora.
"Precisamos trazer para o mundo aquilo que cada um de nós, sendo exatamente quem é, pode manifestar. E só faremos isso se tivermos a coragem de ser quem somos, se tivermos a coragem de abrir mão da busca de segurança ou de aprovação dos outros"Aquilo me fez pensar muito sobre o poder que damos às outras pessoas. Que poder eu dei àquelas pessoas para deixar que roubassem de mim toda a alegria? Pensei nisso muitas vezes, depois daquele dia. Percebi a força dos condicionamentos pelos quais todos nós passamos, que nos ensinaram que a aprovação do grupo é fundamental para a nossa sobrevivência.

É claro que isso é uma verdade quando temos cinco anos de idade, mas aos 30... 40 anos, será que ainda precisamos acreditar nisso?
Assim abortamos as nossas melhores possibilidades. E foi assim que eu abortei aquela deliciosa alegria, naquela tarde, porque fui incapaz de sustentá-la, porque fui incapaz de ficar a meu lado, não importa o que pensassem as pessoas ao meu redor. Eu traí o meu vestido e a mim mesma! Até hoje peço desculpas a mim por isso, e por tantas outras vezes em que algo assim aconteceu.
Hoje procuro ficar atenta e acreditar-me capaz de honrar minhas escolhas e meu caminho.
O mundo está passando por profundas transformações. Não importa o quanto você esteja ou não consciente disso, todos nós, incluindo você, estamos sendo afetados por isso. O ritmo de tudo está muito acelerado e as mudanças estão acontecendo em uma velocidade incrivelmente rápida. Assim, não temos mais tempo a perder. Precisamos despertar. Precisamos trazer para o mundo aquilo que cada um de nós, sendo exatamente quem é, pode manifestar. E só faremos isso se tivermos a coragem de ser quem somos, se tivermos a coragem de abrir mão da busca de segurança ou de aprovação dos outros.
Olhe com verdade e profundidade para dentro de você, e honre o que quer que consiga enxergar.
Se você deseja mudar o rumo de sua vida profissional, faça isso, mesmo que todos ao redor olhem para você com aquela cara que as pessoas fazem quando olham para uma pessoa insana.
Se quiser mudar de cidade, mude.
Se quiser terminar um relacionamento, termine.
Se quiser voltar a estudar, estude.
Se quiser passar a vida conhecendo o mundo com uma mochila nas costas, parta já.
Se quiser dedicar a sua vida ao estudo da reprodução dos salmões, não perca tempo.
Se quiser andar por aí em um vestido turquesa e rosa pink... faça isso e me convide para caminhar a seu lado.

Honre a si mesmo acima de tudo, dê as mãos à sua verdade e ouse.
Não há vida sem ousadia


- Posted using BlogPress from my iPad

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Inteligência é Flexível

:: Rosana Braga ::





Quanto mais endurecido e inflexível, mais fácil de se quebrar diante de fortes impactos. Esta teoria -fisicamente constatável- não vale apenas para os objetos, mas, sobretudo e cada dia mais, para o comportamento humano.

Num mundo onde os produtos são perecíveis e os desejos são fugazes, a flexibilidade destaca-se como meio de sobrevivência. É a chave para a resiliência e também mote para o sucesso, tanto na vida pessoal quanto na profissional.

Fácil assimilar quando entendemos que não dá para crescer na rigidez. O crescimento, por si só, é maleável, moldável e adaptável às novas medidas e aos novos formatos. Sendo assim, inteligente é quem aprende a metamorfosear.

É notório que no mundo corporativo, a busca é cada vez mais enfática por profissionais capazes não de aceitar as diferenças inerentes a uma equipe ou um departamento, mas -acima de tudo- de celebrar essas diferenças.

Já não basta evitar os conflitos. É preciso enxergar neles uma oportunidade de promover mudanças necessárias, evoluir e se tornar melhor justamente por causa do que lhe é adverso.

Há alguns anos, desenvolvendo pesquisas sobre o que chamo de Inteligência Afetiva, constatei como é latente a falta de flexibilidade nos dias de hoje. Isso me levou a debruçar sobre uma questão fundamental e esquecida na atualidade: a gentileza. Não descobri nenhum segredo; a evidência já estava aí, porém, adormecida: pessoas gentis são flexíveis... e poderosas! Este trabalho resultou no livro "O Poder da Gentileza".

É incrível como ainda há quem aposte que investir nas relações humanas não é o comportamento mais eficaz para os que ambicionam altos cargos ou grandes fortunas. Estes, certamente, desconhecem o poder da gentileza.

O "Movimento pela melhoria das relações interpessoais e da qualidade de vida através da gentileza" (World Kindness Movement) -cujo representante oficial do Brasil é a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV)- declara que pessoas gentis são mais valorizadas no mercado profissional, já que a qualidade das relações, a integração entre os funcionários e as atitudes de gentileza são fatores que influenciam nos resultados finais e no aumento da produtividade da empresa.

A gentileza e, por conseqüência, a flexibilidade e a tolerância, têm ainda influência direta sobre nossa saúde mental, emocional e física. A falta desses atributos na vida diária tem causado prejuízos incalculáveis a todos. A Organização Mundial da Saúde estima, por exemplo, que em 2020 a depressão será a segunda causa de improdutividade das pessoas, seguida apenas das doenças cardiovasculares.

Qual é a razão para tamanha insatisfação? Estou certa de que, em última instância, não se trata de aumento de salário ou posição hierárquica. Trata-se da falta de reconhecimento pelo humano que há em cada um; da falta de qualidade na troca entre as pessoas; do distanciamento, da falta de intimidade e de confiança, da falta de afeto e disponibilidade, da inflexibilidade para com as próprias frustrações. Trata-se da falta de gentileza! É disso que se trata, pode apostar!

Portanto, embora as habilidades técnicas sejam imprescindíveis para as empresas, elas sabem que podem treinar um profissional para que se torne habilitado tecnicamente, assim como sabe que para ser agradável, simpático, flexível e gentil, é preciso que haja uma decisão pessoal.

As empresas podem sim motivar e incentivar seus colaboradores para a mudança de comportamento, mas ser gentil é essencialmente uma escolha do indivíduo. Tem a ver com as crenças e os valores que ele alimenta diariamente. Ou seja, a gentileza é um exercício diário!

7 Condutas Gentis e Tolerantes no Ambiente de Trabalho:
1) Aprenda a escutar. Ouvir é muito importante para solucionar qualquer desavença ou problema.
2) Evite julgamentos e ações precipitadas. Quando estiver nervoso, deixe para conversar mais tarde.
3) Peça desculpas. Isso pode evitar conflitos maiores e salvar relacionamentos.
4) Valorize o que a situação e o outro têm de bom. Perceba que este hábito pode promover verdadeiros milagres.
5) Seja solidário e companheiro. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua realidade de vida.
6) Analise a situação. Alcançar soluções pacíficas pode depender da compreensão da raiz do problema.
7) Faça justiça. Esforce-se para compreender o outro e não para ganhar, como se eventuais discussões fossem jogos ou guerras.



- Posted using BlogPress from my iPad

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Feliz Ano Novo!!!

Olá meus queridos!!

Sinto que estou em falta com vocês!

O ano de 2013 trouxe muitas realizações e com elas muitas responsabilidades... e isso me impediu de postar com a frequência que estava acostumada.

Muitos estão me enviando emails e pedindo textos. Fiquem tranquilos! Prometo a todos vocês queridos leitores, amigos, que o ano de 2014 estará recheado de lindos textos.

Beijos!!





De repente, num instante fugaz, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás.

Não importa a nação, não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque todos são humanos e descendentes de um só Pai, os homens lembram-se apenas de um só verbo: amar.

Sem mágoa, sem rancor, sem ódio, os homens cantam uma só canção, um só hino, o hino da liberdade. E esquecem o passado, lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver.

Tudo se transforma e chega o ano radiante de esperança, porque só o homem pode alterar os rumos da vida.

O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.

A cada dia de nossa vida aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que no novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma benção de Deus.

Que a alegria deste início de ano esteja sempre presente em nossas vidas.

Que as realizações alcançadas este ano sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro.

Feliz 2014!!!



- Posted using BlogPress from my iPad