terça-feira, 25 de outubro de 2011

O despertador está tocando

::Roberto Shinyashiki::



Na Índia, os mestres sempre dizem: os problemas são despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida. Aproveite para acordar logo, antes que o próximo despertador faça mais barulho. Pense nisso: o que essa dificuldade está querendo mostrar a você?

Problemas são avisos que a vida nos envia para corrigir algo que não estamos fazendo bem. Problemas e doenças são sinais de emergência para que possamos transformar nossas vidas. Aliás, problemas e doenças guardam muita semelhança entre si. Infelizmente, a maioria das pessoas, quando fica doente, cai num lamentável estado de prostração ou simplesmente toma remédio para tratar os sintomas em vez de fazer uma pausa para refletir sobre os avisos que essa doença está enviando. São poucos os que se perguntam: "Por que meu organismo ficou enfraquecido e permitiu que a doença o atacasse?"

Uma doença é sempre um aviso, embora muita gente não preste atenção nele.
Assim como os problemas, os sintomas vão piorando na tentativa de fazer com que você entenda o recado. No começo pode ser uma leve dor de cabeça ,um recado para que você pare e analise o que está faltando em sua vida.
Mas você não tem tempo, toma um analgésico e nem percebe direito que a dor está aumentando.

Então, a dor piora, mas você vai à acupuntura para aliviá-la e não presta atenção quando o médico diz que o tratamento é paliativo e que você precisa mudar seu estilo de vida para eliminar as causas da doença.

As doenças são recados que precisamos levar a sério, principalmente as doenças que se repetem. Dores de cabeça, alergias de pele, má digestão, todos esses distúrbios querem nos mostrar algo. Saber procurar e achar as causas deles é uma atitude muito sábia.

Nossos inimigos, da mesma forma que os problemas e as doenças, são gritos de alerta para cuidarmos de algo que não está certo em nossa vida. Quando os ouvimos com atenção, nossos inimigos podem se transformar em maravilhosas alavancas de crescimento pessoal.

Assim como as doenças e os inimigos, os problemas nos enviam avisos que precisamos aprender a decodificar. Se você tem um problema que está se repetindo em sua vida, é chegada a hora de fazer uma análise do seu significado para poder superá-lo. E tenha muito claro que, no momento em que supera um problema que o acompanha por algum tempo, uma nova pessoa nasce dentro de você.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Somos Todos Viciados

::Rogério Pires::



O Universo, em sua “infinitude”, nos oferece incontáveis possibilidades de escolha em nosso cotidiano. Mas, mesmo assim, temos o mesmo padrão repetitivo nas escolhas que fazemos. Temos os mesmos comportamentos, escolhemos os mesmos tipos de relacionamentos, mesmos tipos de pensamentos, respondemos emocionalmente da mesma forma a diversas situações que nos são apresentadas durante a vida. Isto se dá pelo fato de sermos viciados em nossos conceitos mentais, da mesma forma que em nossas emoções, e se engana quem pensa que este vício é somente de ordem psicológica; ele é também classificado como bioquímico.

O cérebro é constituído de pequenas células nervosas denominadas neurônios. Os neurônios possuem ramificações para se conectarem e formarem uma rede neural. Cada área conectada está integrada a um pensamento ou memória. O cérebro constrói todos os conceitos através de memórias associativas. Pensamentos, idéias, emoções e sentimentos são elaborados e interconectados nessa rede neural e possivelmente todos estão relacionados entre si. Por exemplo, o conceito de AMOR está retido nessa rede neural, mas estabelecemos este conceito a partir de muitas outras diferentes idéias. Um indivíduo pode ligar o amor à decepção e dessa forma, quando pensar em amor, provavelmente experimentará uma idéia de dor, sofrimento, cólera e até ódio. Esta auto-afirmação negativa pode estar ligada a uma pessoa ou a um acontecimento específico que remete à interconexão do AMOR.

Temos nossas expectativas em relação ao mundo externo. Quanto mais experiências temos em nossas vidas, mais elas nos servem como modelo de como o mundo externo se comporta à nossa volta, dando ênfase para uma realidade fictícia de que o mundo externo é uma realidade em separado de nosso Eu Interno. Qualquer informação que processamos no ambiente sempre é intensificada pelas experiências já vividas por nós e, principalmente, por uma resposta emocional associada àquilo que vivenciamos.

Sabe-se que as células nervosas que disparam juntas ficam interconectadas. Se praticarmos repetidamente os mesmos conceitos mentais, sentimentos e emoções, essas células terão um relacionamento longo, ou seja, se você diariamente ficar com raiva, sofrer ou cultivar um “sentimento de vítima”, estará re-conectando e reintegrando a rede neural constantemente, criando um relacionamento de longo prazo com todas as outras células nervosas, criando uma “identidade”. Isso significa dizer que as emoções são utilizadas para reforçar quimicamente algo, a longo prazo, em nossa memória. Toda emoção é química. A indústria farmacêutica mais sofisticada do Universo está em nosso cérebro.

Há uma parte do cérebro denominada hipotálamo; ela é responsável pela fabricação de substâncias químicas que determinam as emoções que experimentamos. Estas substâncias químicas são denominadas peptídeos, pequenas cadeias de aminoácidos. O corpo é uma unidade de carbono que produz cerca de 20 diferentes aminoácidos para formular sua estrutura física. Os diferentes estados emocionais que sentimos a cada segundo estão associados aos peptídeos e a neuro-hormônios específicos. Sendo assim, há químicos para raiva, outros para tristeza, outros para sentimento de vítima, para desejo, para o amor, para a felicidade, ou seja, há substâncias químicas para combinar com todos os estados emocionais que experimentarmos todos os dias.

Quando elaboramos uma emoção qualquer, o hipotálamo automaticamente fabrica aquele peptídeo específico e o libertará através da glândula pituitária diretamente na corrente sanguínea. No momento em que entra na corrente sanguínea, ele acha seu caminho para diferentes centros e diferentes partes do corpo. O peptídeo se conecta na célula através de seus receptores; uma célula pode ter bilhões de receptores em sua superfície e sua função é receber informações que são direcionadas ao interior da célula. Um receptor que tem um peptídeo acoplado a ele, muda a célula de várias maneiras. Ele desencadeia uma série de eventos bioquímicos, alguns dos quais podem até alterar o núcleo da célula.

Podemos afirmar que a célula é a menor unidade consciencial do corpo. Há sempre a perspectiva da célula em relação ao organismo. A partir deste breve entendimento de como a célula interage com os nossos sentimentos e com as nossas emoções, podemos afirmar que todos nós somos viciados nas substâncias químicas produzidas pelo hipotálamo. Não conseguimos equilibrar o nosso estado emocional pelo simples fato de que estamos “viciados” nele, na substância química que é produzida pelo cérebro relacionada à emoção que repetidamente criamos em decorrência de uma situação. Buscamos inconscientemente circunstâncias que vão suprir os desejos bioquímicos das células do nosso corpo criando situações que satisfaçam nossas necessidades químicas. Nós somos as emoções que exteriorizamos; não existe a possibilidade de nos separarmos delas; todos nós estamos constantemente sob a influência das moléculas da emoção, e isso é muito bom, as emoções são a vida, pois são elas que intensificam e classificam as nossas experiências. O fato de estarmos viciados em emoções é algo bioquímico, não apenas psicológico. Para se ter uma idéia, os mesmos receptores celulares utilizados para as emoções são utilizados para a heroína. Podemos nos viciar em qualquer peptídeo natural, em qualquer emoção, pois não observamos nada à nossa volta sem utilizarmos o aspecto emocional.

Imagine que uma célula esteja sendo bombardeada constantemente por um tipo de peptídeo relacionado a um tipo de comportamento emocional. Quando esta célula resolver se dividir, a célula resultante da divisão terá mais receptores para os peptídeos neurais do comportamento emocional específico. Este fato nos permite o seguinte questionamento: O que comemos tem realmente algum efeito se as células, após 30 anos de descontrole emocional, não possuem mais os receptores para receber ou absorver os nutrientes necessários para a nossa saúde? Como podemos sair desse círculo vicioso?

O ser humano é viciado pelo simples fato de não conhecer algo que seja melhor. Nunca fomos instruídos a utilizar a nossa mente de maneira construtiva. Fomos criados em uma cultura de submissão a um padrão de comportamento que ninguém é capaz de realizar em sua plenitude. Devido a isso estamos fadados a conviver em uma eterna busca de auto-aceitação. Devemos observar a nossa vida de uma maneira ilimitada, acreditar em nossa capacidade de criação mental, vivenciarmos a única realidade: a de que não estamos sozinhos, todos unidos somos "Deus".

Não devemos acreditar na ilusão de que temos uma vida por termos um emprego, uma boa casa, dinheiro, uma situação boa... Na verdade isto é sobre-vida, uma prisão. Lutamos para conseguir essas coisas e quando conseguimos, lutamos mais ainda para mantê-las; temos medo de perdê-las e de experimentarmos a retirada química desta perda. Devemos interagir mais com a nossa espiritualidade, questionar a finalidade real de estarmos vivos, descobrir qual o propósito de nossas vidas e um caminho evolutivo a seguir. Se mudarmos os nossos pensamentos, nossas idéias irão mudar e nossas idéias mudando, mudarão as nossas escolhas e os resultados.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tolerância: significa suportar?

::Paulo Valzacchi::



Se você consultar o dicionário, observará um significado interessante à palavra tolerância.

SUPORTAR!

Bem, a partir daí, descobri que existem dois significados à palavra tolerância, um de senso comum: SUPORTAR e outro de senso espiritual: ENTENDER E RESPEITAR.

Na verdade, estamos acostumados com o senso comum, afinal, o que fazemos diante das seguintes colocações:

O pagamento do IPTU, todo ano o valor sobe, você paga um absurdo para que? Para ter uma rua esburacada, uma calçada de péssima qualidade, uma terrível iluminação, uma árvore que você não pode plantar, nem retirar.
O pagamento do IPVA, para onde vai esse dinheiro? Tudo o que se refere a trânsito é caótico.
Sem contar a luz, a água, o supermercado, os impostos são gritantes, você literalmente paga para os políticos fazerem a festa com nosso dinheiro.
Toleramos a corrupção descarada, a falta de segurança, a falta de uma educação melhor e para piorar, você paga para aguardar de 4 a 12 horas para ser atendido num hospital público. Aqui se aplica a palavra tolerar - afinal, nós suportamos, muitas vezes calados, tudo isso.

Mas em se tratando de gente, precisamos antes de mais nada retirar de nosso vocabulário este significado, não precisamos suportar, precisamos entender nosso próximo, entender que ele tem defeitos como nós também temos, respeitar e aceitar a sua individualidade, seus sonhos, seu jeito de falar, seu processo de aprendizado, seu ritmo.

Quantas e quantas pessoas toleram tantas coisas do governo, da corrupção, da política, e chega em casa não tolera a atitude de um filho, uma conversa da esposa.

É preciso começar a entender que temos de respeitar as diferenças, e elas começam em nosso lar.

Cada um tem um DNA (Deus é nosso autor) ninguém precisa ser do seu jeito, ou fazer as coisas do seu modo.

Quando teimamos em sermos perfeitos, começamos a colocar o senso de razão exclusivamente no que nós pensamos e fazemos; iniciamos, assim, o processo de inflexibilidade.

Quantos e quantos casais preferem uma boa disputa, para ver quem tem razão, ao invés de renunciar um pouquinho aqui e um pouquinho ali, tolerando, respeitando, entendendo o ponto de vista do outro.

Dizem que Deus nos deus uma boca e duas orelhas, uma boca para falar e duas orelhas, para ouvir, mais do que falar, mas isso não é verdade, Deus nos deu as duas orelhas, uma para ouvir um lado, outro para ouvir o outro, escute um pouco o outro lado.

As vezes queremos ter plena razão e moralidade exagerada, e gritar em alto e bom som aos nossos filhos, que o certo é assim, que em nossa época nós eramos diferentes, mas ninguém fala que nos anos 70, você era um hippie e que gostava de curtir, ou que adorava musica alta e hoje não aceita as mesmas coisas do filho.

Olhar um pouco o que éramos nos faz entender o processo que cada um passa, e nos faz respeitar um pouco mais tudo isso.

Tolerância comum é algo que não deveríamos ter tanto, mas tolerância no sentido espiritual, que envolve nossa família, nosso trabalho, e as pessoas que nos cercam, é um bem necessário.

Olhe ao seu redor, você sabe me dizer o que está acontecendo no mundo, no oriente médio, por exemplo?

A busca pelo poder, através do fanatismo, uma das formas de intolerância, que não respeitam o próximo.

Esse fanatismo deve ser banido, você não precisa arrastar ninguém para o jeito que você vive, mas sim dar exemplo de como viver melhor.

Nossa maior responsabilidade é mudarmos aqui dentro...
Para assim mudar o mundo!

Tolere mais no sentido espiritual.

domingo, 2 de outubro de 2011

Harmonia das diferenças...

::Desconheço a autoria::



O texto de hoje foi enviado por uma amiga muito querida, a Larinha!! Espero que vocês gostem dele tanto quanto eu gostei! Obrigada querida, por fazer parte da minha vida! Um grande abraço! Fernanda

Você já pensou que o nosso grande problema, nas relações pessoais, é que desejamos que os outros sejam iguais a nós?
Em se falando de amigos, desejamos que eles gostem exatamente do que gostamos, que apreciem o mesmo gênero de filmes e música que constituem o nosso prazer.
No âmbito familiar, prezaríamos que todos os componentes da família fossem ordeiros, organizados e disciplinados como nós.
No ambiente de trabalho, reclamamos dos que deixam a cadeira fora do lugar, papel espalhado sobre a mesa e que derramam café, quando se servem.
Dizemos que são relaxados e que é muito difícil conviver com pessoas tão diferentes de nós mesmos. Por vezes, chegamos às raias da infelicidade, por essas questões.
E isso nos recorda da história de um menino chamado Pedro. Ele tinha algumas dificuldades muito próprias.
Por exemplo, quando tentava desenhar uma linha reta, ela saía toda torta.
Quando todos à sua volta olhavam para cima, ele olhava para baixo. Ficava olhando para as formigas, os caracóis, em sua marcha lenta, as florzinhas do caminho.
Se ele achava que ia fazer um dia lindo e ensolar ado, chovia. E lá se ia por água abaixo todo o piquenique programado.
Um dia, de manhã bem cedo, quando Pedro estava andando de costas contra o vento, ele deu um encontrão em uma menina e descobriu que ela se chamava Tina. E tudo o que ela fazia era certinho.
Ela nunca amarrava os cordões de seus sapatos de forma incorreta nem virava o pão com a manteiga para baixo.
Ela sempre se lembrava do guarda-chuva e até sabia escrever o seu nome direito.
Pedro ficava encantado com tudo que Tina fazia. Foi ela que lhe mostrou a diferença entre direito e esquerdo. Entre a frente e as costas.
Um dia, eles resolveram construir uma casa na árvore. Tina fez um desenho para que a casa ficasse bem firme em cima da árvore.
Pedro juntou uma porção de coisas para enfeitar a casa. Os dois acharam tudo muito engraçado. A casa ficou linda, embora as trapalhadas de Pedro.
Bem no fundo, Tina gostaria que tudo que ela fizesse não fosse tão perfeito. Ela gostava da forma de Pedro viver e ver a vida.
Então Pedro lhe arranjou um casaco e um chapéu que não combinavam. E toda vez que brincavam, Tina colocava o chapéu e o casaco, para ficar mais parecida com Pedro.
Depois, Pedro ensinou Tina a andar de costas e a dar cambalhotas.
Jun tos, rolaram morro abaixo. E juntos aprenderam a fazer aviões de papel e a fazê-los voar para muito longe.
Um com o outro, aprenderam a ser amigos até debaixo d'água. E para sempre.
Eles aprenderam que o delicioso em um relacionamento é harmonizar as diferenças.
Aprenderam que as diferenças são importantes, porque o que um não sabe, o outro ensina. Aquilo que é difícil para um, pode ser feito ou ensinado pelo outro.
É assim que se cresce no mundo. Por causa das grandes diferenças entre as criaturas que o habitam.