por Patricia Gebrim
"O que você pensa sobre isso? Será que não perdemos um pouco da nossa humanidade? Será que não andamos nos escondendo mais do que deveríamos atrás das caixinhas de antidepressivos e ansiolíticos??? Nos escondendo dos outros... nos escondendo de nós mesmos...
Pense nisso. As pessoas não são “depressivas”, “bipolares”, “distímicas”... as pessoas são... pessoas!" Eu sou da época em que se comia macarronada com brachola aos domingos, a família italiana de grande porte e bochechas rosadas falava alto ao redor de uma mesa enorme, que ia de ponta a ponta da cozinha de minha avó, me deixando tonta com toda aquela animação. Sou do tempo em que as pessoas conversavam umas com as outras, muitas vezes fofocavam, sim... fofocavam... por mais “feio” que isso fosse. Sou do tempo em que as pessoas eram animadas, ou tristes ou tinham "gênio difícil". Nos almoços de domingo na casa de minha avó sempre tinha uma tia mal-humorada, um tio mais alegrinho, um primo aloprado.
Hoje em dia não se come mais macarronada com brachola, hoje ingere-se “carboidrato com proteína” (e contam-se as calorias, é claro!).
As pessoas hoje não conversam mais... “verbalizam”.
Não fofocam, aumentando um pouco o caso para tornar a história mais atrativa... não, hoje diz-se que as pessoas “deliram”.
Não entristecem... “deprimem”.
E se estão mais animadas do que o usual logo alguém cochicha:
_ Será que é “bipolar”?
Hoje em dia a tia não tem mau humor, tem “distimia”, e o primo adolescente meio aloprado tem um “transtorno de conduta”.
Hoje todos temos acesso à Internet, e a telinha do computador tornou-se o gênio da lâmpada, o instrumento mágico capaz de dar explicação a tudo. Para fugir à angústia do “não saber” nos apropriamos dos tão desejados rótulos, antes propriedade exclusiva de técnicos, médicos e psicólogos.
Se por um lado a informação flui de maneira mais democrática, será que estamos sabendo lidar com isso?
Ah... quer saber mesmo o que penso?
Quando, lá atrás, eu via a minha prima tristinha, sentada num canto da sala, no tão fogoso domingo de macarronada, eu me interessava mais...
_O que será que a deixou triste? _ pensava eu. Procurava sentar-me a seu lado, puxar um papo qualquer com a esperança de que em algum momento ela se abrisse comigo. _ Minha prima está triste e precisa de mim! _ eu pensava.
Hoje, se alguém está triste, pensamos: _ É deprimido, precisa de um antidepressivo... o que posso fazer?
E, como se nada tivéssemos com isso, viramos as costas e continuamos babando em frente à tela do computador pesquisando o número de calorias contidas em uma taça de sorvete light.
O carinho que antes seria dado em função da tristeza alheia se transformou em cápsulas para depressão. E assim foi se perdendo a conversa amiga, o interesse genuíno, o abraço caloroso... fomos nos tornando frios, assépticos, distantes. Delegando aos médicos ou medicamentos a nossa parte de colaboração para o bem-estar daqueles que amamos. Como se hoje não tivéssemos mais tempo ou paciência para lidar com a dor alheia. Que pena.
Eu sei... muitas vezes a coisa é mesmo profunda, e até pode de verdade requerer um cuidado medicamentoso, mas será que não “perdemos a mão”? É claro que a possibilidade cada vez maior e mais específica de diagnosticar as patologias da alma tornou possível um maior entendimento e objetividade quando pensamos nos tratamentos propostos a cada caso, mas o excesso de intelectualização da dor humana nos distancia da pessoa que está lá, aprisionada sob aquela dor.
O que você pensa sobre isso? Será que não perdemos um pouco da nossa humanidade? Será que não andamos nos escondendo mais do que deveríamos atrás das caixinhas de antidepressivos e ansiolíticos??? Nos escondendo dos outros... nos escondendo de nós mesmos...
Pense nisso. As pessoas não são “depressivas”, “bipolares”, “distímicas”... as pessoas são... pessoas!
Pessoas imersas em algum tipo de sofrimento. Por baixo do rótulo a pessoa está lá, talvez esquecida de si mesma, esperando que alguém olhe para ela e a ajude a se reencontrar. A descrição das patologias deveria ser, a meu ver, apenas um mapa.
Mapas são úteis, mas tem suas limitações.
Quer ver? Ter em mãos um mapa que descreva com exatidão uma região montanhosa de Minas Gerais apenas serve para nos levar até lá. Mas se quisermos realmente saber como é uma verdadeira montanha mineira teremos que subir suas encostas ao entardecer, sentindo o cheiro de mato que a brisa traz, ouvindo o som dos pássaros, sentindo a firmeza da terra, absorvendo através dos nossos sentidos sua pulsação terrena, percebendo o que sentimos ao chegar ao topo. Aquela sensação boa de liberdade que abre o peito, a alegria quase infantil de ter vencido o desafio da subida... Mapa nenhum será capaz de nos fazer sentir isso. Mapa algum conseguirá nos tocar a ponto de termos vontade de escrever uma poesia, como às vezes acontece quando estamos sozinhos, envoltos por aquele fértil silêncio sagrado que costuma acontecer no topo de uma montanha.
(Se não der certo com a montanha, escreva em uma página de papel a receita de um pão de queijo e tente devorar o papel...)
Assim, paremos de descrever as pessoas. Deixemos isso aos técnicos.
Resgatemos a nossa humanidade, a nossa capacidade de amar.
Para amar uma montanha não precisamos saber seu nome, em qual altitude está ou sua extensão em quilômetros quadrados. Tudo o que temos a fazer é abrir-lhe as portas de nossa percepção. Estar lá, presente, sentindo... buscando sua beleza.
Pense nisso em seu próximo almoço de domingo, e se puder coma uma bela macarronada, dê uma boa gargalhada e abrace a sua tia mal-humorada até que aquele mau humor todo se transforme em um inesperado sorriso de satisfação.
Já percebeu que sua mente inventa razões para os desconfortos corporais e emocionais? Foi por isso que me interessei pela Psicoterapia Corporal! O meu trabalho com o corpo, a mente e as emoções começou em 2004. Para mim o ser humano só alcança a saúde quando consegue se entender e se sentir em seu próprio corpo. Então convido você a participar do meu blog, aqui falaremos sobre maneiras de encontrar o seu caminho em direção a sua saúde! Contato: fermayoral@gmail.com ou (34)9.9990-1148
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Depressão? Transtorno Bipolar? Que tal abrir mão dos rótulos e colocar mais humanidade nessa questão?
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
Contato (34)9.9990-1148
terça-feira, 25 de novembro de 2008
A marca que deixamos nas pessoas
Autor desconhecido
Quando eu era criança, bem novinho, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança.
Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala.
Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém.
Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse. "Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa.
Minha primeira experiência pessoal com esse gênio-na-garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho.
Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo. A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.
Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei: O telefone!
Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente a cômoda da sala.
Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido.
Alguém atendeu e eu disse:
- "Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.
- "Informações".
- "Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.
-"A sua mãe não esta em casa?", ela perguntou.
-"Não tem ninguém aqui...", eu soluçava.
-"Está sangrando?"
-"Não", respondi.
- "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
-"Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou.
Eu respondi que sim.
-"Então, pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Philadelphia.
Ela me ajudou com os exercícios de matemática.
Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas. Então, um dia, Petey, meu canário, morreu.
Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido.
Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável.
Eu perguntava:
-"Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?"
Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente:
-"Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..."
De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.
No outro dia, lá estava eu de novo.
-"Informações", disse a voz já tão familiar.
-"Você sabe como se escreve exceção?"
Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacífico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto
e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho
que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória. Freqüentemente, em momentos de dúvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.
Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um menininho.
Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos.
Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos.
Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora
daquela minha cidade natal e pedi:
-"Uma informação, por favor".
Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo:
-"Informações".
Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando:
-"Você sabe como se escreve exceção?"
Houve uma longa pausa.
Então, veio uma resposta suave:
-"Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul".
Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse.
"Você não imagina como era importante
para mim naquele tempo".
- "Eu imagino", ela disse.
-"E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse".
Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã.
-"É claro!", ela respondeu.
-"Venha até aqui e chame a Sally".
Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã.
Quando liguei, uma voz diferente respondeu:
-"Informações".
Eu pedi para chamar a Sally.
-"Você é amigo dela?", a voz perguntou.
-"Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul".
- "Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente.
Infelizmente, ela morreu há cinco semanas".
Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul"?
- "Sim."
- "A Sally deixou uma mensagem para você.
Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse.
Eu vou ler pra você".
A mensagem dizia:
" Diga a ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender".
Eu agradeci e desliguei.
Eu entendi...
Quando eu era criança, bem novinho, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança.
Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala.
Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém.
Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse. "Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa.
Minha primeira experiência pessoal com esse gênio-na-garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho.
Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo. A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.
Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei: O telefone!
Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente a cômoda da sala.
Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido.
Alguém atendeu e eu disse:
- "Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.
- "Informações".
- "Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.
-"A sua mãe não esta em casa?", ela perguntou.
-"Não tem ninguém aqui...", eu soluçava.
-"Está sangrando?"
-"Não", respondi.
- "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
-"Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou.
Eu respondi que sim.
-"Então, pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Philadelphia.
Ela me ajudou com os exercícios de matemática.
Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas. Então, um dia, Petey, meu canário, morreu.
Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido.
Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável.
Eu perguntava:
-"Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?"
Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente:
-"Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..."
De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.
No outro dia, lá estava eu de novo.
-"Informações", disse a voz já tão familiar.
-"Você sabe como se escreve exceção?"
Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacífico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto
e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho
que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória. Freqüentemente, em momentos de dúvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.
Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um menininho.
Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos.
Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos.
Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora
daquela minha cidade natal e pedi:
-"Uma informação, por favor".
Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo:
-"Informações".
Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando:
-"Você sabe como se escreve exceção?"
Houve uma longa pausa.
Então, veio uma resposta suave:
-"Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul".
Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse.
"Você não imagina como era importante
para mim naquele tempo".
- "Eu imagino", ela disse.
-"E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse".
Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã.
-"É claro!", ela respondeu.
-"Venha até aqui e chame a Sally".
Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã.
Quando liguei, uma voz diferente respondeu:
-"Informações".
Eu pedi para chamar a Sally.
-"Você é amigo dela?", a voz perguntou.
-"Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul".
- "Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente.
Infelizmente, ela morreu há cinco semanas".
Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul"?
- "Sim."
- "A Sally deixou uma mensagem para você.
Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse.
Eu vou ler pra você".
A mensagem dizia:
" Diga a ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender".
Eu agradeci e desliguei.
Eu entendi...
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
DECIDI TRIUNFAR
Walt Disney
E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar'!
Decidi não esperar as oportunidades e sim eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia, descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou quem perde. Agora me importava simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo.
Descobri que o amor é mais que um simples estado de estar enamorado; o amor é uma filosofia de vida.
Naquele dia, deixei de ver um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi de que nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas....
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade e, desde aquele dia, já não durmo para descansar; durmo, simplesmente, para sonhar.
DICAS SOBRE LIDERANÇA
1 -Definir um propósito. Assegure que todos na organização compreendam quais são o papel e as responsabilidades de cada um. Deixe claro por que o trabalho de todos é importante e apresente suas expectativas antecipadamente.
2 - Promover o trabalho em equipe. Se os funcionários têm a oportunidade de contribuir idéias, o resultado são soluções melhores. O trabalho em equipe funciona melhor numa cultura em que todos têm voz e a voz de cada um é ouvida.
3 - Confiar e inspirar confiança nos outros. Ao reconhecer as contribuições de cada um para a equipe, a divisão de tarefas fica mais fácil. Entenda que todo membro de uma equipe traz consigo experiências valiosas. Quando podem aplicar essas experiências, os funcionários começam a sentir que realmente fazem parte da empresa.
4 - Liberar o potencial. Embora diretrizes e procedimentos sejam importantes, seguir as regras à risca demais podem sufocar o aparecimento de novas idéias. Algumas das melhores idéias decorrem de novas maneiras de pensar.
5 - Entender as necessidades de seus funcionários. Para um líder, o crescimento de cada funcionário é parte integrante do crescimento da empresa. Quando um líder entende os sonhos e aspirações do seu pessoal, todos sentem que estão sendo ouvidos.
6 -Reconhecer o valor de cada um. Como líder, transmita valor e potencial para que os funcionários possam dar o máximo de si. E reconheça sempre um trabalho bem feito.
E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar'!
Decidi não esperar as oportunidades e sim eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia, descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou quem perde. Agora me importava simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo.
Descobri que o amor é mais que um simples estado de estar enamorado; o amor é uma filosofia de vida.
Naquele dia, deixei de ver um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi de que nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas....
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade e, desde aquele dia, já não durmo para descansar; durmo, simplesmente, para sonhar.
DICAS SOBRE LIDERANÇA
1 -Definir um propósito. Assegure que todos na organização compreendam quais são o papel e as responsabilidades de cada um. Deixe claro por que o trabalho de todos é importante e apresente suas expectativas antecipadamente.
2 - Promover o trabalho em equipe. Se os funcionários têm a oportunidade de contribuir idéias, o resultado são soluções melhores. O trabalho em equipe funciona melhor numa cultura em que todos têm voz e a voz de cada um é ouvida.
3 - Confiar e inspirar confiança nos outros. Ao reconhecer as contribuições de cada um para a equipe, a divisão de tarefas fica mais fácil. Entenda que todo membro de uma equipe traz consigo experiências valiosas. Quando podem aplicar essas experiências, os funcionários começam a sentir que realmente fazem parte da empresa.
4 - Liberar o potencial. Embora diretrizes e procedimentos sejam importantes, seguir as regras à risca demais podem sufocar o aparecimento de novas idéias. Algumas das melhores idéias decorrem de novas maneiras de pensar.
5 - Entender as necessidades de seus funcionários. Para um líder, o crescimento de cada funcionário é parte integrante do crescimento da empresa. Quando um líder entende os sonhos e aspirações do seu pessoal, todos sentem que estão sendo ouvidos.
6 -Reconhecer o valor de cada um. Como líder, transmita valor e potencial para que os funcionários possam dar o máximo de si. E reconheça sempre um trabalho bem feito.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Reflexões sobre a arte de viver
Joseph Campbel
Se você quer um título universitário para compensar um complexo de inferioridade, abra mão do complexo, pois ele é algo artificial.
Quando você cursa uma universidade, não faz aquilo que você quer fazer. Você descobre o que o professor quer que você faça para receber o diploma e faz isto. Se você quer o título para dar aulas, o ideal é fazer o curso da maneira mais rápida e fácil. Tendo recebido o diploma, aí você expande a sua educação.
Recebi uma bolsa de estudos na Europa, e fui cursar a Universidade de Paris. Estava dedicando-me ao francês e ao provençal medievais e à poesia dos trovadores. Quando cheguei à Europa, descobri a Arte Moderna: James Joyce, Picasso, Mondrian - toda aquela turma. Paris, em 1927-1928, era outra coisa. Depois, fui à Alemanha, comecei a estudar Sânscrito e me envolvi com o hinduismo. Depois Jung enquanto estudava na Alemanha. Tudo estava se abrindo - deste lado, daquele lado. Bem, a minha dúvida na época foi: "Devo voltar para aquela garrafa?" Meu interesse pelo romance celta se fora.
Fui à universidade e disse: "Olha, não quero voltar para aquela garrafa". Tinha feito todas as matérias necessárias para o título; só precisava redigir a maldita tese. Não me deixavam ir para outro lugar e dar prosseguimento aos estudos, e por isto eu disse, vão para o inferno. Mudei-me para o campo e passei cinco anos lendo. Nunca tirei meu Ph.D. Aprendi a viver com absolutamente nada. Estava livre e não tinha responsabilidades. Foi maravilhoso.
É preciso coragem para fazer aquilo que você deseja.
Outras pessoas têm um monte de planos para você.
Ninguém quer que você faça o que você quer fazer.
Eles querem que você embarque na viagem deles, mas você pode fazer o que quiser.
Eu fiz isto. Fui para o mato e li durante cinco anos.
Foi entre 1929 e 1934, cinco anos. Fui para uma pequena cabana em Woodstock, Nova York, e mergulhei. Tudo que fazia era ler, ler, ler, e tomar notas. Foi na época da Grande Depressão. Eu não tinha dinheiro, mas havia uma importante distribuidora de livros em Nova York chamada Stechert - Hafner, e eu escrevia e pedia livros para eles - os livros de Frobenius eram caros - e eles me mandavam alguns exemplares, e eu não pagava. Era assim que as pessoas agiam durante a Depressão. Eles esperaram até eu conseguir um emprego, e então eu os paguei. Foi um gesto muito nobre. Fiquei realmente grato por eles.
Li Joyce, e Mann e Spengler. Spengler fala de Nietzsche. Vou a Nietzsche. Então, descubro que não se pode ler Nietzche sem ter lido Schopenhauer, e por isso vou a Schopenhauer. Descubro que não se pode ler Schopenhauer sem ter lido Kant. Então, vou a Kant.- bem, concordo, você pode começar daqui, mas é bem difícil. Depois Goethe.
Era excitante ver que Joyce estava na verdade, lidando com o mesmo material. Ele nunca menciona o nome de Schopenhauer, mas posso provar que esse foi uma figura importante na forma como Joyce construiu seu sistema.
Depois leio Jung e vejo que a estrutura de seu pensamento é basicamente a mesma de Spengler, e fico reunindo todo este material.
Não sei como passei esses cinco anos, mas estava convencido de que ainda sobreviveria a mais alguns. Lembro-me de uma ocasião em que tinha uma nota de um dólar na gaveta de uma cômoda, e eu sabia que enquanto ela estivesse ali, eu ainda contaria com meus recursos. Foi bárbaro. Eu não tinha responsabilidade, nenhuma. Era excitante - escrever meus comentários no diário, tentar descobrir o que eu queria. Ainda tenho tudo isto. Quando leio esse material hoje, não consigo acreditar. Na verdade, houve momentos em que quase pensei - quase pensei - "Caramba, gostaria que alguém me dissesse o que eu tenho de fazer", algo assim Ser livre, implica tomar decisões, e cada decisão é uma decisão que altera o destino. É muito difícil encontrar alguma coisa no mundo exterior que se ajuste ao que o sistema dentro de você tanto anseia. Hoje, sinto que tive uma vida perfeita: aquilo de que precisava apareceu justamente quando eu precisava. Na época, eu precisava viver sem emprego durante cinco anos. Isso foi fundamental.
Como diz Schopenhauer, quando você analisa sua vida em retrospecto, tem a impressão de que seguiu um enredo, mas, no momento da ação, parece o caos: uma surpresa atrás da outra. Depois, mais tarde, você vê que foi perfeito. E tem uma teoria: se você estiver seguindo seu próprio caminho, as coisas virão até você. Como é seu próprio caminho, e ninguém o percorreu antes, não existe um precedente; logo, tudo que acontece é uma surpresa, e na hora certa.
Nota SOBRE JOSEPH CAMPBELL:
Em março de 2004 comemorou-se o Centenário de Nascimento de Joseph Campbell. Pesquisador, professor e escritor, Campbell foi um dos grandes intérpretes do mito do nosso tempo, fazendo-nos ver que os mitos não são histórias "de ontem" ou de deuses esquecidos, mas renovam-se diariamente como nossos sonhos e nossas energias.)
Se você quer um título universitário para compensar um complexo de inferioridade, abra mão do complexo, pois ele é algo artificial.
Quando você cursa uma universidade, não faz aquilo que você quer fazer. Você descobre o que o professor quer que você faça para receber o diploma e faz isto. Se você quer o título para dar aulas, o ideal é fazer o curso da maneira mais rápida e fácil. Tendo recebido o diploma, aí você expande a sua educação.
Recebi uma bolsa de estudos na Europa, e fui cursar a Universidade de Paris. Estava dedicando-me ao francês e ao provençal medievais e à poesia dos trovadores. Quando cheguei à Europa, descobri a Arte Moderna: James Joyce, Picasso, Mondrian - toda aquela turma. Paris, em 1927-1928, era outra coisa. Depois, fui à Alemanha, comecei a estudar Sânscrito e me envolvi com o hinduismo. Depois Jung enquanto estudava na Alemanha. Tudo estava se abrindo - deste lado, daquele lado. Bem, a minha dúvida na época foi: "Devo voltar para aquela garrafa?" Meu interesse pelo romance celta se fora.
Fui à universidade e disse: "Olha, não quero voltar para aquela garrafa". Tinha feito todas as matérias necessárias para o título; só precisava redigir a maldita tese. Não me deixavam ir para outro lugar e dar prosseguimento aos estudos, e por isto eu disse, vão para o inferno. Mudei-me para o campo e passei cinco anos lendo. Nunca tirei meu Ph.D. Aprendi a viver com absolutamente nada. Estava livre e não tinha responsabilidades. Foi maravilhoso.
É preciso coragem para fazer aquilo que você deseja.
Outras pessoas têm um monte de planos para você.
Ninguém quer que você faça o que você quer fazer.
Eles querem que você embarque na viagem deles, mas você pode fazer o que quiser.
Eu fiz isto. Fui para o mato e li durante cinco anos.
Foi entre 1929 e 1934, cinco anos. Fui para uma pequena cabana em Woodstock, Nova York, e mergulhei. Tudo que fazia era ler, ler, ler, e tomar notas. Foi na época da Grande Depressão. Eu não tinha dinheiro, mas havia uma importante distribuidora de livros em Nova York chamada Stechert - Hafner, e eu escrevia e pedia livros para eles - os livros de Frobenius eram caros - e eles me mandavam alguns exemplares, e eu não pagava. Era assim que as pessoas agiam durante a Depressão. Eles esperaram até eu conseguir um emprego, e então eu os paguei. Foi um gesto muito nobre. Fiquei realmente grato por eles.
Li Joyce, e Mann e Spengler. Spengler fala de Nietzsche. Vou a Nietzsche. Então, descubro que não se pode ler Nietzche sem ter lido Schopenhauer, e por isso vou a Schopenhauer. Descubro que não se pode ler Schopenhauer sem ter lido Kant. Então, vou a Kant.- bem, concordo, você pode começar daqui, mas é bem difícil. Depois Goethe.
Era excitante ver que Joyce estava na verdade, lidando com o mesmo material. Ele nunca menciona o nome de Schopenhauer, mas posso provar que esse foi uma figura importante na forma como Joyce construiu seu sistema.
Depois leio Jung e vejo que a estrutura de seu pensamento é basicamente a mesma de Spengler, e fico reunindo todo este material.
Não sei como passei esses cinco anos, mas estava convencido de que ainda sobreviveria a mais alguns. Lembro-me de uma ocasião em que tinha uma nota de um dólar na gaveta de uma cômoda, e eu sabia que enquanto ela estivesse ali, eu ainda contaria com meus recursos. Foi bárbaro. Eu não tinha responsabilidade, nenhuma. Era excitante - escrever meus comentários no diário, tentar descobrir o que eu queria. Ainda tenho tudo isto. Quando leio esse material hoje, não consigo acreditar. Na verdade, houve momentos em que quase pensei - quase pensei - "Caramba, gostaria que alguém me dissesse o que eu tenho de fazer", algo assim Ser livre, implica tomar decisões, e cada decisão é uma decisão que altera o destino. É muito difícil encontrar alguma coisa no mundo exterior que se ajuste ao que o sistema dentro de você tanto anseia. Hoje, sinto que tive uma vida perfeita: aquilo de que precisava apareceu justamente quando eu precisava. Na época, eu precisava viver sem emprego durante cinco anos. Isso foi fundamental.
Como diz Schopenhauer, quando você analisa sua vida em retrospecto, tem a impressão de que seguiu um enredo, mas, no momento da ação, parece o caos: uma surpresa atrás da outra. Depois, mais tarde, você vê que foi perfeito. E tem uma teoria: se você estiver seguindo seu próprio caminho, as coisas virão até você. Como é seu próprio caminho, e ninguém o percorreu antes, não existe um precedente; logo, tudo que acontece é uma surpresa, e na hora certa.
Nota SOBRE JOSEPH CAMPBELL:
Em março de 2004 comemorou-se o Centenário de Nascimento de Joseph Campbell. Pesquisador, professor e escritor, Campbell foi um dos grandes intérpretes do mito do nosso tempo, fazendo-nos ver que os mitos não são histórias "de ontem" ou de deuses esquecidos, mas renovam-se diariamente como nossos sonhos e nossas energias.)
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
Contato (34)9.9990-1148
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
O LENHADOR
- Monja Coen Shingetsu -
Havia um lenhador que procurava pela árvore da paz. Ele a procurava nos lugares mais remotos, onde ser humano ainda não houvesse trilhado. Escalava as montanhas mais altas, pendurava-se à beira de grandes abismos. Há anos viajava o lenhador, passando por vários países, pedindo informações. Houve quem disse:
— Meu avô me contou que seu avô lhe contara que havia uma árvore assim. Era imensa, frondosa. As pessoas se sentavam à sua sombra e descansavam felizes, tranqüilas, em paz.
O lenhador experimentava várias árvores. Sentava-se à sua sombra, mas surgiam pensamentos, sons, imagens, nevoeiros. Surgiam guerras, massacres, dores, mortes, grandes desastres. Cabisbaixo se afastava e noutra região procurava.
Foram se passando os anos. Seus cabelos embranqueceram. Suas sobrancelhas também.
Suas pernas já não eram tão fortes. O machado fora trocado por um cajado. Mas não desistira da empreitada. Por toda a Terra caminhava, perguntando a toda gente, esperando que alguém, que alguma coisa lhe levasse à árvore tão almejada.
Um certo dia parou, cansado e pensativo. Será que era fantasia, que na verdade não existia essa árvore da Paz? Encostou-se num tronco qualquer, apoiando-se no braço para que os passantes não vissem que chorava de cansaço. As lágrimas foram caindo no terreno seco e árido. Soluçava nosso amigo, da procura de uma vida. Mesmo se a encontrasse agora como poderia levar suas sementes a tantas e tantas gentes?
Correra o mundo, é verdade. Estava a poucos passos da cidade de onde saíra, jovem e bem disposto, confiante que encontraria a legendária árvore que tudo transformaria. Tinha se tornado impossível viver como todos viviam. Roubavam e mentiam, medrosos se escondiam dos mais fortes, temerosos. Alguns ricaços gorduchos, panças inchadas de tanto luxo. Outros magros, arqueados, de fome morrendo dobrados. Havia os roncos medonhos de aviões tenebrosos, lançando bombas que em sangue marcavam o território. Havia a disputa mesquinha, que levava ao preconceito e à discriminação. Crianças eram abusadas, maltratadas, empregadas a pedir esmolas por jogar algumas bolas nas esquinas de quem tinha muito para dar e nada dava.
Ele era um lenhador, saído dos contos de fadas, das histórias mais antigas de aventuras e justiça, de verdades que são ditas e transformam realidades. Crescera sonhando um dia poder tudo revirar para que a paz retornasse ao seu lar e a de seus amigos, vizinhos, conhecidos e até mesmo de estranhos que estranhamente se comportavam...
Caminhara e caminhara. Ouvira histórias fantásticas, daquele homem da Índia que conseguira mudanças sem guerras, sem violências, no respeito e na decência. Mahatma Gandhi. Bom demais pensou quando menino lendo de sua história. Foi colocando na sacola os livros, os sonhos, a esperança. Na Índia também houvera o Buda Sagrado, que predissera que um dia tudo se transformaria. As pessoas confiavam que se seguissem seus ensinamentos haveria compaixão e sabedoria suprema. Logo a ternura se espalharia e todos se ajudariam como bons irmãos.
Cada lágrima dos olhos do ancião fazia brotar na terra um verde inesperado.
Teria sido por tudo e por todos, abandonado?
Mas de dentro dele surgiu uma força incomensurável. “Nada é impossível. Haverei de conseguir encontrar o fruto dessa árvore de paz, a semente da verdade.”
Ainda de olhos molhados, sentou-se ofegante. Tocou a terra coberta de grama nova, macia. Encostou-se no tronco forte e sem perceber, meditava.
No que se seguia lembrou-se do próprio Buda, que vivera na Índia por volta do século VI antes de Cristo, e a todos amavelmente sorria. Monges e monjas, pessoas de todas classes, castas, feições, cores, etnias. A todos Buda pregava dizendo dos venenos perigosos que matam a paz, a felicidade, a alegria.
O primeiro é a ganância. Quero e quero sem parar. Por mais que tenha sempre quero mais. Seja amor de minha mãe, atenção do professor, seja doce, sejam roupas, sejam carinhos, sejam diversões. Seja dinheiro, seja fama, seja luxo, sejam armas, seja amor. Dessa ganância vão surgindo ciúmes, ressentimentos, más ações e pensamentos. Logo faz algo errado, perde a paz, a tranqüilidade. Vive sedento de tudo e nada traz felicidade. Só o que cura esse mal é a doação, o entregar-se, o dar invés de cobrar.
O segundo é a raiva, danada de se conter. Enfurece por amor, por ódio e até por prazer. Parece que a pessoa passa a achar bonito quem fica furioso. Chega até a dizer que é “personalidade forte”. Na verdade são seres para serem apiedados, pois não conseguem, coitados, transformar a indignação em suave compaixão.
Compaixão significa saber o que o outro sente, compartilhar das tristezas, das dores das amarguras e fazer trabalho lindo de recuperar as criaturas. Porque sente com. Porque sente junto. Nós não rimos quando alguém conta uma coisa engraçada? Não choramos com filmes, histórias, foto, situações? Quando sabemos de alguém sofrendo queremos ajudar. A compaixão é natural, se formos naturais.
O terceiro veneno é a ignorância. Ignorância significa afastar-se da verdade. Estar dividido, partido, sem saber mais que somos uma só vida em movimento. Somos um só corpo universal se transformando constantemente. No que mexemos aqui, lá do outro lado repercute. Essa ignorância não é apenas falta de estudos. É falta de contato com o Sagrado, com a Essência de tudo.
Seu antídoto infalível é a Sabedoria Completa. O resultado de tudo é a árvore da Paz florindo e cobrindo o mundo.
Havia um lenhador que procurava pela árvore da paz. Ele a procurava nos lugares mais remotos, onde ser humano ainda não houvesse trilhado. Escalava as montanhas mais altas, pendurava-se à beira de grandes abismos. Há anos viajava o lenhador, passando por vários países, pedindo informações. Houve quem disse:
— Meu avô me contou que seu avô lhe contara que havia uma árvore assim. Era imensa, frondosa. As pessoas se sentavam à sua sombra e descansavam felizes, tranqüilas, em paz.
O lenhador experimentava várias árvores. Sentava-se à sua sombra, mas surgiam pensamentos, sons, imagens, nevoeiros. Surgiam guerras, massacres, dores, mortes, grandes desastres. Cabisbaixo se afastava e noutra região procurava.
Foram se passando os anos. Seus cabelos embranqueceram. Suas sobrancelhas também.
Suas pernas já não eram tão fortes. O machado fora trocado por um cajado. Mas não desistira da empreitada. Por toda a Terra caminhava, perguntando a toda gente, esperando que alguém, que alguma coisa lhe levasse à árvore tão almejada.
Um certo dia parou, cansado e pensativo. Será que era fantasia, que na verdade não existia essa árvore da Paz? Encostou-se num tronco qualquer, apoiando-se no braço para que os passantes não vissem que chorava de cansaço. As lágrimas foram caindo no terreno seco e árido. Soluçava nosso amigo, da procura de uma vida. Mesmo se a encontrasse agora como poderia levar suas sementes a tantas e tantas gentes?
Correra o mundo, é verdade. Estava a poucos passos da cidade de onde saíra, jovem e bem disposto, confiante que encontraria a legendária árvore que tudo transformaria. Tinha se tornado impossível viver como todos viviam. Roubavam e mentiam, medrosos se escondiam dos mais fortes, temerosos. Alguns ricaços gorduchos, panças inchadas de tanto luxo. Outros magros, arqueados, de fome morrendo dobrados. Havia os roncos medonhos de aviões tenebrosos, lançando bombas que em sangue marcavam o território. Havia a disputa mesquinha, que levava ao preconceito e à discriminação. Crianças eram abusadas, maltratadas, empregadas a pedir esmolas por jogar algumas bolas nas esquinas de quem tinha muito para dar e nada dava.
Ele era um lenhador, saído dos contos de fadas, das histórias mais antigas de aventuras e justiça, de verdades que são ditas e transformam realidades. Crescera sonhando um dia poder tudo revirar para que a paz retornasse ao seu lar e a de seus amigos, vizinhos, conhecidos e até mesmo de estranhos que estranhamente se comportavam...
Caminhara e caminhara. Ouvira histórias fantásticas, daquele homem da Índia que conseguira mudanças sem guerras, sem violências, no respeito e na decência. Mahatma Gandhi. Bom demais pensou quando menino lendo de sua história. Foi colocando na sacola os livros, os sonhos, a esperança. Na Índia também houvera o Buda Sagrado, que predissera que um dia tudo se transformaria. As pessoas confiavam que se seguissem seus ensinamentos haveria compaixão e sabedoria suprema. Logo a ternura se espalharia e todos se ajudariam como bons irmãos.
Cada lágrima dos olhos do ancião fazia brotar na terra um verde inesperado.
Teria sido por tudo e por todos, abandonado?
Mas de dentro dele surgiu uma força incomensurável. “Nada é impossível. Haverei de conseguir encontrar o fruto dessa árvore de paz, a semente da verdade.”
Ainda de olhos molhados, sentou-se ofegante. Tocou a terra coberta de grama nova, macia. Encostou-se no tronco forte e sem perceber, meditava.
No que se seguia lembrou-se do próprio Buda, que vivera na Índia por volta do século VI antes de Cristo, e a todos amavelmente sorria. Monges e monjas, pessoas de todas classes, castas, feições, cores, etnias. A todos Buda pregava dizendo dos venenos perigosos que matam a paz, a felicidade, a alegria.
O primeiro é a ganância. Quero e quero sem parar. Por mais que tenha sempre quero mais. Seja amor de minha mãe, atenção do professor, seja doce, sejam roupas, sejam carinhos, sejam diversões. Seja dinheiro, seja fama, seja luxo, sejam armas, seja amor. Dessa ganância vão surgindo ciúmes, ressentimentos, más ações e pensamentos. Logo faz algo errado, perde a paz, a tranqüilidade. Vive sedento de tudo e nada traz felicidade. Só o que cura esse mal é a doação, o entregar-se, o dar invés de cobrar.
O segundo é a raiva, danada de se conter. Enfurece por amor, por ódio e até por prazer. Parece que a pessoa passa a achar bonito quem fica furioso. Chega até a dizer que é “personalidade forte”. Na verdade são seres para serem apiedados, pois não conseguem, coitados, transformar a indignação em suave compaixão.
Compaixão significa saber o que o outro sente, compartilhar das tristezas, das dores das amarguras e fazer trabalho lindo de recuperar as criaturas. Porque sente com. Porque sente junto. Nós não rimos quando alguém conta uma coisa engraçada? Não choramos com filmes, histórias, foto, situações? Quando sabemos de alguém sofrendo queremos ajudar. A compaixão é natural, se formos naturais.
O terceiro veneno é a ignorância. Ignorância significa afastar-se da verdade. Estar dividido, partido, sem saber mais que somos uma só vida em movimento. Somos um só corpo universal se transformando constantemente. No que mexemos aqui, lá do outro lado repercute. Essa ignorância não é apenas falta de estudos. É falta de contato com o Sagrado, com a Essência de tudo.
Seu antídoto infalível é a Sabedoria Completa. O resultado de tudo é a árvore da Paz florindo e cobrindo o mundo.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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terça-feira, 4 de novembro de 2008
Liderança espiritualizada - Parte 1
por Eunice Aboláfio
Para abordar este tema e atingir todo seu âmago, preciso iniciar tratando de um importante questionamento que me perseguiu durante anos de vida corporativa e que também deve estar presente na mente de muitos.
Aplicar a espiritualidade em uma empresa não seria uma utopia? A espiritualidade seria compatível com a competição do mercado, com os jogos de poder e vaidades e a sobrevivência financeira? Como ser um monge dentro de uma empresa, suportar as cobranças torturantes do dia-a-dia e ainda ter dinheiro para pagar todas as contas do mês?
Precisamos de professores para ensinar como viver com amor, dignidade e respeito à vida. A sociedade precisa de líderes que ensinem também como agir desta forma nas atividades profissionais e ter sucesso.
Pretendo abordar neste e nos futuros artigos, assuntos e situações práticas vividas por mim, que podem realmente ajudar a trilhar este caminho, mesmo sabendo que estaremos dando apenas incentivo para alguns pequenos passos de uma grande e necessária mudança pessoal e corporativa.
De nada adianta a presença freqüente aos encontros religiosos de domingo para rezar, jurar seguir as doutrinas e pedir a ajuda divina e na segunda feira assumir uma outra identidade, com atitudes incompatíveis a tudo isso. Certamente, é mais fácil praticar os valores humanos dentro de um mosteiro ou uma igreja, mas no estágio evolutivo em que a humanidade se encontra, temos que aprender como fazer isso também no ambiente de trabalho, com os amigos e na família.
Enfatizei a importância do “como fazer”, pois senti na pele os meus conflitos internos, quando sabia não ser certo ou justo fazer alguma coisa que a cultura empresarial ou meus chefes exigiam que eu fizesse, apenas por que era necessário ser feito. Com olhares maldosos esses “chefes”, pobres seres humanos adormecidos, diziam que era assim que eu aprenderia a gerenciar equipes. Sofria, mas sabia que “as empresas não tinham coração” e que se eu quisesse continuar a trabalhar e seguir uma carreira corporativa, haveria de aprender a agir assim ou sobreviver até encontrar um outro caminho melhor, que não conseguia enxergar.
Felizmente, encontrei alguns líderes de verdade, que foram me mostrando gradativamente como agir com respeito para com as pessoas e também como ensinar, delegar, cobrar e desenvolvê-las, com o mais importante: trazendo resultados para a empresa. Assim eles fizeram comigo e eu com outros. Uma verdadeira corrente do bem, também muito invejada e criticada dentro das empresas.
Vi muitas vezes estes líderes maravilhosos serem desrespeitados ou criticados pelos seus pares e superiores, aqueles mesmos seres humanos adormecidos que também eram invejosos, mas mesmo acompanhando o sofrimento deles, eu e muitos outros os admiravam mais e mais, pois eles não mudavam suas atitudes para adormecerem como os outros. Tempos depois era eu quem estaria sofrendo estas mesmas situações e procurando seguir seus exemplos.
Hoje percebo que muito sofri quando algum de nós mudava de empresa. Achava que nunca mais encontraria pessoas assim. Realmente, não era tão fácil mesmo, mas de alguma forma nós nos reencontramos muitas outras vezes, até para trabalharmos novamente juntos em outras empresas e projetos. Formamos ótimas equipes de trabalho, pois havia entre nós o conhecimento seguro de que compartilhávamos dos mesmos valores e comportamentos. Assim, tínhamos nossos objetivos em comum, todos eram informados de tudo e as decisões eram compatíveis. Dirigíamos as equipes com total sincronismo, atingíamos bons resultados e o clima era excelente, trabalhávamos felizes, mesmo com os ataques de outras áreas.
Certa vez, estávamos vivendo uma séria crise na empresa e até os salários chegaram a atrasar alguns dias. Procurávamos conversar muito com as equipes e mantínhamos todos informados das ações que estavam sendo tomadas, das datas certas em que os pagamentos seriam realizados e pedíamos idéias para novas ações, assim como enfatizávamos a importância de estarmos unidos para superar a crise. Mesmo nesta situação, as equipes trabalharam duro, até mesmo além do horário normal e ainda assim a alegria continuava.
Havia respeito e confiança nas lideranças que também estavam sempre presentes, além de reconhecer a força da equipe.
Outros líderes, invejosos e rígidos dentro de seus escudos, rejeitavam de pronto qualquer nova idéia, sempre listando inúmeros empecilhos ou ainda querendo mostrar que já haviam feito isso no passado e que de nada adiantou. Seus colaboradores estavam apáticos, tristes e achavam que as equipes felizes eram formadas de palhaços, alienados no meio de uma desgraça.
Todos tiveram que passar pela crise, mas alguns foram mais felizes e souberam fazer dela a oportunidade de crescimento e aprendizado; outros, apenas sofreram.
Deixo aqui algumas dicas:
▫ Acredite que é possível ser um ser humano melhor e assim melhore suas relações com a família, filhos, colegas de trabalho, chefias e muitas outras.
▫ Não queira mudar os outros, foque nas suas mudanças.
▫ Não tenha medo ou vergonha de ser diferente. Procure AMAR, não julgar e entender as pessoas e seus sentimentos. Você verá o quanto somos parecidos com nossos medos, mas diferentes em nossas reações e sentimentos.
▫ Procure ter mais consciência do impacto que suas palavras e ações causam nas pessoas ao seu redor e pergunte a elas de que forma você poderia melhorar, mas por favor, ouça com atenção sem justificar-se, certo?
▫ Fale mais de seus sentimentos e dificuldades para as pessoas que ama, até mesmo para seus filhos pequenos. Eles irão enxergar o quanto você é gente como eles e ficarão mais próximos.
▫ Seja cada vez mais humilde e menos competitivo. Não fique exibindo suas qualidades, mas perceba e valorize as qualidades alheias.
▫ Quando alguém o irritar com alguma atitude, descubra quando e com quem você também é assim, mesmo que em menor intensidade ou mais disfarçado.
Lendo, pode parecer tudo fácil ou até que já é feito normalmente, mas será que seu marido, esposa ou companheiro(a) diria a mesma coisa? E seus colegas ou subordinados?
Que tal praticar a humildade e perguntar a eles?
Para abordar este tema e atingir todo seu âmago, preciso iniciar tratando de um importante questionamento que me perseguiu durante anos de vida corporativa e que também deve estar presente na mente de muitos.
Aplicar a espiritualidade em uma empresa não seria uma utopia? A espiritualidade seria compatível com a competição do mercado, com os jogos de poder e vaidades e a sobrevivência financeira? Como ser um monge dentro de uma empresa, suportar as cobranças torturantes do dia-a-dia e ainda ter dinheiro para pagar todas as contas do mês?
Precisamos de professores para ensinar como viver com amor, dignidade e respeito à vida. A sociedade precisa de líderes que ensinem também como agir desta forma nas atividades profissionais e ter sucesso.
Pretendo abordar neste e nos futuros artigos, assuntos e situações práticas vividas por mim, que podem realmente ajudar a trilhar este caminho, mesmo sabendo que estaremos dando apenas incentivo para alguns pequenos passos de uma grande e necessária mudança pessoal e corporativa.
De nada adianta a presença freqüente aos encontros religiosos de domingo para rezar, jurar seguir as doutrinas e pedir a ajuda divina e na segunda feira assumir uma outra identidade, com atitudes incompatíveis a tudo isso. Certamente, é mais fácil praticar os valores humanos dentro de um mosteiro ou uma igreja, mas no estágio evolutivo em que a humanidade se encontra, temos que aprender como fazer isso também no ambiente de trabalho, com os amigos e na família.
Enfatizei a importância do “como fazer”, pois senti na pele os meus conflitos internos, quando sabia não ser certo ou justo fazer alguma coisa que a cultura empresarial ou meus chefes exigiam que eu fizesse, apenas por que era necessário ser feito. Com olhares maldosos esses “chefes”, pobres seres humanos adormecidos, diziam que era assim que eu aprenderia a gerenciar equipes. Sofria, mas sabia que “as empresas não tinham coração” e que se eu quisesse continuar a trabalhar e seguir uma carreira corporativa, haveria de aprender a agir assim ou sobreviver até encontrar um outro caminho melhor, que não conseguia enxergar.
Felizmente, encontrei alguns líderes de verdade, que foram me mostrando gradativamente como agir com respeito para com as pessoas e também como ensinar, delegar, cobrar e desenvolvê-las, com o mais importante: trazendo resultados para a empresa. Assim eles fizeram comigo e eu com outros. Uma verdadeira corrente do bem, também muito invejada e criticada dentro das empresas.
Vi muitas vezes estes líderes maravilhosos serem desrespeitados ou criticados pelos seus pares e superiores, aqueles mesmos seres humanos adormecidos que também eram invejosos, mas mesmo acompanhando o sofrimento deles, eu e muitos outros os admiravam mais e mais, pois eles não mudavam suas atitudes para adormecerem como os outros. Tempos depois era eu quem estaria sofrendo estas mesmas situações e procurando seguir seus exemplos.
Hoje percebo que muito sofri quando algum de nós mudava de empresa. Achava que nunca mais encontraria pessoas assim. Realmente, não era tão fácil mesmo, mas de alguma forma nós nos reencontramos muitas outras vezes, até para trabalharmos novamente juntos em outras empresas e projetos. Formamos ótimas equipes de trabalho, pois havia entre nós o conhecimento seguro de que compartilhávamos dos mesmos valores e comportamentos. Assim, tínhamos nossos objetivos em comum, todos eram informados de tudo e as decisões eram compatíveis. Dirigíamos as equipes com total sincronismo, atingíamos bons resultados e o clima era excelente, trabalhávamos felizes, mesmo com os ataques de outras áreas.
Certa vez, estávamos vivendo uma séria crise na empresa e até os salários chegaram a atrasar alguns dias. Procurávamos conversar muito com as equipes e mantínhamos todos informados das ações que estavam sendo tomadas, das datas certas em que os pagamentos seriam realizados e pedíamos idéias para novas ações, assim como enfatizávamos a importância de estarmos unidos para superar a crise. Mesmo nesta situação, as equipes trabalharam duro, até mesmo além do horário normal e ainda assim a alegria continuava.
Havia respeito e confiança nas lideranças que também estavam sempre presentes, além de reconhecer a força da equipe.
Outros líderes, invejosos e rígidos dentro de seus escudos, rejeitavam de pronto qualquer nova idéia, sempre listando inúmeros empecilhos ou ainda querendo mostrar que já haviam feito isso no passado e que de nada adiantou. Seus colaboradores estavam apáticos, tristes e achavam que as equipes felizes eram formadas de palhaços, alienados no meio de uma desgraça.
Todos tiveram que passar pela crise, mas alguns foram mais felizes e souberam fazer dela a oportunidade de crescimento e aprendizado; outros, apenas sofreram.
Deixo aqui algumas dicas:
▫ Acredite que é possível ser um ser humano melhor e assim melhore suas relações com a família, filhos, colegas de trabalho, chefias e muitas outras.
▫ Não queira mudar os outros, foque nas suas mudanças.
▫ Não tenha medo ou vergonha de ser diferente. Procure AMAR, não julgar e entender as pessoas e seus sentimentos. Você verá o quanto somos parecidos com nossos medos, mas diferentes em nossas reações e sentimentos.
▫ Procure ter mais consciência do impacto que suas palavras e ações causam nas pessoas ao seu redor e pergunte a elas de que forma você poderia melhorar, mas por favor, ouça com atenção sem justificar-se, certo?
▫ Fale mais de seus sentimentos e dificuldades para as pessoas que ama, até mesmo para seus filhos pequenos. Eles irão enxergar o quanto você é gente como eles e ficarão mais próximos.
▫ Seja cada vez mais humilde e menos competitivo. Não fique exibindo suas qualidades, mas perceba e valorize as qualidades alheias.
▫ Quando alguém o irritar com alguma atitude, descubra quando e com quem você também é assim, mesmo que em menor intensidade ou mais disfarçado.
Lendo, pode parecer tudo fácil ou até que já é feito normalmente, mas será que seu marido, esposa ou companheiro(a) diria a mesma coisa? E seus colegas ou subordinados?
Que tal praticar a humildade e perguntar a eles?
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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A Liderança Espiritualizada – Parte 2- “Deixando de lado o Morde e Assopra”
por Eunice Aboláfio
Ser espiritualizado ao liderar pessoas exige o exercício constante do equilíbrio, fugindo dos extremos da dualidade como, por exemplo, as oscilações entre o autoritarismo e o paternalismo, popularmente conhecido como a liderança do “morde e assopra”. Embora a imagem de bonzinho possa erroneamente ser confundida com o termo espiritualizado, este está muito longe da idéia de extrema proteção e cuidados exagerados, como age um pai protetor.
Quando tratamos com pessoas adultas, sabemos da responsabilidade de cada um frente às suas escolhas. Resta saber se as escolhas, dentro de uma organização ou equipe de trabalho, estão claras e evidentes para todos.
Há dias que acordamos tranqüilos ou felizes com os resultados que atingimos e tratamos nossos colaboradores com muita atenção, ouvindo e orientando cada um em suas tarefas e dificuldades. Em outros momentos de maior aflição, achamos todos pouco comprometidos e incapazes de trabalhar como nós mesmos. Endurecemos na nossa comunicação, soltando nossa fúria para aliviar nosso vulcão interno e futuras demissões parecem ser inevitáveis.
Este vulcão em erupção mostra uma criatura grosseira, comunicando-se com dificuldade, exigindo que todos façam o que ela quer e da forma que considera a melhor, sem tempo para muitas explicações. Sua fala é firme, indicando as tarefas obrigatórias e os resultados exigidos. Também virão críticas, muitas em público humilhando as pessoas, cobranças duras, ameaças declaradas ou camufladas, causando terror e angústia nas pessoas. O foco estará nos erros e logicamente dos culpados.
Quanto mais nervosos e pressionados pela alta direção, mais as lideranças tendem a endurecer e deixar de perceber os impactos negativos que estão causando nas pessoas, agravando cada vez mais os fatores estressantes para a equipe e para eles próprios. Com este ambiente tenso, os erros irão aumentar e o vulcão nunca poderá ficar inativo por muito tempo.
Encontro centenas de chefes com predominância deste temperamento em todos os níveis hierárquicos, principalmente nos momentos de maiores pressões pelos resultados, cada vez mais freqüentes. Alguns são conscientes da sua forma agressiva, mas consideram seus comportamentos adequados para a empresa e para as suas equipes. Chegam até a se divertir com o medo que causam nas pessoas, confundindo medo com respeito, poder com autoridade, além de considerar que os resultados justificam seus métodos.
Facilmente encontramos nas equipes destes “chefes” desumanos a maior utilização do ambulatório médico da empresa, além das dispensas médicas e faltas justificadas. São freqüentes as enxaquecas, gastrites, úlceras, dores musculares, entorses, depressão, resultados da somatização de pessoas angustiadas, vivendo em constante pressão e precisando do emprego.
Uma chefia agressiva ou com problemas de comunicação eficaz, também sofre com a sua saúde física, pois mesmo obtendo bons resultados, estes não são sustentáveis. Muitas conseqüências demandarão ainda mais trabalho, como ter que administrar conflitos, ausências, demissões e novas contratações. Um ciclo danoso que sempre tem que ser alimentado, mesmo que inconscientemente, para continuar a existir.
Existem pessoas que após suas explosões são atormentados pela própria consciência e procuram retomar os relacionamentos saudáveis com a equipe, como se nada houvesse acontecido. Chamam para almoçar, falam de assuntos diferentes como futebol (um dos preferidos), perguntam sobre os filhos, como querendo mostrar que tudo já passou e que são humanas. Pena que não percebam que esta atitude e suas intenções estão evidentes e que suas explosões nunca serão esquecidas.
A instabilidade emocional da chefia também refletirá na instabilidade da equipe. Poderemos encontrar em decorrência disso a falta de comprometimento com a empresa, de espírito de equipe, de criatividade, de inovação, além da dificuldade de se descobrir precocemente os erros.
Com este cenário emocional, imaginem:
- Quem irá mostrar os erros nos processos, temendo ser considerado o culpado ou provocar novamente o vulcão? Mais fácil escondê-los e deixar estourar nas mãos de outra pessoa.
- Quem terá a coragem de se expor e propor inovações? Melhor oferecer o seu trabalho trivial, não chamar a atenção e garantir seu emprego e salário.
Podemos observar que as conseqüências comportamentais podem ser exatamente os aspectos que ninguém deseja ver nas equipes de trabalho.
Como fazer para mudar isso? Com muita autoconsciência, paciência e respeito, tratando os outros da forma como gostaria de ser tratado, considerando que eles podem não saber TUDO aquilo que você já conhece muito bem. Você é um líder para mobilizar as pessoas para atingirem os objetivos da organização. Se isso não fosse importante, seu cargo não existiria, pois todos saberiam o que fazer e o fariam sempre a contento.
Procure entender os motivos pelos quais as pessoas estão errando e ao invés de julgá-las como incompetentes, procure ajudá-las agindo estrategicamente na causa raiz das dificuldades, apoiando assim o desenvolvimento profissional de cada um.
Prevenindo problemas, estabeleça pequenos contratos verbais bem claros com seus colaboradores, ao passar cada tarefa. Estabeleça os prazos de entrega após certificar-se de que tudo está perfeitamente entendido. Observe bem se a pessoa assumiu a responsabilidade da tarefa com segurança e que possui todos os recursos para isso. Lembre-se também de ouvir o que ela tem a dizer, não deixando os detalhes para trás. Caso seu colaborador necessite de apoio de outras pessoas ou departamentos, esteja certo de que todos os envolvidos estejam comprometidos com a mesma tarefa. Deixar que ele sozinho administre outras pessoas, seus colegas dentro da organização, pode comprometer o resultado final.
Depois deste contrato inicial tão vital para o sucesso, não deixe de monitorar as fases intermediárias, se possível analisando indicadores do processo. Talvez seja preciso intervir, conduzindo o aprendizado do seu funcionário com perguntas inteligentemente construídas, enquanto ele age. Desta forma, das próximas vezes ele saberá fazer tudo bem melhor e sozinho.
A justificativa que mais escuto sobre agir desta forma é o acúmulo de trabalho e a falta de tempo. Será que você já estava pensando assim?
No caos do dia-a-dia já estabelecido pelos comportamentos condicionados, estamos tranquilamente salivando ao ouvir a campainha, como os ratinhos do Pavlov. Alguém tem que quebrar este condicionamento e o líder deve se conscientizar de que é ele quem toca a campainha.
Procure planejar suas atividades semanais com tempo para fazer os contratos e acompanhar cada pessoa da sua equipe gradativamente, começando com os processos e pessoas que causam mais problemas. Se a sua intervenção for bem planejada e conduzida com calma, em pouco tempo estes problemas não irão mais ocorrer e sobrará um pouco mais de tempo para planejar e atuar em outros processos e com outras pessoas.
Planejamento, critérios claros, diálogos francos, desenvolvimento e acompanhamento de seus colaboradores o farão sentir-se mais justo, até quando for demitir alguém. Uma maneira tática e estratégica de exercer uma liderança eficaz.
Ser espiritualizado ao liderar pessoas exige o exercício constante do equilíbrio, fugindo dos extremos da dualidade como, por exemplo, as oscilações entre o autoritarismo e o paternalismo, popularmente conhecido como a liderança do “morde e assopra”. Embora a imagem de bonzinho possa erroneamente ser confundida com o termo espiritualizado, este está muito longe da idéia de extrema proteção e cuidados exagerados, como age um pai protetor.
Quando tratamos com pessoas adultas, sabemos da responsabilidade de cada um frente às suas escolhas. Resta saber se as escolhas, dentro de uma organização ou equipe de trabalho, estão claras e evidentes para todos.
Há dias que acordamos tranqüilos ou felizes com os resultados que atingimos e tratamos nossos colaboradores com muita atenção, ouvindo e orientando cada um em suas tarefas e dificuldades. Em outros momentos de maior aflição, achamos todos pouco comprometidos e incapazes de trabalhar como nós mesmos. Endurecemos na nossa comunicação, soltando nossa fúria para aliviar nosso vulcão interno e futuras demissões parecem ser inevitáveis.
Este vulcão em erupção mostra uma criatura grosseira, comunicando-se com dificuldade, exigindo que todos façam o que ela quer e da forma que considera a melhor, sem tempo para muitas explicações. Sua fala é firme, indicando as tarefas obrigatórias e os resultados exigidos. Também virão críticas, muitas em público humilhando as pessoas, cobranças duras, ameaças declaradas ou camufladas, causando terror e angústia nas pessoas. O foco estará nos erros e logicamente dos culpados.
Quanto mais nervosos e pressionados pela alta direção, mais as lideranças tendem a endurecer e deixar de perceber os impactos negativos que estão causando nas pessoas, agravando cada vez mais os fatores estressantes para a equipe e para eles próprios. Com este ambiente tenso, os erros irão aumentar e o vulcão nunca poderá ficar inativo por muito tempo.
Encontro centenas de chefes com predominância deste temperamento em todos os níveis hierárquicos, principalmente nos momentos de maiores pressões pelos resultados, cada vez mais freqüentes. Alguns são conscientes da sua forma agressiva, mas consideram seus comportamentos adequados para a empresa e para as suas equipes. Chegam até a se divertir com o medo que causam nas pessoas, confundindo medo com respeito, poder com autoridade, além de considerar que os resultados justificam seus métodos.
Facilmente encontramos nas equipes destes “chefes” desumanos a maior utilização do ambulatório médico da empresa, além das dispensas médicas e faltas justificadas. São freqüentes as enxaquecas, gastrites, úlceras, dores musculares, entorses, depressão, resultados da somatização de pessoas angustiadas, vivendo em constante pressão e precisando do emprego.
Uma chefia agressiva ou com problemas de comunicação eficaz, também sofre com a sua saúde física, pois mesmo obtendo bons resultados, estes não são sustentáveis. Muitas conseqüências demandarão ainda mais trabalho, como ter que administrar conflitos, ausências, demissões e novas contratações. Um ciclo danoso que sempre tem que ser alimentado, mesmo que inconscientemente, para continuar a existir.
Existem pessoas que após suas explosões são atormentados pela própria consciência e procuram retomar os relacionamentos saudáveis com a equipe, como se nada houvesse acontecido. Chamam para almoçar, falam de assuntos diferentes como futebol (um dos preferidos), perguntam sobre os filhos, como querendo mostrar que tudo já passou e que são humanas. Pena que não percebam que esta atitude e suas intenções estão evidentes e que suas explosões nunca serão esquecidas.
A instabilidade emocional da chefia também refletirá na instabilidade da equipe. Poderemos encontrar em decorrência disso a falta de comprometimento com a empresa, de espírito de equipe, de criatividade, de inovação, além da dificuldade de se descobrir precocemente os erros.
Com este cenário emocional, imaginem:
- Quem irá mostrar os erros nos processos, temendo ser considerado o culpado ou provocar novamente o vulcão? Mais fácil escondê-los e deixar estourar nas mãos de outra pessoa.
- Quem terá a coragem de se expor e propor inovações? Melhor oferecer o seu trabalho trivial, não chamar a atenção e garantir seu emprego e salário.
Podemos observar que as conseqüências comportamentais podem ser exatamente os aspectos que ninguém deseja ver nas equipes de trabalho.
Como fazer para mudar isso? Com muita autoconsciência, paciência e respeito, tratando os outros da forma como gostaria de ser tratado, considerando que eles podem não saber TUDO aquilo que você já conhece muito bem. Você é um líder para mobilizar as pessoas para atingirem os objetivos da organização. Se isso não fosse importante, seu cargo não existiria, pois todos saberiam o que fazer e o fariam sempre a contento.
Procure entender os motivos pelos quais as pessoas estão errando e ao invés de julgá-las como incompetentes, procure ajudá-las agindo estrategicamente na causa raiz das dificuldades, apoiando assim o desenvolvimento profissional de cada um.
Prevenindo problemas, estabeleça pequenos contratos verbais bem claros com seus colaboradores, ao passar cada tarefa. Estabeleça os prazos de entrega após certificar-se de que tudo está perfeitamente entendido. Observe bem se a pessoa assumiu a responsabilidade da tarefa com segurança e que possui todos os recursos para isso. Lembre-se também de ouvir o que ela tem a dizer, não deixando os detalhes para trás. Caso seu colaborador necessite de apoio de outras pessoas ou departamentos, esteja certo de que todos os envolvidos estejam comprometidos com a mesma tarefa. Deixar que ele sozinho administre outras pessoas, seus colegas dentro da organização, pode comprometer o resultado final.
Depois deste contrato inicial tão vital para o sucesso, não deixe de monitorar as fases intermediárias, se possível analisando indicadores do processo. Talvez seja preciso intervir, conduzindo o aprendizado do seu funcionário com perguntas inteligentemente construídas, enquanto ele age. Desta forma, das próximas vezes ele saberá fazer tudo bem melhor e sozinho.
A justificativa que mais escuto sobre agir desta forma é o acúmulo de trabalho e a falta de tempo. Será que você já estava pensando assim?
No caos do dia-a-dia já estabelecido pelos comportamentos condicionados, estamos tranquilamente salivando ao ouvir a campainha, como os ratinhos do Pavlov. Alguém tem que quebrar este condicionamento e o líder deve se conscientizar de que é ele quem toca a campainha.
Procure planejar suas atividades semanais com tempo para fazer os contratos e acompanhar cada pessoa da sua equipe gradativamente, começando com os processos e pessoas que causam mais problemas. Se a sua intervenção for bem planejada e conduzida com calma, em pouco tempo estes problemas não irão mais ocorrer e sobrará um pouco mais de tempo para planejar e atuar em outros processos e com outras pessoas.
Planejamento, critérios claros, diálogos francos, desenvolvimento e acompanhamento de seus colaboradores o farão sentir-se mais justo, até quando for demitir alguém. Uma maneira tática e estratégica de exercer uma liderança eficaz.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
Contato (34)9.9990-1148
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Meditação - OSHO
"Muitas pessoas parecem estar interessadas em meditação mas esse interesse não pode ser muito profundo porque tão poucas são transformadas através dela".
Se o interesse for realmente profundo, ela se torna um fogo por si mesmo. Ela o transforma. Apenas através do intenso interesse, você começa a se tornar diferente. Um novo centro de ser aflora. Tantas pessoas parecem estar interessadas mas nada de novo surge nelas, não nasce nenhum centro, nenhuma cristalização é obtida. Elas permanecem as mesmas.
Isso significa que elas estão se enganando. O engano é muito sutil mas obrigatoriamente está aí. Se você continua tomando remédio, fazendo tratamento e a doença permanece a mesma - e bem ao contrário, continua aumentando - então, o seu remédio, o seu tratamento tem de ser falso. Talvez lá no fundo você não queira ser transformado. Esse medo é muito real - o medo da transformação. Então, na superfície, você continua achando que está profundamente interessado mas, no fundo, continua se enganando.
O medo da transformação é exatamente como o medo da morte. É uma morte porque o velho terá que ir embora e o novo terá de vir. Você não estará mais aí, alguma coisa totalmente desconhecida de você nascerá a partir de você. A menos que esteja pronto para morrer, o seu interesse na meditação é falso porque somente aqueles que estão prontos para morrer irão renascer. O novo não pode ser uma continuidade com o velho. O velho tem de ser descontinuado. O velho tem de ir embora. Somente então o novo pode vir a ser. O novo não é um crescimento a partir do velho, o novo não é contínuo com ele - o novo é totalmente novo. E ele vem apenas quando o velho morre. Existe uma brecha entre o velho e o novo - esta brecha lhe dá medo. Você está com medo. Você quer ser transformado mas, ao mesmo tempo, quer permanecer o velho. Esse é o engano. Você quer crescer mas você quer permanecer sendo você. Assim o crescimento é impossível; assim você pode apenas se enganar; assim você pode continuar pensando e sonhando que alguma coisa está acontecendo mas nada vai acontecer porque o ponto básico se perdeu.
Então existem muitas pessoas em todo o mundo que estão muito interessadas em meditação, moksha, nirvana, e nada está acontecendo. Existe tanto barulho sobre isso mas nada real está acontecendo. Qual é o problema?
Às vezes a mente é tão esperta que, porque você não quer ser transformado, a mente cria um interesse superficial para que você possa dizer para si mesmo, "Você está interessado, você está fazendo tudo que pode ser feito." E você permanece o mesmo. E se nada acontece, você acha que a técnica que está usando é errada, o guru que está seguindo está errado, a escritura, o princípio, o método, está errado. Você nunca acha que, mesmo com o método errado, a transformação é possível se existir interesse real; mesmo com um método errado, você será transformado. Se estiver realmente interessado em transformação, você se tornará diferente mesmo se estiver seguindo um guru errado. Se a sua alma e o seu coração estiverem no seu esforço, ninguém pode desorientá-lo exceto você mesmo. E nada é uma barreira para o seu progresso exceto os seus próprios enganos.
Quando digo que mesmo um mestre errado, um método errado, um princípio errado, podem levá-lo ao real, quero dizer que a transformação de verdade acontece quando você está intensamente envolvido nela, não através de qualquer método. O método é apenas um artifício, o método é apenas uma ajuda, o método é secundário - o seu ser envolvido nele é a coisa fundamental. Mas você continua a fazer alguma coisa - sem mesmo fazer, você continua a falar sobre fazer. E as palavras criam uma ilusão: porque você pensa tanto a respeito disso, lê tanto sobre isso, escuta tanto sobre isso que começa a sentir que está fazendo algo. As assim chamadas pessoas religiosas desenvolveram tantos artifícios enganosos.
Ouvi falar que um motorista, dirigindo por uma estrada, viu o prédio de uma escola em chamas. O professor desta pequena escola naquela cidadezinha era Mulla Nasrudin. Ele estava sentado embaixo de uma árvore. O motorista o chamou, "O que você está fazendo aí? A escola está pegando fogo!" Mulla Nasrudin disse, "Eu sei disso." O motorista ficou muito agitado. Ele disse, "Então por que você não está fazendo nada?" Mulla Nasrudin disse, "Desde que começou tenho rezado para chover. Estou fazendo algo."
A oração é um truque para evitar a meditação e a assim chamada mente religiosa desenvolveu muitos tipos de oração. A oração também pode se tornar meditação - quando não é apenas uma oração, quando é um profundo esforço, um profundo envolvimento. A oração também pode se tornar meditação, mas a oração comum é apenas uma fuga. Para evitar a meditação, as pessoas continuam orando. Elas oram para evitar fazer qualquer coisa. Oração significa que Deus deve fazer alguma coisa. Alguém mais tem de fazer. Oração significa que somos passivos - algo deve ser feito para nós. Meditação não é oração nesse sentido: meditação é algo que você faz para si mesmo. E quando você é transformado, todo o universo se comporta de maneira diferente para você porque o universo não é nada mais do que uma resposta para você, seja lá o que você for. Se você estiver silencioso, todo o universo responde ao seu silêncio de milhares e milhares de maneiras. Ele o reflete. O seu silêncio é multiplicado infinitamente. Se você estiver esfuziante, todo o universo reflete a sua felicidade. Se estiver em miséria, o mesmo acontece. A matemática é a mesma, a lei permanece a mesma: o universo continua multiplicando a sua miséria. A oração não vai funcionar. Somente a meditação pode ajudar porque a meditação é algo a ser feito autenticamente por você, é um fazer da sua parte.
Então a primeira coisa que eu gostaria de lhe dizer é para você estar constantemente alerta de que não está se iludindo. Você pode estar fazendo algo e ainda assim se iludindo.
Ouvi dizer que, certa vez, Mulla Nasrudin veio correndo a uma agência de correio, pegou o carteiro pela lapela, chacoalhou-o e disse: "Estou doido. Minha esposa desapareceu!" O carteiro sentiu muito e disse, "É mesmo? Ela desapareceu!? Infelizmente isso aqui é um departamento dos correios - você tem de ir à polícia para informar o desaparecimento dela." Mulla Nasrudin sacudiu a cabeça negativamente e disse, "Não vou cair nessa de novo. Antes, a minha esposa também desapareceu e quando informei à polícia, eles a encontraram. Não vou cair nessa novamente. Se você puder fazer o relatório, faça-o, do contrário, estou indo embora."
Ele quer dar a informação para se sentir bem, para sentir que fez o que poderia ter sido feito. Mas ele não quer informar a polícia porque tem medo.
Você continua a fazer coisas apenas para se sentir bem, apenas para sentir que está fazendo algo. Mas na verdade, você não está pronto para ser transformado. Assim, tudo o que você faz apenas se passa como atividade inútil - não apenas inútil, danosa também, porque é uma perda de tempo, energia e oportunidade. Estas técnicas de meditação são apenas para aqueles que estão prontos para fazer. Você pode ponderar a respeito delas filosoficamente - isso não quer dizer nada. Mas se você estiver realmente pronto para fazer, então alguma coisa começará a acontecer a você. Elas são métodos vivos, não doutrinas mortas. O seu intelecto não é necessário; a totalidade do seu ser é necessária. Se você estiver pronto para dar uma chance, qualquer método funcionará. Você se tornará um novo homem.
Os métodos são artifícios, repito de novo. Se você estiver pronto, então qualquer método pode funcionar. Eles são apenas truques para ajudá-lo a dar o salto, eles são apenas trampolins. Você pode pular no oceano a partir de qualquer trampolim. Os trampolins são insignificantes: que cores eles têm, de que madeira são feitos, isso é insignificante. Eles são apenas trampolins e você pode pular a partir deles. Todos estes métodos são trampolins. Seja qual for o método de sua preferência, não fique pensando sobre ele, faça-o!
As dificuldades surgirão quando começar a fazer alguma coisa - se você não fizer nada, não haverá dificuldade. Pensar é muito fácil de fazer porque você não está viajando de verdade, mas quando começa a fazer algo, as dificuldades surgem. Assim, se você vir que as dificuldades estão surgindo, pode sentir que está na trilha certa - algo está acontecendo a você. Então, antigas barreiras irão se quebrar, hábitos antigos se vão, haverá mudança, haverá perturbação e caos. Toda a criatividade vem a partir do caos. Você será criado novamente somente se tudo o que você for se tornar caótico. Então, estes métodos o destruirão primeiro, somente então um novo ser será criado. Se existirem dificuldades, sinta-se afortunado - isso mostra crescimento. Nenhum crescimento é macio... e o crescimento espiritual não pode ser macio, essa não é a sua natureza. Porque crescimento espiritual quer dizer crescer para cima, crescimento espiritual quer dizer alcançar o desconhecido, alcançar o não mapeado. Dificuldades existirão. Mas lembre-se de que com cada dificuldade passada, você é cristalizado. Você se torna mais sólido. Você se torna mais real. Pela primeira vez, sentirá alguma coisa centrando em você, alguma coisa se tornando sólida.
Como você é agora, você é apenas um fenômeno líquido, mudando a cada momento, nada estável. Realmente você não pode proclamar nenhum "eu" - você não tem um. Você é muitos "eus" apenas num fluxo, um fluxo como o de um rio. Você é uma multidão, não um indivíduo ainda. Mas a meditação pode torná-lo um indivíduo. Essa palavra, "indivíduo," é bela: ela significa indivisível. Agora como você é, você é dividido. Você é apenas muitos fragmentos reunidos de alguma forma, sem nenhum centro presente aí, sem qualquer mestre na casa, somente os serventes. E, por um momento, qualquer servente pode se tornar o mestre.
Você é diferente a cada momento porque você não é - e, a menos que você seja, o divino não pode acontecer a você. A quem ele vai acontecer? Você não está aí. As pessoas vêm a mim e dizem: "Gostaríamos de ver Deus." Eu pergunto a elas, "Quem vai ver? Você não está aí. Deus está sempre aí mas você não está aí para ver. É apenas um pensamento fugidio de que você quer ver Deus." No momento seguinte, elas não estão interessadas; no momento seguinte, elas se esqueceram de tudo sobre isso. Um esforço intenso e persistente e um anseio são necessários. Então qualquer método vai funcionar.
OSHO, Vygian Bhairav Tantra"
Se o interesse for realmente profundo, ela se torna um fogo por si mesmo. Ela o transforma. Apenas através do intenso interesse, você começa a se tornar diferente. Um novo centro de ser aflora. Tantas pessoas parecem estar interessadas mas nada de novo surge nelas, não nasce nenhum centro, nenhuma cristalização é obtida. Elas permanecem as mesmas.
Isso significa que elas estão se enganando. O engano é muito sutil mas obrigatoriamente está aí. Se você continua tomando remédio, fazendo tratamento e a doença permanece a mesma - e bem ao contrário, continua aumentando - então, o seu remédio, o seu tratamento tem de ser falso. Talvez lá no fundo você não queira ser transformado. Esse medo é muito real - o medo da transformação. Então, na superfície, você continua achando que está profundamente interessado mas, no fundo, continua se enganando.
O medo da transformação é exatamente como o medo da morte. É uma morte porque o velho terá que ir embora e o novo terá de vir. Você não estará mais aí, alguma coisa totalmente desconhecida de você nascerá a partir de você. A menos que esteja pronto para morrer, o seu interesse na meditação é falso porque somente aqueles que estão prontos para morrer irão renascer. O novo não pode ser uma continuidade com o velho. O velho tem de ser descontinuado. O velho tem de ir embora. Somente então o novo pode vir a ser. O novo não é um crescimento a partir do velho, o novo não é contínuo com ele - o novo é totalmente novo. E ele vem apenas quando o velho morre. Existe uma brecha entre o velho e o novo - esta brecha lhe dá medo. Você está com medo. Você quer ser transformado mas, ao mesmo tempo, quer permanecer o velho. Esse é o engano. Você quer crescer mas você quer permanecer sendo você. Assim o crescimento é impossível; assim você pode apenas se enganar; assim você pode continuar pensando e sonhando que alguma coisa está acontecendo mas nada vai acontecer porque o ponto básico se perdeu.
Então existem muitas pessoas em todo o mundo que estão muito interessadas em meditação, moksha, nirvana, e nada está acontecendo. Existe tanto barulho sobre isso mas nada real está acontecendo. Qual é o problema?
Às vezes a mente é tão esperta que, porque você não quer ser transformado, a mente cria um interesse superficial para que você possa dizer para si mesmo, "Você está interessado, você está fazendo tudo que pode ser feito." E você permanece o mesmo. E se nada acontece, você acha que a técnica que está usando é errada, o guru que está seguindo está errado, a escritura, o princípio, o método, está errado. Você nunca acha que, mesmo com o método errado, a transformação é possível se existir interesse real; mesmo com um método errado, você será transformado. Se estiver realmente interessado em transformação, você se tornará diferente mesmo se estiver seguindo um guru errado. Se a sua alma e o seu coração estiverem no seu esforço, ninguém pode desorientá-lo exceto você mesmo. E nada é uma barreira para o seu progresso exceto os seus próprios enganos.
Quando digo que mesmo um mestre errado, um método errado, um princípio errado, podem levá-lo ao real, quero dizer que a transformação de verdade acontece quando você está intensamente envolvido nela, não através de qualquer método. O método é apenas um artifício, o método é apenas uma ajuda, o método é secundário - o seu ser envolvido nele é a coisa fundamental. Mas você continua a fazer alguma coisa - sem mesmo fazer, você continua a falar sobre fazer. E as palavras criam uma ilusão: porque você pensa tanto a respeito disso, lê tanto sobre isso, escuta tanto sobre isso que começa a sentir que está fazendo algo. As assim chamadas pessoas religiosas desenvolveram tantos artifícios enganosos.
Ouvi falar que um motorista, dirigindo por uma estrada, viu o prédio de uma escola em chamas. O professor desta pequena escola naquela cidadezinha era Mulla Nasrudin. Ele estava sentado embaixo de uma árvore. O motorista o chamou, "O que você está fazendo aí? A escola está pegando fogo!" Mulla Nasrudin disse, "Eu sei disso." O motorista ficou muito agitado. Ele disse, "Então por que você não está fazendo nada?" Mulla Nasrudin disse, "Desde que começou tenho rezado para chover. Estou fazendo algo."
A oração é um truque para evitar a meditação e a assim chamada mente religiosa desenvolveu muitos tipos de oração. A oração também pode se tornar meditação - quando não é apenas uma oração, quando é um profundo esforço, um profundo envolvimento. A oração também pode se tornar meditação, mas a oração comum é apenas uma fuga. Para evitar a meditação, as pessoas continuam orando. Elas oram para evitar fazer qualquer coisa. Oração significa que Deus deve fazer alguma coisa. Alguém mais tem de fazer. Oração significa que somos passivos - algo deve ser feito para nós. Meditação não é oração nesse sentido: meditação é algo que você faz para si mesmo. E quando você é transformado, todo o universo se comporta de maneira diferente para você porque o universo não é nada mais do que uma resposta para você, seja lá o que você for. Se você estiver silencioso, todo o universo responde ao seu silêncio de milhares e milhares de maneiras. Ele o reflete. O seu silêncio é multiplicado infinitamente. Se você estiver esfuziante, todo o universo reflete a sua felicidade. Se estiver em miséria, o mesmo acontece. A matemática é a mesma, a lei permanece a mesma: o universo continua multiplicando a sua miséria. A oração não vai funcionar. Somente a meditação pode ajudar porque a meditação é algo a ser feito autenticamente por você, é um fazer da sua parte.
Então a primeira coisa que eu gostaria de lhe dizer é para você estar constantemente alerta de que não está se iludindo. Você pode estar fazendo algo e ainda assim se iludindo.
Ouvi dizer que, certa vez, Mulla Nasrudin veio correndo a uma agência de correio, pegou o carteiro pela lapela, chacoalhou-o e disse: "Estou doido. Minha esposa desapareceu!" O carteiro sentiu muito e disse, "É mesmo? Ela desapareceu!? Infelizmente isso aqui é um departamento dos correios - você tem de ir à polícia para informar o desaparecimento dela." Mulla Nasrudin sacudiu a cabeça negativamente e disse, "Não vou cair nessa de novo. Antes, a minha esposa também desapareceu e quando informei à polícia, eles a encontraram. Não vou cair nessa novamente. Se você puder fazer o relatório, faça-o, do contrário, estou indo embora."
Ele quer dar a informação para se sentir bem, para sentir que fez o que poderia ter sido feito. Mas ele não quer informar a polícia porque tem medo.
Você continua a fazer coisas apenas para se sentir bem, apenas para sentir que está fazendo algo. Mas na verdade, você não está pronto para ser transformado. Assim, tudo o que você faz apenas se passa como atividade inútil - não apenas inútil, danosa também, porque é uma perda de tempo, energia e oportunidade. Estas técnicas de meditação são apenas para aqueles que estão prontos para fazer. Você pode ponderar a respeito delas filosoficamente - isso não quer dizer nada. Mas se você estiver realmente pronto para fazer, então alguma coisa começará a acontecer a você. Elas são métodos vivos, não doutrinas mortas. O seu intelecto não é necessário; a totalidade do seu ser é necessária. Se você estiver pronto para dar uma chance, qualquer método funcionará. Você se tornará um novo homem.
Os métodos são artifícios, repito de novo. Se você estiver pronto, então qualquer método pode funcionar. Eles são apenas truques para ajudá-lo a dar o salto, eles são apenas trampolins. Você pode pular no oceano a partir de qualquer trampolim. Os trampolins são insignificantes: que cores eles têm, de que madeira são feitos, isso é insignificante. Eles são apenas trampolins e você pode pular a partir deles. Todos estes métodos são trampolins. Seja qual for o método de sua preferência, não fique pensando sobre ele, faça-o!
As dificuldades surgirão quando começar a fazer alguma coisa - se você não fizer nada, não haverá dificuldade. Pensar é muito fácil de fazer porque você não está viajando de verdade, mas quando começa a fazer algo, as dificuldades surgem. Assim, se você vir que as dificuldades estão surgindo, pode sentir que está na trilha certa - algo está acontecendo a você. Então, antigas barreiras irão se quebrar, hábitos antigos se vão, haverá mudança, haverá perturbação e caos. Toda a criatividade vem a partir do caos. Você será criado novamente somente se tudo o que você for se tornar caótico. Então, estes métodos o destruirão primeiro, somente então um novo ser será criado. Se existirem dificuldades, sinta-se afortunado - isso mostra crescimento. Nenhum crescimento é macio... e o crescimento espiritual não pode ser macio, essa não é a sua natureza. Porque crescimento espiritual quer dizer crescer para cima, crescimento espiritual quer dizer alcançar o desconhecido, alcançar o não mapeado. Dificuldades existirão. Mas lembre-se de que com cada dificuldade passada, você é cristalizado. Você se torna mais sólido. Você se torna mais real. Pela primeira vez, sentirá alguma coisa centrando em você, alguma coisa se tornando sólida.
Como você é agora, você é apenas um fenômeno líquido, mudando a cada momento, nada estável. Realmente você não pode proclamar nenhum "eu" - você não tem um. Você é muitos "eus" apenas num fluxo, um fluxo como o de um rio. Você é uma multidão, não um indivíduo ainda. Mas a meditação pode torná-lo um indivíduo. Essa palavra, "indivíduo," é bela: ela significa indivisível. Agora como você é, você é dividido. Você é apenas muitos fragmentos reunidos de alguma forma, sem nenhum centro presente aí, sem qualquer mestre na casa, somente os serventes. E, por um momento, qualquer servente pode se tornar o mestre.
Você é diferente a cada momento porque você não é - e, a menos que você seja, o divino não pode acontecer a você. A quem ele vai acontecer? Você não está aí. As pessoas vêm a mim e dizem: "Gostaríamos de ver Deus." Eu pergunto a elas, "Quem vai ver? Você não está aí. Deus está sempre aí mas você não está aí para ver. É apenas um pensamento fugidio de que você quer ver Deus." No momento seguinte, elas não estão interessadas; no momento seguinte, elas se esqueceram de tudo sobre isso. Um esforço intenso e persistente e um anseio são necessários. Então qualquer método vai funcionar.
OSHO, Vygian Bhairav Tantra"
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008
“O caminho é uma constante não-ação que nada deixa por realizar"
Capítulo 37 – Tao Te Ching
Wu Jyh Cherng Sacerdote Taoísta Presidente da Sociedade Taoísta do Brasil
Este verso do Capítulo 37, do Tao Te Ching, traz um dos conceitos fundamentais do Taoísmo: o conceito de Wu Wei não-ação. Este conceito pode ser confundido com não fazer nada, não agir. O que o Taoísmo chama de não-ação é, na verdade, uma ação sem intenção, uma ação não intencional. É uma ação que não pressupõem intenção, mas, nem por isso, não representa o não agir. Ou seja, não-ação significa realizar as coisas com naturalidade, sem engenhosidade, sem excesso de predeterminação, sem especulação.
É não deixar de fazer as coisas porque se está premeditando ou intencionalmente evitando fazê-las. Não-ação é fazer as coisas com o coração transparente e quieto. Assim, sem preconceitos, naturalmente tudo será feito. No caminho de nossa vida, é natural comer no momento de comer, dormir no momento de dormir, trabalhar no momento de trabalhar, descansar no momento de descansar essa é a ação da não-ação.
Ação é fazer. Não-ação é não ter a intenção de fazer. É fazer sem intenção de fazer e não deixar de fazer. Isso também é chamado o Caminho da Naturalidade. O Caminho da Naturalidade não deve ser confundido com a não-ação, com a renuncia da ação. A não-ação não é desmazelo nem preguiça ou irresponsabilidade.
Devemos trabalhar com o silêncio interior. Assim, é importante a prática da meditação cotidiana: todos os dias devemos nos colocar numa posição de quietude absoluta, entrar no silêncio. Como nossa mente é muito ativa e nossas emoções muito barulhentas, existem técnicas para entrar no silêncio e anular o excesso de atividades. O propósito de entrar no silêncio é recuperar a quietude interior. Essa quietude interior é a não-ação que permite que as coisas aconteçam naturalmente, no momento adequado.
Na verdade, só podemos saber realmente o que deve ser feito se não ficarmos a todo momento pensando no que deve ser feito. É através do não pensar que alcançamos a consciência do que deve ser feito. Isso é não-ação, que permite o surgimento da ação natural.
Através da quietude, atinge-se a consciência.
Qual é a diferença entre mente e consciência? A consciência é uma mente sem pensamentos. E a mente é uma consciência com pensamentos. Quando a consciência não pára de pensar, atuando como pensamento, ela se torna mente. E a mente é aquele elemento que nos confunde em nossa vida cotidiana. Sempre existe uma palavra para contradizer outra palavra. O eu se desdobra em infinitos “eus” , como se fossem espelhos infinitos, criando infindáveis diálogos interiores.
A pessoa calma é aquela com menos diálogos interiores, com menos “eus” falando. A super atividade dos eus traz a insônia, a agitação extrema, a ansiedade.
Na meditação, a mente fica subordinada à consciência. A consciência, tendo poder sobre a mente, pode utilizá-la como um veículo de expressão e desobrigá-la, após o seu uso. Assim, a meditação é um treinamento diário que nos permite recuperar o silêncio interior.
O silêncio interior é o que Lao Zi chama de não-ação. O Tao é uma constante não-ação. A natureza essencial do Tao é o silêncio constante, uma quietude constante, um Vazio constante que permite a realização de todas expressões dentro dele. Assim como um grande espaço que permite todas as coisas existirem; como um grande silêncio que permite todas as palavras, todas as vozes, todas as expressões ocorrerem simultaneamente.
Por isso, Lao Zi diz: “O Caminho é uma constante não-ação que nada deixa por realizar”.
Se assim é o Tao, e nós podemos alcançá-lo se podemos encontrar esse Caminho do Vazio, do silêncio -, então, não há nada que não possamos fazer, ou seja, tudo podemos realizar, fazer.
Por isso, um grande mestre espiritual, quando alcança a sua realização no Tao, passa a ser polivalente. Se quiser, pode fazer poesia, pintura, tocar piano, escrever, o que quiser. Por quê? Porque quem tem o Vazio tem fluindo dentro de si todos os recursos do mundo e pode usá-los simplesmente como ferramentas.
A natureza primordial do Grande Caminho é a não-ação, é o próprio Vazio. Esse Vazio é a eternidade, o Absoluto. E dentro do Absoluto cabem todas as expressões e todas as manifestações.
Assim, quando uma pessoa consegue encontrar essa ausência da forma, na própria ausência da forma, todas as formas são permitidas de serem realizadas.
E como poderia o homem construir um mundo melhor? Através da não-ação.
Quanto menos o homem pensa, quanto menos engenhosidade ele tem, quanto menos egoísta o homem é, quanto menos convulsões emocionais e mentais ele sofre, quanto maior a quietude do homem, melhor o mundo se torna. Na verdade, assim o homem nada faz e o mundo fica perfeito.Quanto menos coisas erradas o homem faz, maior sua contribuição para o equilíbrio e a harmonia do planeta.
O tempo é infinito, não existe princípio nem fim. O que existe é a transformação natural das coisas. E essa transformação depende do homem, de seu coração em equilíbrio e harmonia. A transformação, assim, pode ser suave, sem rupturas e o homem fluirá naturalmente com a transformação em direção ao Tao.
Wu Jyh Cherng Sacerdote Taoísta Presidente da Sociedade Taoísta do Brasil
Este verso do Capítulo 37, do Tao Te Ching, traz um dos conceitos fundamentais do Taoísmo: o conceito de Wu Wei não-ação. Este conceito pode ser confundido com não fazer nada, não agir. O que o Taoísmo chama de não-ação é, na verdade, uma ação sem intenção, uma ação não intencional. É uma ação que não pressupõem intenção, mas, nem por isso, não representa o não agir. Ou seja, não-ação significa realizar as coisas com naturalidade, sem engenhosidade, sem excesso de predeterminação, sem especulação.
É não deixar de fazer as coisas porque se está premeditando ou intencionalmente evitando fazê-las. Não-ação é fazer as coisas com o coração transparente e quieto. Assim, sem preconceitos, naturalmente tudo será feito. No caminho de nossa vida, é natural comer no momento de comer, dormir no momento de dormir, trabalhar no momento de trabalhar, descansar no momento de descansar essa é a ação da não-ação.
Ação é fazer. Não-ação é não ter a intenção de fazer. É fazer sem intenção de fazer e não deixar de fazer. Isso também é chamado o Caminho da Naturalidade. O Caminho da Naturalidade não deve ser confundido com a não-ação, com a renuncia da ação. A não-ação não é desmazelo nem preguiça ou irresponsabilidade.
Devemos trabalhar com o silêncio interior. Assim, é importante a prática da meditação cotidiana: todos os dias devemos nos colocar numa posição de quietude absoluta, entrar no silêncio. Como nossa mente é muito ativa e nossas emoções muito barulhentas, existem técnicas para entrar no silêncio e anular o excesso de atividades. O propósito de entrar no silêncio é recuperar a quietude interior. Essa quietude interior é a não-ação que permite que as coisas aconteçam naturalmente, no momento adequado.
Na verdade, só podemos saber realmente o que deve ser feito se não ficarmos a todo momento pensando no que deve ser feito. É através do não pensar que alcançamos a consciência do que deve ser feito. Isso é não-ação, que permite o surgimento da ação natural.
Através da quietude, atinge-se a consciência.
Qual é a diferença entre mente e consciência? A consciência é uma mente sem pensamentos. E a mente é uma consciência com pensamentos. Quando a consciência não pára de pensar, atuando como pensamento, ela se torna mente. E a mente é aquele elemento que nos confunde em nossa vida cotidiana. Sempre existe uma palavra para contradizer outra palavra. O eu se desdobra em infinitos “eus” , como se fossem espelhos infinitos, criando infindáveis diálogos interiores.
A pessoa calma é aquela com menos diálogos interiores, com menos “eus” falando. A super atividade dos eus traz a insônia, a agitação extrema, a ansiedade.
Na meditação, a mente fica subordinada à consciência. A consciência, tendo poder sobre a mente, pode utilizá-la como um veículo de expressão e desobrigá-la, após o seu uso. Assim, a meditação é um treinamento diário que nos permite recuperar o silêncio interior.
O silêncio interior é o que Lao Zi chama de não-ação. O Tao é uma constante não-ação. A natureza essencial do Tao é o silêncio constante, uma quietude constante, um Vazio constante que permite a realização de todas expressões dentro dele. Assim como um grande espaço que permite todas as coisas existirem; como um grande silêncio que permite todas as palavras, todas as vozes, todas as expressões ocorrerem simultaneamente.
Por isso, Lao Zi diz: “O Caminho é uma constante não-ação que nada deixa por realizar”.
Se assim é o Tao, e nós podemos alcançá-lo se podemos encontrar esse Caminho do Vazio, do silêncio -, então, não há nada que não possamos fazer, ou seja, tudo podemos realizar, fazer.
Por isso, um grande mestre espiritual, quando alcança a sua realização no Tao, passa a ser polivalente. Se quiser, pode fazer poesia, pintura, tocar piano, escrever, o que quiser. Por quê? Porque quem tem o Vazio tem fluindo dentro de si todos os recursos do mundo e pode usá-los simplesmente como ferramentas.
A natureza primordial do Grande Caminho é a não-ação, é o próprio Vazio. Esse Vazio é a eternidade, o Absoluto. E dentro do Absoluto cabem todas as expressões e todas as manifestações.
Assim, quando uma pessoa consegue encontrar essa ausência da forma, na própria ausência da forma, todas as formas são permitidas de serem realizadas.
E como poderia o homem construir um mundo melhor? Através da não-ação.
Quanto menos o homem pensa, quanto menos engenhosidade ele tem, quanto menos egoísta o homem é, quanto menos convulsões emocionais e mentais ele sofre, quanto maior a quietude do homem, melhor o mundo se torna. Na verdade, assim o homem nada faz e o mundo fica perfeito.Quanto menos coisas erradas o homem faz, maior sua contribuição para o equilíbrio e a harmonia do planeta.
O tempo é infinito, não existe princípio nem fim. O que existe é a transformação natural das coisas. E essa transformação depende do homem, de seu coração em equilíbrio e harmonia. A transformação, assim, pode ser suave, sem rupturas e o homem fluirá naturalmente com a transformação em direção ao Tao.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
Contato (34)9.9990-1148
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
OS DOZE MANDAMENTOS CONTRA O STRESS
I - Os desejos são ilimitados, o seu tempo não.
Defina metas, prioridades da sua vida. Faça periodicamente uma
revisão de seus objetivos.
.
II - Você é responsável e senhor da própria qualidade de vida.
Defenda seus direitos. Aprenda a ser eficaz e a ter ritmo:
trabalho / lazer, alimentação / jejum, ação / repouso, inspiração /
expiração. A qualidade de vida é uma planta que necessita ser regada
sempre.
.
III - Você é um só.
Você só tem um coração. Portanto, faça uma coisa de cada vez. Tenha
atividades e relações relaxantes, que não tragam a necessidade
contínua de competir ou correr atrás o tempo todo.
.
IV - Cuide do seu corpo.
Escolha alimentos saudáveis, evitando agressões do tipo fumo, droga,
excesso de bebida e comida. Reduza a ingestão de café. Beba oito
copos de água, no mínimo, por dia. Mantenha seus intestinos bem
funcionantes.
Faça atividades físicas, no mínimo três vezes por semana,
compatíveis com seu temperamento e condições físicas. Mantenha seu
peso corporal em um nível satisfatório para você.
Ponha os pés descalços na terra por um mínimo de 20 minutos, em um
lugar de muito verde, uma vez por semana, para descarregar. Faça um
chek-up anualmente. Tenha um médico de confiança.
.
V - Cuide de sua mente.
Seja seletivo com o que lê e vê. Reduza o hábito de assistir
televisão. Exercite sua criatividade com música e artes em geral.
Faça coisas que nunca fez, indo a lugares que nunca foi. Quebre
rotinas e experimente o novo.
.
VI - Que a sua casa seja um lar.
Um lugar acolhedor que o receba ao final de um dia cansativo,
oferecendo-lhe conforto, calor à sua alma, repouso e amorosidade.
Que seja um ninho para refazer as suas forças. Cuidado: não gaste
todas as suas energias para ter uma casa e todos os bens de consumo
do mundo moderno. Pode não lhe sobrar nem um minuto para usufruí-
la.
Tornar uma casa um lar é um aprendizado contra o stress.
VII - Descubra quem é você.
Qual é seu temperamento, quais são suas crenças? Seja coerente com
elas. Defenda seu bem-estar. Cultive um respeito saudável por sua
individualidade e privacidade.
VIII - Não seja onipotente.
Aprenda com os outros, procure ajuda necessária com amigos, médicos,
terapeutas. Ouça e veja, para depois identificar quem são os aliados
necessários e aqueles que deve evitar.
Não avalie pessoas e situações com preconceito. Às vezes, a resposta
de uma situação difícil e estressante está numa atitude ou
pensamento inédito.
IX - Conheça e respeite o outro.
Ouça com atenção, buscando compreender o que o outro quer dizer. Ao
verbalizar, certifique-se de estar sendo claro e compreensivo com o
outro. O outro não é melhor nem pior que você. Ele é diferente, o
que torna necessário o esforço de entendimento de ambos os pontos de
vista.
Aceitar e usufruir as diferenças é sabedoria.
X - Amor, intimidade e sexualidade.
Relações compulsivas, superficiais, narcisistas são como fast-food:
costumam ser atraentes, mas não são nutritivas e podem custar muito
caro a médio prazo. Cuide para desenvolver intimidade com pessoas
com as quais sinta afinidade.
Cultive a espontaneidade, sinceridade, amizade, alegria e prazer nas
trocas afetivas. Deixe o sentimento fluir: 'O amor faz bem ao
coração'.
XI - Centre-se e equilibri-se.
Todos os dias encontre em tempo para esvaziar-se e estar consigo
mesmo (pelo menos um banho prolongado e tranqüilo). Use técnicas
auxiliares como meditação, respiração e massagens para relaxamento.
Não seja escravo nem de si mesmo. Tenha férias! Contra o stress, o
período mínimo de férias é de 21 dias consecutivos. Tenha férias
compatíveis com suas condições físicas, psíquicas e financeiras.
Lembre-se: programas com muitos estímulos são prazeirosos para quem
está vitalizado. Não leve em sua bagagem de férias seu chefe, sua
firma, companhias desgastantes, seu computador e outras malas sem
alça.
XII - Tenha fé.
Uma situação, qualquer que seja, nunca é apenas boa ou ruim. Haverá
sempre custos e benefícios. Quanto mais luz, mais sombra. Nunca se
esqueça de que tudo é temporário. é muito importante preservar-se
para a próxima etapa.
Você é único, o que te faz valioso. Confie em você mesmo e na ajuda
cósmica.
Jornal Estado de Minas
Acely Gonçalves
Paz Amor Luz!
Cuide do planeta e respeite o meio ambiente.
Defina metas, prioridades da sua vida. Faça periodicamente uma
revisão de seus objetivos.
.
II - Você é responsável e senhor da própria qualidade de vida.
Defenda seus direitos. Aprenda a ser eficaz e a ter ritmo:
trabalho / lazer, alimentação / jejum, ação / repouso, inspiração /
expiração. A qualidade de vida é uma planta que necessita ser regada
sempre.
.
III - Você é um só.
Você só tem um coração. Portanto, faça uma coisa de cada vez. Tenha
atividades e relações relaxantes, que não tragam a necessidade
contínua de competir ou correr atrás o tempo todo.
.
IV - Cuide do seu corpo.
Escolha alimentos saudáveis, evitando agressões do tipo fumo, droga,
excesso de bebida e comida. Reduza a ingestão de café. Beba oito
copos de água, no mínimo, por dia. Mantenha seus intestinos bem
funcionantes.
Faça atividades físicas, no mínimo três vezes por semana,
compatíveis com seu temperamento e condições físicas. Mantenha seu
peso corporal em um nível satisfatório para você.
Ponha os pés descalços na terra por um mínimo de 20 minutos, em um
lugar de muito verde, uma vez por semana, para descarregar. Faça um
chek-up anualmente. Tenha um médico de confiança.
.
V - Cuide de sua mente.
Seja seletivo com o que lê e vê. Reduza o hábito de assistir
televisão. Exercite sua criatividade com música e artes em geral.
Faça coisas que nunca fez, indo a lugares que nunca foi. Quebre
rotinas e experimente o novo.
.
VI - Que a sua casa seja um lar.
Um lugar acolhedor que o receba ao final de um dia cansativo,
oferecendo-lhe conforto, calor à sua alma, repouso e amorosidade.
Que seja um ninho para refazer as suas forças. Cuidado: não gaste
todas as suas energias para ter uma casa e todos os bens de consumo
do mundo moderno. Pode não lhe sobrar nem um minuto para usufruí-
la.
Tornar uma casa um lar é um aprendizado contra o stress.
VII - Descubra quem é você.
Qual é seu temperamento, quais são suas crenças? Seja coerente com
elas. Defenda seu bem-estar. Cultive um respeito saudável por sua
individualidade e privacidade.
VIII - Não seja onipotente.
Aprenda com os outros, procure ajuda necessária com amigos, médicos,
terapeutas. Ouça e veja, para depois identificar quem são os aliados
necessários e aqueles que deve evitar.
Não avalie pessoas e situações com preconceito. Às vezes, a resposta
de uma situação difícil e estressante está numa atitude ou
pensamento inédito.
IX - Conheça e respeite o outro.
Ouça com atenção, buscando compreender o que o outro quer dizer. Ao
verbalizar, certifique-se de estar sendo claro e compreensivo com o
outro. O outro não é melhor nem pior que você. Ele é diferente, o
que torna necessário o esforço de entendimento de ambos os pontos de
vista.
Aceitar e usufruir as diferenças é sabedoria.
X - Amor, intimidade e sexualidade.
Relações compulsivas, superficiais, narcisistas são como fast-food:
costumam ser atraentes, mas não são nutritivas e podem custar muito
caro a médio prazo. Cuide para desenvolver intimidade com pessoas
com as quais sinta afinidade.
Cultive a espontaneidade, sinceridade, amizade, alegria e prazer nas
trocas afetivas. Deixe o sentimento fluir: 'O amor faz bem ao
coração'.
XI - Centre-se e equilibri-se.
Todos os dias encontre em tempo para esvaziar-se e estar consigo
mesmo (pelo menos um banho prolongado e tranqüilo). Use técnicas
auxiliares como meditação, respiração e massagens para relaxamento.
Não seja escravo nem de si mesmo. Tenha férias! Contra o stress, o
período mínimo de férias é de 21 dias consecutivos. Tenha férias
compatíveis com suas condições físicas, psíquicas e financeiras.
Lembre-se: programas com muitos estímulos são prazeirosos para quem
está vitalizado. Não leve em sua bagagem de férias seu chefe, sua
firma, companhias desgastantes, seu computador e outras malas sem
alça.
XII - Tenha fé.
Uma situação, qualquer que seja, nunca é apenas boa ou ruim. Haverá
sempre custos e benefícios. Quanto mais luz, mais sombra. Nunca se
esqueça de que tudo é temporário. é muito importante preservar-se
para a próxima etapa.
Você é único, o que te faz valioso. Confie em você mesmo e na ajuda
cósmica.
Jornal Estado de Minas
Acely Gonçalves
Paz Amor Luz!
Cuide do planeta e respeite o meio ambiente.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento!
por Wanda Ribeiro
Muitas vezes pensamos que o mundo não nos trata do modo como somos merecedores e vivemos culpando ou criticando as pessoas. Ficamos ansiosos e deprimidos com freqüência; reprimimos os próprios sentimentos; sentimo-nos ofendidos quando contrariados. Culpamos nossos pais, irmãos, a sociedade, o governo, os amigos, os parentes e os associados por nossas falhas e desilusões. Tudo isso é sinal de uma baixa auto-estima.
No entanto, a verdade é que o modo pelo qual o mundo nos trata é um reflexo de como nos tratamos a nós mesmos. No momento em que você passar a gostar de você, o mundo reagirá e lhe compensará pela sua existência. Uma auto-estima saudável é a pedra fundamental do sucesso e a satisfação de viver. Infelizmente, devido à programação negativa recebida durante a infância, a maioria das pessoas tem sua auto-estima prejudicada.
Muitas vezes, uma auto-estima equilibrada é o que lhe encoraja e deixa mais atento às oportunidades; além disso, faz com que veja os problemas como forma de aprendizado, dando-lhe mais condições para lidar com as dificuldades da vida. É essencial lembrarmo-nos de que sempre é possível alterar ou transformar nosso “estilo de vida”. Para tanto, não duvidemos de nossas aptidões e vocações naturais, nem questionemos sistematicamente nossas forças interiores. Para obtermos autoconfiança, somente é preciso reivindicarmos, valorosamente, o que já existe em nós por direito divino.
Considero que, para a maioria dos casos, trabalhar a auto-estima não seja algo tão complicado quanto possa parecer. Entretanto, a maioria das pessoas ignora pequenos passos que podem ser dados para a construção ou para o resgate dessa auto-estima.
Saia desse poço sem fim... Preso em seus conceitos, em seus medos, cada vez mais fundo. Ouse deixar seu medo de lado, tente ser você mesmo, determine uma mudança, tenha firmeza no seu olhar, nas suas atitudes, tenha respeito por você mesmo. Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.
Enquanto uma atitude não tomar, enquanto com a cabeça do outro você pensar, tudo vai ficar sempre confuso em sua mente. Tudo fica sem rumo. Experimente uma reação, experimente uma ação, solte seu passado, solte as pessoas, solte os pensamentos negativos, quebre a resistência. Para que se torturar tanto? Para que continuar se machucando?
Procure as causas profundas das coisas que lhe ferem e das que lhe dão prazer. Normalmente paramos no nível das sensações: "Isso me dá prazer e ponto. Isso me machuca e ponto." O mais importante é sabermos porque causa prazer e porque fere. O prazer não é sempre bom nem o ferimento sempre ruim. Depende para onde eles nos conduzem. Algo que nos machuca profundamente pode ser a chave de compartimentos desconhecidos, mas vitais na nossa morada psicológica/espiritual. Quando compreendemos as causas de nossas dores emocionais, freqüentemente elas desaparecem. São como os sonhos repetitivos que só deixam de acontecer depois que os interpretamos corretamente.
Cultive a busca da sabedoria através da leitura de autores relevantes de diversas áreas do conhecimento. Desenvolva uma forma plural de olhar a vida, busque novas dimensões, novas abordagens. Procure conhecer pessoas com qualidades morais e intelectuais e aproveite sua saudável companhia. Faça o mesmo com pessoas mais simples e menos experientes que você e, perceba, ainda assim, o quanto elas têm a lhe ensinar.
Deixo aqui algumas dicas que podem ajudar a melhorar a sua auto-estima:
l. Pense e seja feliz. Se plantarmos pensamentos como “sou feliz," surgirá a felicidade. Por isso, quem deseja ser realmente feliz, mesmo que a sua situação atual ainda não seja muito boa, mesmo assim, deve pensar e falar várias vezes, todos os dias: "Já sou muito feliz"; assim, com certeza, vai conquistar uma vida verdadeiramente feliz e saudável.
2. Serenidade mental. A felicidade vem da paz espiritual. Se expressarmos satisfação e gratidão pelas coisas que temos recebido até agora, isso vai nos trazer bem-estar espiritual. O importante é descobrir a felicidade na nossa vida cotidiana, seja ela como for.
3. Alegrar-se pela felicidade do próximo. Mesmo ainda não possuindo os bens materiais desejados, demonstrar alegria diante dos bens e do conforto material do outro, apreciando sem demonstrar nenhum tipo de constrangimento e inveja.
4. Praticar atos de bondade. Todos os dias praticar pelo menos um ato de bondade, seja na forma de uma palavra de conforto moral ou espiritual, que possa refletir sua solidariedade para aliviar a dor dos que sofrem.
5. Perdoar sempre. Na medida em que você conseguir perdoar, eliminará o ódio e o rancor existentes em você; assim, ficará mais leve e terá paz interior para avançar rumo ao sucesso.
6. Evitar falar mal dos outros. Quem deseja ser feliz e ter uma boa saúde, deve enaltecer as qualidades das pessoas e minimizar os seus prováveis defeitos, criando uma atmosfera favorável para si e o grupo a que pertence.
7. Valorizar os bons pensamentos. Uma pessoa espiritualizada sempre está atenta a ter pensamentos e atitudes saudáveis. Isso faz com que naturalmente possa atrair acontecimentos bons.
8. Antes de dormir, avalie o seu dia e evite ficar remoendo o passado, principalmente, coisas desagradáveis que já não têm mais jeito. Procure viver intensamente o momento presente e aproveite para construir uma felicidade duradoura com base sólida.
9. Supere seus obstáculos. Procure cultivar sua autoconfiança e conhecer melhor a si mesmo. Agindo com determinação e sabedoria, você conseguirá criar um clima favorável para realização das suas mais legítimas aspirações.
10. Viva em paz com as pessoas. Fale bem das pessoas da sua família e da sua comunidade. Tente resistir e não rotular ninguém. Reexamine seus conceitos e não haja com discriminação. Assim, será criado um ambiente apropriado para ser feliz e progredir sempre.
Ame a si próprio, sinta-se responsável apenas pelo que depende de você. Construa seu sonho em terra firme, com base sólida. Viva o dia de hoje, sempre um de cada vez. Aprenda sempre consigo e não só com os outros. Enxergue suas qualidades e não só os defeitos. Dependa dos seus pés para andar e dependa das suas idéias para prosseguir.
“Perceba que você é tão poderoso e forte quanto você se permite ser e que a parte mais difícil de qualquer empreendimento é dar o primeiro passo, tomar a primeira decisão.” A vida é feita de decisões, só depende de você escolher as melhores. Com a ajuda certa para se conhecer melhor fica mais fácil. Nunca desista. Há uma força especial dentro de você! Por tudo isso, ame-se, estime-se, olhe-se no espelho, sorria para você mesmo, dê um bom dia a você, abrace a si mesmo, porque para amar os outros é necessário amar a si mesmo primeiro. E não esqueça de mentalizar, todos os dias, bons pensamentos para você, olhar a natureza, sorrir, dar risadas, espalhar beijos e abraços, dizer eu te amo, enfim, espalhar mensagens de alegria e otimismo pela vida à sua volta.
Pense nisso! Que sua luz possa brilhar ainda mais!
Muitas vezes pensamos que o mundo não nos trata do modo como somos merecedores e vivemos culpando ou criticando as pessoas. Ficamos ansiosos e deprimidos com freqüência; reprimimos os próprios sentimentos; sentimo-nos ofendidos quando contrariados. Culpamos nossos pais, irmãos, a sociedade, o governo, os amigos, os parentes e os associados por nossas falhas e desilusões. Tudo isso é sinal de uma baixa auto-estima.
No entanto, a verdade é que o modo pelo qual o mundo nos trata é um reflexo de como nos tratamos a nós mesmos. No momento em que você passar a gostar de você, o mundo reagirá e lhe compensará pela sua existência. Uma auto-estima saudável é a pedra fundamental do sucesso e a satisfação de viver. Infelizmente, devido à programação negativa recebida durante a infância, a maioria das pessoas tem sua auto-estima prejudicada.
Muitas vezes, uma auto-estima equilibrada é o que lhe encoraja e deixa mais atento às oportunidades; além disso, faz com que veja os problemas como forma de aprendizado, dando-lhe mais condições para lidar com as dificuldades da vida. É essencial lembrarmo-nos de que sempre é possível alterar ou transformar nosso “estilo de vida”. Para tanto, não duvidemos de nossas aptidões e vocações naturais, nem questionemos sistematicamente nossas forças interiores. Para obtermos autoconfiança, somente é preciso reivindicarmos, valorosamente, o que já existe em nós por direito divino.
Considero que, para a maioria dos casos, trabalhar a auto-estima não seja algo tão complicado quanto possa parecer. Entretanto, a maioria das pessoas ignora pequenos passos que podem ser dados para a construção ou para o resgate dessa auto-estima.
Saia desse poço sem fim... Preso em seus conceitos, em seus medos, cada vez mais fundo. Ouse deixar seu medo de lado, tente ser você mesmo, determine uma mudança, tenha firmeza no seu olhar, nas suas atitudes, tenha respeito por você mesmo. Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.
Enquanto uma atitude não tomar, enquanto com a cabeça do outro você pensar, tudo vai ficar sempre confuso em sua mente. Tudo fica sem rumo. Experimente uma reação, experimente uma ação, solte seu passado, solte as pessoas, solte os pensamentos negativos, quebre a resistência. Para que se torturar tanto? Para que continuar se machucando?
Procure as causas profundas das coisas que lhe ferem e das que lhe dão prazer. Normalmente paramos no nível das sensações: "Isso me dá prazer e ponto. Isso me machuca e ponto." O mais importante é sabermos porque causa prazer e porque fere. O prazer não é sempre bom nem o ferimento sempre ruim. Depende para onde eles nos conduzem. Algo que nos machuca profundamente pode ser a chave de compartimentos desconhecidos, mas vitais na nossa morada psicológica/espiritual. Quando compreendemos as causas de nossas dores emocionais, freqüentemente elas desaparecem. São como os sonhos repetitivos que só deixam de acontecer depois que os interpretamos corretamente.
Cultive a busca da sabedoria através da leitura de autores relevantes de diversas áreas do conhecimento. Desenvolva uma forma plural de olhar a vida, busque novas dimensões, novas abordagens. Procure conhecer pessoas com qualidades morais e intelectuais e aproveite sua saudável companhia. Faça o mesmo com pessoas mais simples e menos experientes que você e, perceba, ainda assim, o quanto elas têm a lhe ensinar.
Deixo aqui algumas dicas que podem ajudar a melhorar a sua auto-estima:
l. Pense e seja feliz. Se plantarmos pensamentos como “sou feliz," surgirá a felicidade. Por isso, quem deseja ser realmente feliz, mesmo que a sua situação atual ainda não seja muito boa, mesmo assim, deve pensar e falar várias vezes, todos os dias: "Já sou muito feliz"; assim, com certeza, vai conquistar uma vida verdadeiramente feliz e saudável.
2. Serenidade mental. A felicidade vem da paz espiritual. Se expressarmos satisfação e gratidão pelas coisas que temos recebido até agora, isso vai nos trazer bem-estar espiritual. O importante é descobrir a felicidade na nossa vida cotidiana, seja ela como for.
3. Alegrar-se pela felicidade do próximo. Mesmo ainda não possuindo os bens materiais desejados, demonstrar alegria diante dos bens e do conforto material do outro, apreciando sem demonstrar nenhum tipo de constrangimento e inveja.
4. Praticar atos de bondade. Todos os dias praticar pelo menos um ato de bondade, seja na forma de uma palavra de conforto moral ou espiritual, que possa refletir sua solidariedade para aliviar a dor dos que sofrem.
5. Perdoar sempre. Na medida em que você conseguir perdoar, eliminará o ódio e o rancor existentes em você; assim, ficará mais leve e terá paz interior para avançar rumo ao sucesso.
6. Evitar falar mal dos outros. Quem deseja ser feliz e ter uma boa saúde, deve enaltecer as qualidades das pessoas e minimizar os seus prováveis defeitos, criando uma atmosfera favorável para si e o grupo a que pertence.
7. Valorizar os bons pensamentos. Uma pessoa espiritualizada sempre está atenta a ter pensamentos e atitudes saudáveis. Isso faz com que naturalmente possa atrair acontecimentos bons.
8. Antes de dormir, avalie o seu dia e evite ficar remoendo o passado, principalmente, coisas desagradáveis que já não têm mais jeito. Procure viver intensamente o momento presente e aproveite para construir uma felicidade duradoura com base sólida.
9. Supere seus obstáculos. Procure cultivar sua autoconfiança e conhecer melhor a si mesmo. Agindo com determinação e sabedoria, você conseguirá criar um clima favorável para realização das suas mais legítimas aspirações.
10. Viva em paz com as pessoas. Fale bem das pessoas da sua família e da sua comunidade. Tente resistir e não rotular ninguém. Reexamine seus conceitos e não haja com discriminação. Assim, será criado um ambiente apropriado para ser feliz e progredir sempre.
Ame a si próprio, sinta-se responsável apenas pelo que depende de você. Construa seu sonho em terra firme, com base sólida. Viva o dia de hoje, sempre um de cada vez. Aprenda sempre consigo e não só com os outros. Enxergue suas qualidades e não só os defeitos. Dependa dos seus pés para andar e dependa das suas idéias para prosseguir.
“Perceba que você é tão poderoso e forte quanto você se permite ser e que a parte mais difícil de qualquer empreendimento é dar o primeiro passo, tomar a primeira decisão.” A vida é feita de decisões, só depende de você escolher as melhores. Com a ajuda certa para se conhecer melhor fica mais fácil. Nunca desista. Há uma força especial dentro de você! Por tudo isso, ame-se, estime-se, olhe-se no espelho, sorria para você mesmo, dê um bom dia a você, abrace a si mesmo, porque para amar os outros é necessário amar a si mesmo primeiro. E não esqueça de mentalizar, todos os dias, bons pensamentos para você, olhar a natureza, sorrir, dar risadas, espalhar beijos e abraços, dizer eu te amo, enfim, espalhar mensagens de alegria e otimismo pela vida à sua volta.
Pense nisso! Que sua luz possa brilhar ainda mais!
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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terça-feira, 23 de setembro de 2008
A ALMA, A JÓIA DA VIDA
por Inês Bastos
Eu sei que de dentro de todo alguém, o novo sempre surgirá!
Como em um filme, faço as legendas de interpretação livre na minha cabeça: Sinto que posso ser melhor! Como vou conseguir isto? De onde veio essa concepção tão nova?
Eu sei que a jóia sempre esteve presente - e esquecida - pronta para se manifestar em sua totalidade, com glamour e altivez, sem, no entanto, desbancar nossos outros brilhos porque ela é sábia e divina. Mas só a vejo de relance, juro, quase sempre ali camuflada até de nós mesmos.
Uma legenda possível: O que está acontecendo comigo? O que estou sentindo? Parece que algo sempre está prá surgir, não sei de onde! Não consigo mudar, apesar de sofrer e saber... não sei bem como, acho que usando a inteligência mesmo, que pode existir um motivo para isso acontecer e me força a tomar uma atitude diferente, para ter melhor resultado! Mas como é isso?
Tentamos trazê-la (a tal jóia) para fora, no convívio de tantos anos, no vai e vem e tantas experiências, incontáveis palavras, pensamentos, buscas e desejos de mudança, mas acabam em tentativas frustradas ou, no máximo, um passinho adiante que pela eternidade já deve ser um bom adiantamento. Se a Fonte tem tanta paciência conosco, devemos ter também, sem sofrimentos e ansiedades.
Outra legenda: Porque quando acho que estou pronta, que desta vez estou mais preparada, mais auto-confiante que vou fazer melhor, caio na mesma cilada emocional, tenho atitudes infinitamente repetitivas, infantis ou impensadas, depois me isolo, me deprimo, me culpo e até me castigo? Consigo me punir exemplarmente... o que é isso, minha gente?
Tentei senti-la mais de perto, mas como ela (a querida jóia, a alma) não nos pertence mais por inteiro, contém pedaços espalhados pela vida, de nada adiantou. Fugidia, orgulhosa e disfarçada, ela sempre se impôs aos meus encantamentos.
Legenda: Acho que a visão era só minha. Talvez seja uma ilusão? Fixada nas velhas maneiras de viver, nos traumas seculares, sempre me desculpo, justifico, caio no seguro-limitante e conhecido-ruim, no mais interessante, lucrativo, fácil e na mesmice. Às vezes fico cheia de mim. Irritada e passando minha impaciência adiante!
Assim, tentei me amar, me ver como importante de dentro para fora, me sentir possível e me valorizar. Hoje me pergunto se vejo mesmo essa alma, ou queria muito já tê-la visto! Ficou tanta distância que até me assusto com dúvidas. Nossos territórios entre o mental, o emocional, astral e o físico, precisavam de pontes mais estreitas, mais firmes e confiáveis.
Mais legenda: Tenho cá minhas sensações e várias intuições... não nego! Mas, porque dou tanto valor ao que dizem se não valorizo o que realmente tenho possibilidades de ser e ainda me desprezo? Por que me coloco depois de todos? Ou abaixo? Por que não penso em me criar antes de criar filhos, de me educar antes de educar o cachorro, de me melhorar antes de pintar a casa, de evoluir antes de ter um pingente muito fashion da Nova Era com ametista da Atlântida?
Perdi-me e a perdi pelo caminho, minha jóia tão preciosa! Novas paisagens se transpuseram ao nosso cotidiano de muitas eras e uma bruma seca trouxe a frieza da vida, do cotidiano que instalou o distanciamento. Onde está você agora, minha alma, minha verdadeira nobreza nesta dinastia de pureza e luz?
Refletindo sem muitas interpretações, ou legendas, na verdade estamos com o coração na mão, olhando para ele sem saber o que fazer e ao mesmo tempo, esperando que se aquiete, contando com o momento certo, aquele estalo, prá dar jeito nessa batida desritmada. Precisamos viver melhor, mais em paz.
Mas eu continuo certa, absolutamente confiante, de que esse alguém volta à vida plena – nós mesmos - em breve, com ferramentas próprias, as únicas necessárias.
É urgente o ânimo dentro de uma paz profunda e, então, talvez assim nos reencontremos com nossa verdadeira essência, a alma livre, aquela do pára-quedas que começa a viagem aqui e pode cair em outro país, na maior das alegrias pelo inusitado!
E que quando a gente se reencontrar, cada um de nós e nossa essência perdida, que estejamos inteiros.
E diremos: Agora, sim, Rico(a) com a jóia conquistada.
Eu sei que de dentro de todo alguém, o novo sempre surgirá!
Como em um filme, faço as legendas de interpretação livre na minha cabeça: Sinto que posso ser melhor! Como vou conseguir isto? De onde veio essa concepção tão nova?
Eu sei que a jóia sempre esteve presente - e esquecida - pronta para se manifestar em sua totalidade, com glamour e altivez, sem, no entanto, desbancar nossos outros brilhos porque ela é sábia e divina. Mas só a vejo de relance, juro, quase sempre ali camuflada até de nós mesmos.
Uma legenda possível: O que está acontecendo comigo? O que estou sentindo? Parece que algo sempre está prá surgir, não sei de onde! Não consigo mudar, apesar de sofrer e saber... não sei bem como, acho que usando a inteligência mesmo, que pode existir um motivo para isso acontecer e me força a tomar uma atitude diferente, para ter melhor resultado! Mas como é isso?
Tentamos trazê-la (a tal jóia) para fora, no convívio de tantos anos, no vai e vem e tantas experiências, incontáveis palavras, pensamentos, buscas e desejos de mudança, mas acabam em tentativas frustradas ou, no máximo, um passinho adiante que pela eternidade já deve ser um bom adiantamento. Se a Fonte tem tanta paciência conosco, devemos ter também, sem sofrimentos e ansiedades.
Outra legenda: Porque quando acho que estou pronta, que desta vez estou mais preparada, mais auto-confiante que vou fazer melhor, caio na mesma cilada emocional, tenho atitudes infinitamente repetitivas, infantis ou impensadas, depois me isolo, me deprimo, me culpo e até me castigo? Consigo me punir exemplarmente... o que é isso, minha gente?
Tentei senti-la mais de perto, mas como ela (a querida jóia, a alma) não nos pertence mais por inteiro, contém pedaços espalhados pela vida, de nada adiantou. Fugidia, orgulhosa e disfarçada, ela sempre se impôs aos meus encantamentos.
Legenda: Acho que a visão era só minha. Talvez seja uma ilusão? Fixada nas velhas maneiras de viver, nos traumas seculares, sempre me desculpo, justifico, caio no seguro-limitante e conhecido-ruim, no mais interessante, lucrativo, fácil e na mesmice. Às vezes fico cheia de mim. Irritada e passando minha impaciência adiante!
Assim, tentei me amar, me ver como importante de dentro para fora, me sentir possível e me valorizar. Hoje me pergunto se vejo mesmo essa alma, ou queria muito já tê-la visto! Ficou tanta distância que até me assusto com dúvidas. Nossos territórios entre o mental, o emocional, astral e o físico, precisavam de pontes mais estreitas, mais firmes e confiáveis.
Mais legenda: Tenho cá minhas sensações e várias intuições... não nego! Mas, porque dou tanto valor ao que dizem se não valorizo o que realmente tenho possibilidades de ser e ainda me desprezo? Por que me coloco depois de todos? Ou abaixo? Por que não penso em me criar antes de criar filhos, de me educar antes de educar o cachorro, de me melhorar antes de pintar a casa, de evoluir antes de ter um pingente muito fashion da Nova Era com ametista da Atlântida?
Perdi-me e a perdi pelo caminho, minha jóia tão preciosa! Novas paisagens se transpuseram ao nosso cotidiano de muitas eras e uma bruma seca trouxe a frieza da vida, do cotidiano que instalou o distanciamento. Onde está você agora, minha alma, minha verdadeira nobreza nesta dinastia de pureza e luz?
Refletindo sem muitas interpretações, ou legendas, na verdade estamos com o coração na mão, olhando para ele sem saber o que fazer e ao mesmo tempo, esperando que se aquiete, contando com o momento certo, aquele estalo, prá dar jeito nessa batida desritmada. Precisamos viver melhor, mais em paz.
Mas eu continuo certa, absolutamente confiante, de que esse alguém volta à vida plena – nós mesmos - em breve, com ferramentas próprias, as únicas necessárias.
É urgente o ânimo dentro de uma paz profunda e, então, talvez assim nos reencontremos com nossa verdadeira essência, a alma livre, aquela do pára-quedas que começa a viagem aqui e pode cair em outro país, na maior das alegrias pelo inusitado!
E que quando a gente se reencontrar, cada um de nós e nossa essência perdida, que estejamos inteiros.
E diremos: Agora, sim, Rico(a) com a jóia conquistada.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
Contato (34)9.9990-1148
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Que vazio é esse em sua vida?
por Patricia Gebrim
Criar é uma forma saudável de suprir a sensação de vazio. Não é preciso ser um Monet ou um Villa Lobos. Um simples bolo caseiro, por exemplo, feito com aquele toque especial, traz à tona aquele potencial criativo que tanto faz bem!
Quantas vezes eu ouço as pessoas falarem sobre esse tal “vazio”. Como se existisse um espaço mal-assombrado dentro de cada ser humano, um lugar dentro do qual todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, acabassem caindo, para não mais sair de lá.
- Sinto um vazio dentro de mim! - quantas vezes já ouvi essa frase, com suas inúmeras variações...
Que vazio é esse afinal??? E o que fazer com ele???
Na dúvida, acabamos achando que esse buraco é sinal de algum defeito, e que devemos preenchê-lo o mais rapidamente possível. Perceba quantas “besteiras” acabamos fazendo na tentativa de preencher esse espaço que tanto nos assusta.
Nos envolvemos em relacionamentos com pessoas com as quais não temos nenhuma afinidade, estouramos nosso cartão de crédito, compramos todo tipo de coisas das quais não precisamos, comemos mais do que necessitamos, bebemos mais do que seria saudável, aceitamos ir a lugares aos quais na verdade não gostaríamos de ir, convivemos com pessoas que sugam toda a nossa energia, andamos para lá e para cá como baratas tontas, tudo com a intenção de preencher o vazio.
E mais... traímos a nossa verdade, nos sentimos “defeituosos” (pessoas perfeitas não teriam um buraco lá dentro!), sentimos vergonha de nós mesmos, criamos falsas máscaras para fingir que não somos ocos, fugimos desesperadamente e nos envolvemos em todo tipo de atividade frenética para não nos lembrar que ele continua lá, quieto, imenso... um buraco enorme na nossa auto-estima.
Fazemos tudo isso para evitar o vazio... mas sabe o que é pior?... nada disso funciona!
Agora ouça, é sério:
- Não há nada de errado em você sentir esse vazio aí dentro... não há nada de errado ao sentir-se incompleto, com essa sensação de que “falta algo”.
- É claro que falta algo!
- Sempre irá faltar!
Existe algo maior, mais belo, que cada um de nós veio aqui para realizar. Entenda... por maior não quero dizer aquele tipo de grandeza que é acessivel apenas a alguns. Falo de algo a que todos nós temos acesso, falo daquela grandeza de alma que nos torna verdadeiramente humanos, capazes de criar, capazes de amar... Pois eu acredito que o vazio exista para nos lembrar exatamente disso!
E se eu lhe disser que devemos tudo o que existe de belo no mundo à existência desse vazio?
E se fosse mais ou menos assim...
Um dia um Monet acorda e sente um buraco bem no meio da sua barriga, ou talvez no meio do peito (o vazio às vezes gosta de mudar de lugar dentro de nós)... sente-se mal com o tal buraco... pega seus pincéis e, no branco vazio de uma tela, pinta os mais belos jardins.
Outro dia um Villa Lobos acorda incomodado, sente algo estranho, como se fosse uma fome por dentro, uma coisa que aperta seu peito, esmaga seu coração solitário... e, no vazio do silêncio, compõe a mais bela bachiana... (ah, você já ouviu a Bachiana no 5 do Villa Lobos?)
Um dia um cientista é acordado por um buraco bem no meio da sua cabeça... tantas coisas sem explicação no mundo o angustiam e tiram seu sono... e no silencioso vazio de respostas brota, quase miraculosamente em sua mente, uma solução para uma doença que aflige toda a humanidade.
Outro dia uma dona de casa qualquer, em uma casa qualquer, acorda e olha ao redor... os filhos já se foram, o marido está trabalhando... Na solidão de sua vida decide cozinhar e assa o mais delicioso bolo que uma mulher já foi capaz de fazer. E no vazio daquela casa surge um aroma que a transforma imediatamente em um lar; quente, acolhedor, cheio de amor.
Assim, acreditem, não há como nos livrarmos desse tal vazio (ainda bem), mas podemos “escolher” o que fazer com ele.
Podemos transformá-lo em um mar de lamentações, e navegar por ele por toda uma vida, como se fôssemos um navio fantasma rangendo nossas ferragens por aí.
Mas podemos também...
...criar!
Essa é a palavra-chave para transformar o vazio que existe dentro de nós no espaço mais sagrado que um dia seremos capazes de adentrar.
E é no vazio da terra que uma semente pode brotar, no vazio na mente que o inusitado pode se libertar, no vazio de saber que a real sabedoria encontra espaço, no vazio de crenças que ganhamos a liberdade de escolher no que acreditar!
O vazio nos torna livres... pensem nisso!
Veja, Lao Tse , em 99 a.C., já sabia disso, veja o que diz seu tratado, o Tao Te King:
“Trinta raios convergentes, unidos ao meio, formam a roda, mas é seu vazio central que move o carro.
O vaso é feito de argila, mas é o seu vazio que o torna útil.
Abre-se portas e janelas nas paredes de uma casa, mas é seu vazio que a torna habitável.”
Assim... não tema o vazio, talvez ele seja o maior presente que recebemos. A verdade é que sem o vazio seríamos tristes caricaturas de quem de verdade podemos ser. Seja corajoso. Aceite-o e permita que ele lhe inspire a tornar-se quem você de verdade é.
O que seria de uma vida sem o mistério... sem a noite... sem as estrelas?
É no vazio que mora a nossa musa,
e as mais belas idéias,
e os sonhos,
e a poesia...
Aceite o vazio e... se puder... ame-o.
O que vai acontecer então?...
Não vou lhe dizer!
Descubra por si mesmo...
Criar é uma forma saudável de suprir a sensação de vazio. Não é preciso ser um Monet ou um Villa Lobos. Um simples bolo caseiro, por exemplo, feito com aquele toque especial, traz à tona aquele potencial criativo que tanto faz bem!
Quantas vezes eu ouço as pessoas falarem sobre esse tal “vazio”. Como se existisse um espaço mal-assombrado dentro de cada ser humano, um lugar dentro do qual todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, acabassem caindo, para não mais sair de lá.
- Sinto um vazio dentro de mim! - quantas vezes já ouvi essa frase, com suas inúmeras variações...
Que vazio é esse afinal??? E o que fazer com ele???
Na dúvida, acabamos achando que esse buraco é sinal de algum defeito, e que devemos preenchê-lo o mais rapidamente possível. Perceba quantas “besteiras” acabamos fazendo na tentativa de preencher esse espaço que tanto nos assusta.
Nos envolvemos em relacionamentos com pessoas com as quais não temos nenhuma afinidade, estouramos nosso cartão de crédito, compramos todo tipo de coisas das quais não precisamos, comemos mais do que necessitamos, bebemos mais do que seria saudável, aceitamos ir a lugares aos quais na verdade não gostaríamos de ir, convivemos com pessoas que sugam toda a nossa energia, andamos para lá e para cá como baratas tontas, tudo com a intenção de preencher o vazio.
E mais... traímos a nossa verdade, nos sentimos “defeituosos” (pessoas perfeitas não teriam um buraco lá dentro!), sentimos vergonha de nós mesmos, criamos falsas máscaras para fingir que não somos ocos, fugimos desesperadamente e nos envolvemos em todo tipo de atividade frenética para não nos lembrar que ele continua lá, quieto, imenso... um buraco enorme na nossa auto-estima.
Fazemos tudo isso para evitar o vazio... mas sabe o que é pior?... nada disso funciona!
Agora ouça, é sério:
- Não há nada de errado em você sentir esse vazio aí dentro... não há nada de errado ao sentir-se incompleto, com essa sensação de que “falta algo”.
- É claro que falta algo!
- Sempre irá faltar!
Existe algo maior, mais belo, que cada um de nós veio aqui para realizar. Entenda... por maior não quero dizer aquele tipo de grandeza que é acessivel apenas a alguns. Falo de algo a que todos nós temos acesso, falo daquela grandeza de alma que nos torna verdadeiramente humanos, capazes de criar, capazes de amar... Pois eu acredito que o vazio exista para nos lembrar exatamente disso!
E se eu lhe disser que devemos tudo o que existe de belo no mundo à existência desse vazio?
E se fosse mais ou menos assim...
Um dia um Monet acorda e sente um buraco bem no meio da sua barriga, ou talvez no meio do peito (o vazio às vezes gosta de mudar de lugar dentro de nós)... sente-se mal com o tal buraco... pega seus pincéis e, no branco vazio de uma tela, pinta os mais belos jardins.
Outro dia um Villa Lobos acorda incomodado, sente algo estranho, como se fosse uma fome por dentro, uma coisa que aperta seu peito, esmaga seu coração solitário... e, no vazio do silêncio, compõe a mais bela bachiana... (ah, você já ouviu a Bachiana no 5 do Villa Lobos?)
Um dia um cientista é acordado por um buraco bem no meio da sua cabeça... tantas coisas sem explicação no mundo o angustiam e tiram seu sono... e no silencioso vazio de respostas brota, quase miraculosamente em sua mente, uma solução para uma doença que aflige toda a humanidade.
Outro dia uma dona de casa qualquer, em uma casa qualquer, acorda e olha ao redor... os filhos já se foram, o marido está trabalhando... Na solidão de sua vida decide cozinhar e assa o mais delicioso bolo que uma mulher já foi capaz de fazer. E no vazio daquela casa surge um aroma que a transforma imediatamente em um lar; quente, acolhedor, cheio de amor.
Assim, acreditem, não há como nos livrarmos desse tal vazio (ainda bem), mas podemos “escolher” o que fazer com ele.
Podemos transformá-lo em um mar de lamentações, e navegar por ele por toda uma vida, como se fôssemos um navio fantasma rangendo nossas ferragens por aí.
Mas podemos também...
...criar!
Essa é a palavra-chave para transformar o vazio que existe dentro de nós no espaço mais sagrado que um dia seremos capazes de adentrar.
E é no vazio da terra que uma semente pode brotar, no vazio na mente que o inusitado pode se libertar, no vazio de saber que a real sabedoria encontra espaço, no vazio de crenças que ganhamos a liberdade de escolher no que acreditar!
O vazio nos torna livres... pensem nisso!
Veja, Lao Tse , em 99 a.C., já sabia disso, veja o que diz seu tratado, o Tao Te King:
“Trinta raios convergentes, unidos ao meio, formam a roda, mas é seu vazio central que move o carro.
O vaso é feito de argila, mas é o seu vazio que o torna útil.
Abre-se portas e janelas nas paredes de uma casa, mas é seu vazio que a torna habitável.”
Assim... não tema o vazio, talvez ele seja o maior presente que recebemos. A verdade é que sem o vazio seríamos tristes caricaturas de quem de verdade podemos ser. Seja corajoso. Aceite-o e permita que ele lhe inspire a tornar-se quem você de verdade é.
O que seria de uma vida sem o mistério... sem a noite... sem as estrelas?
É no vazio que mora a nossa musa,
e as mais belas idéias,
e os sonhos,
e a poesia...
Aceite o vazio e... se puder... ame-o.
O que vai acontecer então?...
Não vou lhe dizer!
Descubra por si mesmo...
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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sábado, 6 de setembro de 2008
Psicoterapia... Eu?!
Muitas idéias lhe passam pela cabeça ao considerar a possibilidade de precisar da ajuda de um psicólogo para solucionar um problema pessoal e íntimo, para o qual não encontra saída: medo de se expor a julgamentos, medo de revelar suas fraquezas, e principalmente medo de ser considerado fora de seu juízo perfeito...
Embora a psicoterapia já tenha perdido muito da imagem estereotipada de tratamento para “loucos”, o fato de se precisar dela ainda provoca, em muitos casos, uma sensação de baixa auto-estima e rejeição. Um distúrbio emocional é tão “doença” quanto um distúrbio físico, como um problema no coração, na pele, nos rins, estomago, etc. Esquecemo-nos que formamos um só organismo, mente/corpo, e que ele só pode funcionar adequada, livre e espontaneamente se cuidarmos dele como um todo.
Segundo Jung, “...a diferença que fazemos entre psique e corpo é artificial. Isso é feito em nome de uma melhor compreensão. Na realidade, não há nada além de um corpo vivo. Este é o fato: a psique é tanto um corpo vivo, quanto o corpo é uma psique viva: é simplesmente a mesma coisa.”
Ao contrário do que possa parecer, procurar ajuda adequada quando nos sentimos deprimidos, tristes, estagnados, com medo e tantos outros sentimentos negativos, é sinal de lucidez e maturidade. Em geral, quanto maiores os problemas, maiores as dificuldades de adaptação à realidade e menor a consciência que se tem dela. O grau de reconhecimento que você tem de suas dificuldades emocionais é uma prova do controle que mantêm sobre suas decisões e sobre sua capacidade de encontrar as respostas às suas próprias questões.
Não é função do psicólogo, ou psicoterapeuta, lhe dizer o que fazer – ele não tem soluções prontas a lhe oferecer. Seu papel é lhe proporcionar um lugar e uma atmosfera onde não haja julgamentos e você seja livre para ser você mesmo, expressar seus sentimentos e elaborar, com auxilio, suas próprias soluções. A psicoterapia é um processo de maneira geral previsível, ordenado e coerente, cuja função é remover os obstáculos que o estejam impedindo de avançar e crescer em direção à maturidade e ao equilíbrio emocional. A relação terapêutica, que se estabelece entre você e seu psicoterapeuta, é em si mesma, uma experiência de crescimento. E uma das habilidades de vida que mais caracteriza uma pessoa em crescimento é a sua capacidade de diferenciar aquilo que está sob seu controle daquilo que não está. Quando procuramos ajuda, é porque pretendemos mudar alguma coisa em nossa vida. Não podemos mudar os sentimentos e ações dos outros. Alterar algumas situações como a morte, uma doença incurável e acidentes está fora de nosso alcance. Ao final de um processo de psicoterapia bem conduzido, podemos decidir mudar o que for possível mudar externamente, aceitar a nossa impotência diante daquilo que não podemos mudar e aprender a conviver com estas situações. Aceitar a realidade que nos cerca é crescimento. A vida é um processo dinâmico, que se alterna entre fatos carregados de sentimentos ora negativos, ora positivos: tristezas, alegrias, frustrações, esperanças. O apoio na sua capacidade de percepção e compreensão destes fatos permite-lhe tomadas de decisão com mais clareza e adequação. Você se sente mais capaz de enfrentar o ir e vir da vida, sem perder o equilíbrio interno e sem comprometer o seu bem estar, utilizando as suas potencialidades e permitindo-se ser você mesmo.
A psicoterapia não é um processo fácil, nem rápido. Mas, a cada vez que você se permite enfrentar suas dores, mais fáceis ficarão as próximas; a cada reacomodação de sua estrutura de valores, maior a circulação de energia e mais possibilidades se abrem para a remoção dos obstáculos. É um processo contínuo, que exigirá de você responsabilidade, perseverança e comprometimento. Mas vale a pena. Pode estar certo.
Embora a psicoterapia já tenha perdido muito da imagem estereotipada de tratamento para “loucos”, o fato de se precisar dela ainda provoca, em muitos casos, uma sensação de baixa auto-estima e rejeição. Um distúrbio emocional é tão “doença” quanto um distúrbio físico, como um problema no coração, na pele, nos rins, estomago, etc. Esquecemo-nos que formamos um só organismo, mente/corpo, e que ele só pode funcionar adequada, livre e espontaneamente se cuidarmos dele como um todo.
Segundo Jung, “...a diferença que fazemos entre psique e corpo é artificial. Isso é feito em nome de uma melhor compreensão. Na realidade, não há nada além de um corpo vivo. Este é o fato: a psique é tanto um corpo vivo, quanto o corpo é uma psique viva: é simplesmente a mesma coisa.”
Ao contrário do que possa parecer, procurar ajuda adequada quando nos sentimos deprimidos, tristes, estagnados, com medo e tantos outros sentimentos negativos, é sinal de lucidez e maturidade. Em geral, quanto maiores os problemas, maiores as dificuldades de adaptação à realidade e menor a consciência que se tem dela. O grau de reconhecimento que você tem de suas dificuldades emocionais é uma prova do controle que mantêm sobre suas decisões e sobre sua capacidade de encontrar as respostas às suas próprias questões.
Não é função do psicólogo, ou psicoterapeuta, lhe dizer o que fazer – ele não tem soluções prontas a lhe oferecer. Seu papel é lhe proporcionar um lugar e uma atmosfera onde não haja julgamentos e você seja livre para ser você mesmo, expressar seus sentimentos e elaborar, com auxilio, suas próprias soluções. A psicoterapia é um processo de maneira geral previsível, ordenado e coerente, cuja função é remover os obstáculos que o estejam impedindo de avançar e crescer em direção à maturidade e ao equilíbrio emocional. A relação terapêutica, que se estabelece entre você e seu psicoterapeuta, é em si mesma, uma experiência de crescimento. E uma das habilidades de vida que mais caracteriza uma pessoa em crescimento é a sua capacidade de diferenciar aquilo que está sob seu controle daquilo que não está. Quando procuramos ajuda, é porque pretendemos mudar alguma coisa em nossa vida. Não podemos mudar os sentimentos e ações dos outros. Alterar algumas situações como a morte, uma doença incurável e acidentes está fora de nosso alcance. Ao final de um processo de psicoterapia bem conduzido, podemos decidir mudar o que for possível mudar externamente, aceitar a nossa impotência diante daquilo que não podemos mudar e aprender a conviver com estas situações. Aceitar a realidade que nos cerca é crescimento. A vida é um processo dinâmico, que se alterna entre fatos carregados de sentimentos ora negativos, ora positivos: tristezas, alegrias, frustrações, esperanças. O apoio na sua capacidade de percepção e compreensão destes fatos permite-lhe tomadas de decisão com mais clareza e adequação. Você se sente mais capaz de enfrentar o ir e vir da vida, sem perder o equilíbrio interno e sem comprometer o seu bem estar, utilizando as suas potencialidades e permitindo-se ser você mesmo.
A psicoterapia não é um processo fácil, nem rápido. Mas, a cada vez que você se permite enfrentar suas dores, mais fáceis ficarão as próximas; a cada reacomodação de sua estrutura de valores, maior a circulação de energia e mais possibilidades se abrem para a remoção dos obstáculos. É um processo contínuo, que exigirá de você responsabilidade, perseverança e comprometimento. Mas vale a pena. Pode estar certo.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
Psicologia Clinica
Nesta primeira postagem gostaria de apresentar algumas explicações sobre o trabalho do psicólogo clínico, mais especificamente sobre a...
Psicoterapia Individual
Essa é, provavelmente, a mais clássica e conhecida modalidade de terapia psicológica. O leigo em psicologia evoca com facilidade a cena em que psicólogo e cliente encontram-se para o atendimento clínico.
Pessoas que nunca passaram pelo processo psicoterápico costumam se perguntar: Qual a finalidade de uma pessoa procurar um psicólogo? Ela está "ficando doida"? Que tipo de problemas não consegue resolver sozinha?
Na verdade a psicoterapia é um valioso recurso para lidar com as dificuldades da existência em todas as formas que o sofrimento humano pode assumir, como transtornos psicopatológicos, crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, crises profissionais, distúrbios psicossomáticos, dificuldades nas transições da vida, etc.
A psicoterapia é também um espaço favorável ao crescimento pessoal, um lugar/tempo/modo privilegiado de criar intimidade consigo mesmo, de estabelecer diálogos construtivos, abrir novos canais de comunicação, de transformar padrões estereotipados de funcionamento, restabelecendo o processo formativo e criativo de cada um.
A Psicoterapia oferece uma oportunidade de compreender e mudar os padrões de vinculo e relação interpessoal. Os problemas vinculares são fonte de incontáveis sofrimentos e mesmo de muitas doenças.
Em alguns casos, a Psicoterapia cumpre também uma função de educação para a vida. Esta é uma fundamental quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com situações como crises conjugais, perdas, desemprego ou envelhecimento, por exemplo.
Algumas pessoas encontram na terapia um lugar fundamental de acompanhamento de seu processo de vida, onde são trabalhadas transformações mais profundas ao longo de vários anos. São situações em que o processo terapêutico não tem um prazo definido e segue em comum acordo entre o psicoterapeuta e o cliente.
Apesar de poder parecer, à primeira vista, um tratamento oneroso em termos de tempo e dinheiro, a psicoterapia tem se mostrado, na realidade, um modo econômico de tratamento. Pesquisas indicam, por exemplo, que a psicoterapia diminui os índices de consumo de medicamentos e de internações hospitalares. A psicoterapia tem se mostrado um tratamento economicamente compensador por prevenir e tratar problemas psicológicos que, quando não tratados adequadamente, trazem enormes prejuízos econômicos para as pessoas e mesmo para o país. Geralmente a s pessoas obtêm resultados bem significativos com a ajuda psicológica, compensando os investimentos realizados.
A psicoterapia é um processo que permite transformações profundas da personalidade, com resultados evidentes em diversas situações como:
tratamento de vários transtornos como pânico, fobias, depressão, anorexia, bulimia, frigidez, impotência, etc.
resolução de conflitos pessoais, interpessoais, conjugais, familiares, profissionais etc.
crises existenciais, transições difíceis (luto, crises profissionais, etc) e mudanças de fases de vida (puberdade, adolescência, vida adulta, menopausa, envelhecimento, etc.)
aprendizado do auto-gerenciamento, da capacidade de lidar com os efeitos do estresse, dialogando com os sentimentos, os desafios e problemas que a vida apresenta.
aquisição de auto-conhecimento, reflexão e descoberta de novos modos de conduzir a própria vida .
fortalecimento para aprender a lidar com todos os tipos de doenças.
amadurecimento pessoal.
Não é possível hoje se falar em doenças sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional. Cada vez está mais evidente a natureza psicossomática da existência humana.
Cada ser humano - psicossomático por natureza - vive uma história de interações, encontros e acontecimentos em que as doenças, quer se manifestem mais no corpo ou mais na "mente", resultam dos desequilíbrios existenciais e de soluções inadequadas de vida. A psicoterapia oferece recursos importantes para uma compreensão mais ampla do processo de adoecimento assim como estratégias para uma vida mais íntegra.
O processo terapêutico é como atravessar um túnel. Neste túnel você vai rever muitas cenas da historia da sua vida de um ângulo completamente novo, fazendo conexões inusitadas entre os eventos e percebendo a potência do passado para moldar quem você é hoje.
Na travessia deste túnel você vai aprender a reconhecer os padrões de comportamento, que levam você a se comportar de modo parecido em situações diferentes, inclusive repetindo os mesmos erros. Você vai aprender a reconhecer o "como" do seu comportamento, como você age, como se relaciona, como pensa, como sente e vai aprender caminhos para poder influenciar e transformar estes padrões.
Esta é uma travessia acompanhada, acompanhada por alguém que pode ajudar você a se compreender. Alguém que pode ajudar a transformar o seu jeito de ser, a mudar e a se conhecer profundamente. É uma travessia que pode mudar completamente a sua vida.
Psicoterapia Individual
Essa é, provavelmente, a mais clássica e conhecida modalidade de terapia psicológica. O leigo em psicologia evoca com facilidade a cena em que psicólogo e cliente encontram-se para o atendimento clínico.
Pessoas que nunca passaram pelo processo psicoterápico costumam se perguntar: Qual a finalidade de uma pessoa procurar um psicólogo? Ela está "ficando doida"? Que tipo de problemas não consegue resolver sozinha?
Na verdade a psicoterapia é um valioso recurso para lidar com as dificuldades da existência em todas as formas que o sofrimento humano pode assumir, como transtornos psicopatológicos, crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, crises profissionais, distúrbios psicossomáticos, dificuldades nas transições da vida, etc.
A psicoterapia é também um espaço favorável ao crescimento pessoal, um lugar/tempo/modo privilegiado de criar intimidade consigo mesmo, de estabelecer diálogos construtivos, abrir novos canais de comunicação, de transformar padrões estereotipados de funcionamento, restabelecendo o processo formativo e criativo de cada um.
A Psicoterapia oferece uma oportunidade de compreender e mudar os padrões de vinculo e relação interpessoal. Os problemas vinculares são fonte de incontáveis sofrimentos e mesmo de muitas doenças.
Em alguns casos, a Psicoterapia cumpre também uma função de educação para a vida. Esta é uma fundamental quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com situações como crises conjugais, perdas, desemprego ou envelhecimento, por exemplo.
Algumas pessoas encontram na terapia um lugar fundamental de acompanhamento de seu processo de vida, onde são trabalhadas transformações mais profundas ao longo de vários anos. São situações em que o processo terapêutico não tem um prazo definido e segue em comum acordo entre o psicoterapeuta e o cliente.
Apesar de poder parecer, à primeira vista, um tratamento oneroso em termos de tempo e dinheiro, a psicoterapia tem se mostrado, na realidade, um modo econômico de tratamento. Pesquisas indicam, por exemplo, que a psicoterapia diminui os índices de consumo de medicamentos e de internações hospitalares. A psicoterapia tem se mostrado um tratamento economicamente compensador por prevenir e tratar problemas psicológicos que, quando não tratados adequadamente, trazem enormes prejuízos econômicos para as pessoas e mesmo para o país. Geralmente a s pessoas obtêm resultados bem significativos com a ajuda psicológica, compensando os investimentos realizados.
A psicoterapia é um processo que permite transformações profundas da personalidade, com resultados evidentes em diversas situações como:
tratamento de vários transtornos como pânico, fobias, depressão, anorexia, bulimia, frigidez, impotência, etc.
resolução de conflitos pessoais, interpessoais, conjugais, familiares, profissionais etc.
crises existenciais, transições difíceis (luto, crises profissionais, etc) e mudanças de fases de vida (puberdade, adolescência, vida adulta, menopausa, envelhecimento, etc.)
aprendizado do auto-gerenciamento, da capacidade de lidar com os efeitos do estresse, dialogando com os sentimentos, os desafios e problemas que a vida apresenta.
aquisição de auto-conhecimento, reflexão e descoberta de novos modos de conduzir a própria vida .
fortalecimento para aprender a lidar com todos os tipos de doenças.
amadurecimento pessoal.
Não é possível hoje se falar em doenças sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional. Cada vez está mais evidente a natureza psicossomática da existência humana.
Cada ser humano - psicossomático por natureza - vive uma história de interações, encontros e acontecimentos em que as doenças, quer se manifestem mais no corpo ou mais na "mente", resultam dos desequilíbrios existenciais e de soluções inadequadas de vida. A psicoterapia oferece recursos importantes para uma compreensão mais ampla do processo de adoecimento assim como estratégias para uma vida mais íntegra.
O processo terapêutico é como atravessar um túnel. Neste túnel você vai rever muitas cenas da historia da sua vida de um ângulo completamente novo, fazendo conexões inusitadas entre os eventos e percebendo a potência do passado para moldar quem você é hoje.
Na travessia deste túnel você vai aprender a reconhecer os padrões de comportamento, que levam você a se comportar de modo parecido em situações diferentes, inclusive repetindo os mesmos erros. Você vai aprender a reconhecer o "como" do seu comportamento, como você age, como se relaciona, como pensa, como sente e vai aprender caminhos para poder influenciar e transformar estes padrões.
Esta é uma travessia acompanhada, acompanhada por alguém que pode ajudar você a se compreender. Alguém que pode ajudar a transformar o seu jeito de ser, a mudar e a se conhecer profundamente. É uma travessia que pode mudar completamente a sua vida.
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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