:: Rosemeire Zago ::
Parte 1 você encontra aqui:
http://clinicapsicologia.blogspot.com/2010/09/como-saber-quem-eu-sou.html
CONTINUAÇÃO...
Como voltar à nossa essência, a quem somos verdadeiramente? Como acreditar que essa pessoa, que convivo por anos, ou seja, eu mesmo, na realidade pouco tem a ver com quem penso ser? Não é simples descobrir quem somos. É um processo que pode levar anos, talvez uma vida inteira, pois sempre estamos mudando, evoluindo, e que bom!
Podemos começar reconhecendo e aceitando as emoções e sentimentos negativos que há dentro de nós, para só depois mudar o que nos faz sofrer. Um caminho muitas vezes árduo, que exige paciência, persistência e, acima de tudo, muita compreensão para conosco. O sofrimento está aí, latejante, presente, vivo, que nos faz querer sair correndo a cada novo problema que surge. O desânimo e desespero se fazem presentes. Mas fugir, reprimir, negar, só faz tudo ficar mais profundo e intenso dentro de nós.
Comece se perguntando quais são os sentimentos que têm sentido nos últimos meses ou anos. Quais são eles? Escreva um por um. Esse passo é importante para que consiga identificá-los. Essa confrontação honesta com o que sente e lhe faz sofrer pode ser o começo de sua libertação desses mesmos sentimentos.
É preciso entender que muitas vezes o conflito que parece advir do externo, na verdade, é apenas o reflexo daquilo que está bem dentro de nós, mas como está bem escondido há anos, sentimos dificuldade em identificá-lo. E assim, muitos de nós continuamos a nos enganar e a sofrer.
Tudo aquilo que sentimos pode ser transformado quando o reconhecemos sem medos ou fugas.
O passo mais importante é esse: aprender a identificar cada sentimento, faça isso todos os dias. Depois exercite identificar a causa, que também não é simples, requer acima de tudo, persistência. Pergunte-se: o que estou sentindo? Depois de ouvir a resposta, pergunte: o que me faz sentir isso? E ouça a resposta. Isso o levará cada vez mais perto da pessoa que você é.
Culpar os outros, seja este quem for, por aquilo que tem passado ou sentido, nada contribuirá para mudar, por isso é preciso se responsabilizar pela própria mudança, sem esperar que outras pessoas mudem, isso é responsabilidade de cada um, e ninguém pode fazer isso pelo outro. A sua mudança depende exclusivamente de você; a mudança do outro, depende dele. Sim, em alguns momentos temos que aprender a lidar com a sensação de impotência, decepção e frustração que a vida nos coloca. Nem tudo é perfeito, mas se olharmos tudo como aprendizado, teremos outra percepção dos acontecimentos e em conseqüência, menos sofrimento.
Comece a perceber quais situações estão lhe deixando insatisfeito, desesperado, doente. O enfrentamento desses problemas lhe proporcionará uma maior percepção de sua própria capacidade de superá-los.
O autoconhecimento não o faz isento de sentimentos negativos ou sofrimento, mas pode fazer com que lide de uma maneira muito mais saudável com os mesmos. Conforme se conhecer mais e mais, não deixará de ficar triste, chorar, mas quando isso acontecer não lhe provocará mais desespero como provavelmente acontece, haverá muito mais controle e entendimento das possíveis causas, pois estará aprendendo a identificá-las.
É preciso lembrar ainda, que por mais que as pessoas desejem muito ser feliz, a maioria sente dificuldade em se permitir, como se não se sentissem merecedoras e, inconscientemente, acabam por se boicotar em mudar o que é preciso, permanecendo no mesmo padrão durante anos, ainda que à custa de muito sofrimento e dor.
Nunca abandone o desejo de ser feliz, mas para isso é preciso se permitir, sem carregar a sensação de estar fazendo algo errado. Busque sua própria evolução, pois cada um de nós, e ninguém mais, é responsável pelo próprio crescimento.
Evite a todo custo permanecer rígido em crenças, valores, que um dia lhe foram ensinados e vivenciados como se fossem seus, pois na maior parte das vezes eles não lhes pertencem. Quanto mais conseguir identificar o que aprendeu e descartar, libertar ou mudar aquilo que não lhe serve, mais estará perto de quem você é verdadeiramente.
Exercite a flexibilidade, estar aberto a novos valores, deixar fluir seus sentimentos e tudo aquilo que está dentro de você com a naturalidade que o processo exige. Seja verdadeiro e honesto consigo mesmo, como espera que outras pessoas sejam com você.
Neste instante, procure dentro de você quais são seus verdadeiros desejos. Vá lá no fundo, vasculhe tudo, que os encontrará. Não é um caminho fácil, mas quem disse que deveria ser?
Por que assumimos tantos compromissos com outras pessoas e raramente nos comprometemos com nós mesmos? Sabe aquelas atitudes que espera dos outros, mas que raramente você dá a si mesmo? Comece por aí, sendo tão amoroso, compreensivo, carinhoso, leal, honesto, comprometido consigo mesmo, da mesma maneira que é com outras pessoas.
Esse é apenas um dos caminhos para chegar a seu verdadeiro eu, mas no decorrer do processo irá se surpreender com outras maneiras de se conhecer cada dia mais. Afinal, autoconhecimento não tem fim, é algo que devemos cultivar eternamente. Por isso, não importa quando começa, o importante é aprender a se ouvir e acima de tudo, se respeitar. Caso tenha dificuldade nesse processo, procure ajuda de um psicólogo de sua confiança, ele com certeza lhe ajudará.
Já percebeu que sua mente inventa razões para os desconfortos corporais e emocionais? Foi por isso que me interessei pela Psicoterapia Corporal! O meu trabalho com o corpo, a mente e as emoções começou em 2004. Para mim o ser humano só alcança a saúde quando consegue se entender e se sentir em seu próprio corpo. Então convido você a participar do meu blog, aqui falaremos sobre maneiras de encontrar o seu caminho em direção a sua saúde! Contato: fermayoral@gmail.com ou (34)9.9990-1148
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Como saber quem eu sou - Parte 2
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
Contato (34)9.9990-1148
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Obrigada pelas suas palavras confortantes e acolhedoras.
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