terça-feira, 29 de maio de 2012

Torradas queimadas


::Desconheço a autoria::



Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Adorei a torrada queimada...
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.

Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.

"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.”

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sentir...


::Rubia A. Dantés::



Muitas vezes deixei passar aquela sensação que queria me avisar de alguma coisa... porque a razão muito ardilosa e cheia de truques me fazia não dar atenção.

Mas agora... a razão só me pega por descuido, porque percebo como podemos nos guiar por um sentir que pode ser bem sutil... mas muito profundo... e sempre me guia para onde minha Alma quer me levar.

A nossa Alma estabelece uma comunicação que vai ficando cada vez mais perceptível e vamos aprendendo a “sentir” quando uma coisa é ou não favorável... esse sentir pode nos guiar pela vida como um radar... que não tem a ver com a razão.

A nossa razão tem argumentos para tentar nos manter dentro dos limites do que conhecemos e a nossa Alma quer nos levar a ultrapassar esses limites... ampliando as nossas possibilidades. 

Para seguir com a Alma é preciso coragem, avançando sem garantias e disposição para encontrar o nunca pensado... É claro que dá um frio na barriga e uma insegurança de abandonar o que aparentemente nos dá segurança... Mas as coisas que pensamos nos darem segurança, pelo domínio da razão... vão caindo por terra, uma após a outra... e chega um ponto onde só nos resta buscar a segurança da Alma... A partir daí, sempre voltamos para Ela.

Percebemos que seguir o sentir que vem da Alma sempre nos leva a estarmos mais presentes... e a vivermos cada momento com integridade.

No silêncio das palavras cala-se também a voz dos medos e, do vazio, surgem estradas de possibilidades inesperadas. ..

Adoro o inesperado.. . quando já cansei de tudo que está limitado... Então dá uma sede do novo... do ainda não pensado.

Temos a mania de limitar tudo e de classificar, provar... como se com isso pudéssemos segurar o tempo. Doce ilusão... esse tempo que tentamos segurar nem existe. Só existe na prisão da nossa mente. Mas, além dessa prisão, existe muito mais... muito mais...

A cabeça pensa... pensa... e dá muitas voltas em torno dos mesmos e tão visitados caminhos... mas o coração sente... e nesse sentir pode nos levar à tão sonhada liberdade... ao nos guiar para longe desses círculos viciosos que a mente tenta nos impor.

Vamos sentir mais... vamos escutar mais a voz da Alma... dar mais espaço para que o inesperado possa se manifestar.. . ninguém precisa seguir caminhos já traçados e já percorridos. .. porque eles costumam nos prender, pois já foram limitados e delimitados, quase não deixando espaço para a criação...

Vamos perder o controle... é justamente quando perdemos o controle que encontramos o que mais buscamos... Que tênue é esse limite entre perder o controle e se encontrar...

É que a gente se esquece às vezes que existe muito mais realidade além dessa nossa e tentar colocar dentro dos limites das palavras e das explicações experiências que não cabem aí, faz com que fiquemos só até onde as palavras e explicações podem nos levar...

Quando as palavras calam o sentir pode nos levar muito além delas...

Calar... Sentir... Ser...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CONSISTÊNCIA: Regra de ouro na educação dos filhos!

:: Dra. Lygia T. Dorigon ::




O que é ser consistente?

Pelo dicionário Aurélio, ser consistente significa: ser firme, sólido,
coerente na exposição de ideias . Pelos psicólogos, educadores, também.
Quer dizer que quando um pai diz algo para o seu filho fazer, a sua
palavra vale para nortear claramente a conduta do filho. Não tem nada a
ver com braveza, frieza, mas sim com coerência entre palavras e
atitudes.

Os filhos precisam aprender que diante de determinadas instruções dos
pais eles devem agir de uma forma e diante de outros pedidos devem ter
outra forma de agir. Dizendo assim parece muito óbvio. Mas, observações
cotidianas nas relações entre pais e filhos apresentam diversos exemplos
do quanto isto pode ser difícil na prática.

"A mãe pede ao filho para que ele arrume a sua cama antes de ir ao
futebol. Seu filho permanece assistindo TV, até que se dá conta do
horário e se arruma correndo para chegar a tempo na aula. Quando bate a
porta, a mãe percebe que a cama continua desarrumada. A funcionária da
casa faz o serviço".

"A criança aproxima-se do botão da geladeira que aciona a saída de água.
A mãe diz que ela não pode mexer ali. A criança aperta o botão e molha a
cozinha. A mãe sorri, dizendo que ela não podia ter colocado a mão ali e
tira a criança da cozinha.

"O menino pede ao pai que lhe presenteie com um game . O pai diz que não
lhe dará o presente naquela hora porque está sem dinheiro. O menino
insiste, o pai nega. O filho insiste, insiste, insiste até que o pai se
cansa da insistência do filho. Não quer que aquilo atrapalhe o passeio
da família e então lhe dá o game , com a exigência de que o filho 'fique
quieto' dali para a frente".

Em todos esses exemplos, comuns, corriqueiros, vemos situações de
inconsistência dos pais ao lidarem com seus filhos. É verdade que na
vida prática é impossível situações deste tipo não acontecerem. É
impossível controlar todos os eventos o tempo todo e ser coerente em
todos eles. O problema não é quando isto acontece de vez em quando, como
exceção, mas sim quando a regra que vale em casa é a regra que o filho
quer.

Os pais precisam garantir que seus pedidos, instruções, funcionem, isto
é, sua instrução deve levar seu filho a orientar sua conduta a partir do
que foi dito a ele para fazer. Dizer não a uma criança, precisa vir
seguido de uma ação de bloqueio, impedimento, por parte dos pais. Dizer
que ele pode fazer algo depois que termine a lição, precisa vir seguido
da ação do pai de checar a lição antes de liberar o que o filho quer.
Falar que não é possível comprar algo naquele momento deve continuar
valendo mesmo que o filho seja insistente e, por vezes, chato.

A consistência beneficia a criança. O que significa que quando a criança
sabe o que esperar efetivamente de seu pai ou de sua mãe, ela tem
maiores condições de modular o seu comportamento.

Filhos desobedientes tem frequentemente na sua história diversos
episódios em que os pais não mantiveram a regra, não monitoraram a ação
do filho.

Não se trata de ser general, de ser inflexível. Nem de não ficar atento
às necessidades da criança. Mas, trata-se de adotar uma postura sólida
que indique aos filhos quando podem agir de determinada forma e quando
não podem, para que assim eles não precisem passar o tempo todo testando
até a hora de conseguirem fazer o que querem e do seu jeito.

Dra. Lygia T. Dorigon (Psicóloga, CRP 06/84744)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Orai e vigiai


::Autor Desconhecido::



O recado é antigo e o mais sábio dos conselhos,
ainda desprezado e pouco compreendido,
faz com que cristãos e ateus,
pobres ou ricos, brancos ou negros,
se igualem em aflições e dores.

Ora, o pensamento é o primeiro passo da ação,
onde seu pensamento anda, anda a sua alma,
e por onde ela passa deixa vestígios, ações,
e toda ação, pelas leis naturais, causa uma reação.

Quantas vezes nos pegamos perguntando
o porque do sofrimento ou da situação difícil,
nos julgamos bons, fazemos o bem,
espalhamos as boas novas, evitamos encrencas,
e mesmo assim, parece que o mal nos persegue.
Por quê?

A resposta está na invigilância…
Quantos prédios com sistemas de segurança ultra modernos
estão sendo assaltados?
Quantos bancos com vigilantes aos montes são roubados?
Imagine os seus pensamentos? Imagine os seus atos?
Como controlar a raiva diante do trânsito maluco?
Como ficar tranquilo diante da pilha de dívidas?
Como manter a paz diante das doenças que nos cercam?
Como fazer oração com a barriga roncando de fome?

Não saia de casa sem a oração fervorosa,
sem o agradecer sincero, sem um pedido de proteção,
não espere a dor te visitar, use o atalho do amor.
Não queira enfrentar o mundo sozinho,
peça ajuda Superior.

Vigie-se!
Quando a raiva chega, nós percebemos,
quando a bebida é servida, nós podemos dispensá-la,
quando as drogas são oferecidas, podemos recusá-las,
quando a esmola é demais, podemos desconfiar,
quando o gasto é demais, podemos controlar,
quando o amor acaba podemos reaproximar.
quando o ódio se aproxima, podemos redobrar o amor,
quando a dor nos visita, buscar ajuda médica,
quando a vida te escolher, responda sim,
sim para a plenitude, para a felicidade,
para o amor que lhe cabe nesse dia,
que começa com uma prece,
passa pela certeza da sua vitória,
e acaba com o sono tranquilo,
de quem não violentou a sua consciência.
“Orai, para que o amor seja o vencedor,
vigiai, para que a paz se estabeleça.”

sábado, 5 de maio de 2012

Existe diferença entre Egoísmo e Individualismo?

::Desconheço a autoria::





Atendendo ao pedido da nossa querida leitora e seguidora do Blog Dayanne!

Beijos a todos vocês e boa leitura!




Três dicas para lidar positivamente com os egoístas e individualistas




Você acha que devemos nos preocupar com quem não quer mudar para melhor? Se sua resposta foi “não” esta atitude pode ser tachada de falta de caridade, solidariedade ou fraternidade, mas não é o caso em inúmeras situações. Concordo que não é nossa responsabilidade mudar o outro. Afinal de contas, não podemos mesmo mudar ninguém, somente a nós mesmos. As pessoas só mudam se quiserem de coração, caso contrário esqueça.



Mas ao mesmo tempo, se temos um amigo ou um membro de nossa família se autodestruindo com drogas, ou agindo negativamente do nosso lado e não fazemos absolutamente nada para ajudar, seríamos frios e cruéis.

Então o que fazer? Qual seria a solução para isso?




Dica # 1: Cai fora e abra espaço para novas energias.



Já cortei relacionamento com vários amigos (as) assim como um relacionamento de 10 anos por ver que nada iria mudar para melhor. Resolvi mudar a mim mesma e cair fora. Senti muita falta, saudade mesmo. Mas não voltei atrás na minha decisão. Não queria que um relacionamento que não estava me fazendo feliz se tornasse um vicio para mim. Não havia crescimento naquilo nem para mim nem para a outra pessoa. Aliais, resolvi ver o relacionamento em que estava como uma lição para meu crescimento pessoal. Tudo se recicla inclusive os nossos traumas emocionais.Também já desmanchei uma sociedade com um parceiro que só dormia enquanto eu trabalhava. Deixei tudo para ele, enqn



Dica # 2: Se torne um exemplo inspirador.



Não podemos “passar a mão na cabeça” do que para nós é um erro. Se alguém deseja viver em estado negativo permanente, não podemos nos envolver na negatividade do outro, MAS podemos ser um exemplo de positividade e personalidade marcante, podemos ser a inspiração e a motivação para o outro ser influenciado por isso. Funciona na maioria das vezes. Caso contrário, fizemos a nossa parte.



No passado isso seria considerado um ato egoísta, por só pensarmos em nós mesmos e não ter ficar estagnado com o amigo que não queria crescer, “afinal somos amigos…”, muitos diziam, “fico com você até morrer.” Já nos tempos de agora, a sabedoria do milênio nos abre a mente para novas filosofias.



Dica # 3: Use sua inteligência, se ame e mude você mesmo.



Então eu lhe pergunto afinal quem ajudaria mais um amigo autodestrutivo? Um amigo que se acomodasse a ver a autodestruição do outro sem fazer nada para mudar isso até a morte, ou mudar a si mesmo e influenciar o outro como exemplo de perseverança e sucesso na vida? O que seria mais proveitoso? E o que seria mais inteligente? O individualista bem sucedido ou o egoísta autodestrutivo?



A diferença entre o egoísta e o individualista é que o egoísta é um vampiro emocional, isto é, suga a energia de alguém até o outro ficar sem energia também. Já o individualista promove a auto-estima e progride sem incomodar a outrem e até muitas vezes serve de exemplo para muitos.



Por isso como coach (treinadora), só aceito clientes que demonstram determinação para vencer. Caso contrário, estaríamos perdendo nosso tempo e eu não tenho tempo a perder.

“Prefiro perder o dinheiro ao invés de perder o tempo, sabe por quê? Porque o dinheiro se cria sempre, e o tempo não volta atrás”.




Posso ver a diferença do egoísta e do individualista num piscar de olhos.


Geralmente o egoísta me faz trilhões de perguntas e espera que eu faça o trabalho de casa dele na vida, ou seja, obtenha resultados para ele sem ele mover um dedo pra crescer como pessoa. Já o individualista, pergunta o essencial, decide imediatamente, mesmo com receio de que alguma coisa possa dar errado, ultrapassa o medo e segue colhendo a coragem pelo processo do sucesso.