quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

5. Os vínculos do Destino

::Bert Hellinger::




As dificuldades reais surgem quando o homem percebe subitamente que a mulher encontra-se, sem saber, emaranhada nos destinos de sua família de origem, e a mulher reconhece que o homem está, sem saber, emaranhado nos destinos de sua família de origem e que também precisam aceitar e reconhecer o outro com esse emaranhamento.

Há alguns anos atrás, dei um curso para casais em Koln. Ficou evidente que em vários casais um dos parceiros, desejava deixar o relacionamento e a família, embora o casal se amasse muito. Dessa forma revelou-se que os emaranhamentos fundamentais, que vêm à luz nas constelações familiares em relação à família de origem, influenciam também a relação de casal e que a solução para o casal se deva apenas quando esses emaranhamentos eram reconhecidos e dissolvidos.

Em primeiro lugar pertence a esse emaranhamento, quando alguém diz a um membro de sua família internamente: “Eu sigo você na morte”. Quando, por exemplo, na família de um dos parceiros, o pai ou a mãe morreu cedo, então um filho sente a necessidade de segui-los. Isso também se revela mais tarde, na relação de casal, talvez esse parceiro queira sair da família e partir.

Esse emaranhamento poderá também conduzir alguém na família a dizer: “Eu o faço em seu lugar”. Quando em uma família alguém diz a um outro membro da família, devido a um emaranhamento: “Eu sigo você na morte”, então um outro membro da família lhe diz: “Eu o faço em seu lugar”. Muitas vezes os filhos fazem isso pelos pais. Quando um filho percebe que um de seus pais deseja seguir alguém de sua família de origem, ele diz internamente: “Eu o faço por você”. Mais tarde, quando esse filho se casa continua sentindo esse ímpeto. Então um filho seu talvez lhe diga a mesma coisa: “Eu o faço em seu lugar”.


Atenção para a próxima postagem 15/02/2011 - Texto: Dar e tomar na relação de casal.

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