::Bert Hellinger::
Gostaria de dizer algo sobre o amor e a ordem. O que é maior e o que é mais importante? O amor ou a ordem? O que vem primeiro? Muitos acreditam que, quando se ama o suficiente, tudo fica em ordem. Muitos pais pensam que, quando amam os seus filhos o suficiente, esses se desenvolvem exatamente do modo que eles desejam. A maioria dos pais que pensam assim se decepcionam. O amor por si só, pelo visto, não basta.
O amor precisa se inserir em uma ordem. A ordem é prescrita no amor. Assim também acontece na natureza: uma árvore se desenvolve segundo uma ordem interior. Não é possível modifica-la. Ela pode se desenvolver apenas dentro dessa ordem. O mesmo ocorre com o amor e com as relações interpessoais: elas só podem se desenvolver dentro de uma ordem, e essa ordem é prescrita.
Quando sabemos algo sobre as ordens do amor, então o nosso amor e uma relação possuem a maior chance de se desenvolverem plenamente. Existem algumas ordens do amor. Uma delas demonstra que aquilo que é diferente possui o mesmo valor. Homens e mulheres são diferentes, porém possuem o mesmo valor. Quando o casal reconhece isso, o seu amor possui uma chance maior.
A segunda ordem é que o dar e o tomar precisa estar em equilíbrio. Quando um precisa dar mais que o outro, a relação está perturbada. Esse equilíbrio é necessário. Em relação ao equilíbrio, mais uma coisa precisa ser considerada: a necessidade de equilíbrio deve confluir com o amor para, a partir disso, a troca crescer.
Essa necessidade de equilíbrio também existe no sentido negativo. Quando um parceiro atinge o outro, o outro sente a necessidade de atingi-lo também. Ele se sente ferido em sua dignidade e por isso acredita ter o direito de ferir igualmente o outro em sua dignidade. Essa necessidade é irresistível.
Portanto, muitos que sofreram alguma injustiça sentem-se no direito de atingir o outro. Então a essa necessidade de equilíbrio acrescenta-se ainda o sentimento: agora possuo direitos especiais, através da injustiça que foi cometida contra mim possuo direitos especiais. Deste modo não atingimos o outro da mesma forma que nos atingiu, mas sim o atingimos um pouco mais. Devido ao fato de um ter atingido o outro um pouco mais, o segundo agora também se sente no direito de atingir o primeiro e, por se sentir no direito, ele irá atingi-lo mais ainda. Intensifica-se desse modo em uma relação a troca de algo grave e, ao invés de felicidade, cresce a infelicidade.
Pode-se reconhecer a qualidade de uma relação, conferindo se a troca acontece principalmente no bem ou no mal. E qual seria a solução? Existirá ainda alguma solução? Muda-se da troca de algo ruim para a troca de algo bom. E, como se faz isso?
Existe um segredo para isso: vingamo-nos do outro através do amor. Isso significa: atinge-se o outro, porém um pouco menos. Assim cessa a troca de algo ruim e os dois podem reiniciar uma boa forma de dar. Esse é um aspecto importante das ordens do amor. Quando se sabe disso, muito nas famílias pode retomar um rumo positivo.
Atenção para a próxima postagem 18/02/2011 - Texto: Vínculos
Já percebeu que sua mente inventa razões para os desconfortos corporais e emocionais? Foi por isso que me interessei pela Psicoterapia Corporal! O meu trabalho com o corpo, a mente e as emoções começou em 2004. Para mim o ser humano só alcança a saúde quando consegue se entender e se sentir em seu próprio corpo. Então convido você a participar do meu blog, aqui falaremos sobre maneiras de encontrar o seu caminho em direção a sua saúde! Contato: fermayoral@gmail.com ou (34)9.9990-1148
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
7. Amor e Ordem
Psicóloga CRP 207.545/06 - Psicoterapeuta Corporal especialista em Análise Bioenergética e em Constelações Sistêmicas - Familiar, Organizacional e Escolar. Atendimentos online.
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